Pouco mais de seis meses depois de anunciar a compra do controle do Banco Econômico, que estava em liquidação extrajudicial, o BTG Pactual (BPAC11) anunciou que a aquisição foi concluída com sucesso.
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Com isso, o novo controlador decidiu abandonar antigo nome para assumir de vez as iniciais Besa (Banco Econômico S.A.), conforme informou nesta sexta, 7, o banco de André Esteves.
Já o Banco Econômico informou ao mercado, em fato relevante, que, como consequência da conclusão do negócio, foi autorizado pelo Banco Central (BC) o levantamento da liquidação extrajudicial do banco, com "efeitos imediatos".
Na prática, isso significa que ele sairá da liquidação extrajudicial depois de 26 anos.
Para deter o controle total da instituição financeira, o BTG informou, em comunicado ao mercado, que fará um pedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta para adquirir as ações remanescentes na Bolsa.
Após concluída a transação, a instituição financeira, que sofreu uma intervenção judicial em 1995 por parte do BC, deixará de ser listada na B3, a Bolsa brasileira.
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Em março, quando anunciou a transação, o BTG informou que a operação fazia parte da estratégia de investimentos da área de "Special Situations" do banco, focada na aquisição e na recuperação de carteiras de créditos inadimplidos e compra de ativos financeiros alternativos, na qual se busca a recuperação da empresa comprada.
Não é, contudo, a primeira vez que o BTG faz esse tipo de movimento no mercado - há quase dez anos, comprou o Bamerindus, que estava em liquidação extrajudicial desde 1997.
Parte do banco paranaense havia sido comprada pelo HSBC, que se tornou um nome relevante no Brasil.
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Essa operação hoje está dentro do Bradesco (BBDC4), que comprou a operação brasileira do HSBC em 2016.
200 anos de história
O Econômico era um dos bancos mais antigos do País, fundado em 1834, em Salvador.
Acabou quebrando após o Plano Real, a exemplo do que aconteceu com outras instituições financeiras na época.
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A decisão do BC pela intervenção ocorreu após indícios de fraude e desvio de recursos para empresas para beneficiar campanhas de vários políticos brasileiros.
Na época, o banqueiro Calmon de Sá, controlador do banco, teve bens e contas bloqueados. Em 1996, após a intervenção do BC, o Banco Econômico detinha dívidas da ordem de R$ 401 milhões, provenientes de repasses do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do antigo Fundo de Garantia dos Depósitos e Letras Imobiliárias, posteriormente substituído pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
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Foi essa dívida que, mais à frente, entrou na massa liquidada e foi leiloada no ano passado. O BTG fez uma oferta pelo valor mínimo, de R$ 937,75 milhões.
Em março, o banco anunciou a compra do controle, por um valor que não foi revelado.
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