O que é Câmbio de Equilíbrio

Câmbio de Equilíbrio é um parâmetro utilizado por economistas para estipular qual seria o valor ideal do câmbio de um determinado país levando em consideração variáveis como mercado externo, estabilização, mercado interno e outras.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Dito de outra forma, Câmbio de Equilíbrio é um conceito ideal, que por vezes é calculado com base em diversos indicadores, para definir um câmbio que torna a economia de um país mais estável e competitiva.

Por ser um conceito deduzido ou induzido, o Câmbio de Equilíbrio tem várias definições, pois cada economista busca ressaltar um aspecto específico que tornaria o valor do câmbio mais vantajoso para o país.

O Câmbio de Equilíbrio também pode ser encontrado como taxa de câmbio real de equilíbrio ou câmbio competitivo, a depender da situação, e costuma ser comparado com a taxa de câmbio real.

Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.

Definições Câmbio de Equilíbrio 

O Câmbio de Equilíbrio está longe de ser um consenso para os economistas, denotando uma polissemia. Cada um dos economistas expoentes de uma teoria costuma focalizar um aspecto relevante da economia do país.

A primeira das definições trata o Câmbio de Equilíbrio como a taxa de câmbio que permite estabilizar as obrigações financeiras que um país tem com o mercado internacional.

Nesse primeiro caso, o equilíbrio é a superação das dívidas externas e das obrigações financeiras com outros países.

Outra definição, um pouco mais recorrente, concebe a taxa de câmbio de equilíbrio como aquele valor que, a longo prazo, permite igualar o valor das exportações com o das importações.

Assim, nessa situação, teríamos uma balança comercial mais segura.

Uma terceira ideia compreende o Câmbio de Equilíbrio como o valor exato em que a oferta e a demanda de moeda estrangeira em solo nacional se encontram.

Dessa forma, teríamos quantidades equivalentes de dólar circulando no Brasil.

Uma quarta definição trata essa taxa de câmbio como o valor mais fiel a paridade do poder de compra entre os dois países, exprimindo uma taxa de câmbio um para um.

Por fim, a última das concepções de Câmbio de Equilíbrio ressalta que esse valor deve ser pensado para tornar competitivas as empresas da melhor tecnologia existente no mundo.

Apesar das inúmeras diferenças entre as definições, algumas características são elencadas como comuns: por exemplo, a necessidade de encontrar um patamar em que a moeda nacional não pressione por déficits ou superávits mais vigorosos.

Importância do Câmbio de Equilíbrio 

O câmbio, a taxa de câmbio e o regime cambial são partes fundamentais das políticas monetária e fiscal dos países. 

Eles permitem que um país faça trocas comerciais com outros países, mas também são importantes para definir parte dos preços dos produtos vendidos em solo nacional.

O Câmbio de Equilíbrio busca estipular um valor para a taxa de câmbio que seja o mais benéfico possível para a economia nacional, seja equilibrando a balança comercial ou desenvolvendo a indústria.

Portanto, a função do Câmbio de Equilíbrio é calcular quais são os valores ideais para a moeda brasileira e como esse valor permitiria alterações vantajosas nos mais diversos aspectos da economia brasileira.

Câmbio de Equilíbrio e regime cambial

O câmbio de equilíbrio está diretamente envolvido com o regime cambial adotado pelo país, isto é, o conjunto de regras, acordos e instituições que determinam as transações financeiras entre os países.

Isso significa dizer que a escolha de um regime cambial irá impactar no valor do câmbio e também no câmbio de equilíbrio.

Cada um dos três regimes cambiais existentes, câmbio fixo, câmbio flutuante e banda cambial, pode equacionar algum problema econômico, como inflação, alta taxa de importação e desindustrialização.

Atualmente, após a adoção do tripé macroeconômico, o Brasil passou a utilizar o câmbio flutuante, que privilegia a oferta e a demanda de divisas no mercado cambial.

No entanto, vale ressaltar que alguns economistas denominam o regime cambial brasileiro como câmbio flutuante sujo, pois o Banco Central realiza intervenções pontuais para impedir câmbios muito nocivos para a economia.