O que é BRICS

BRICS é um agrupamento de países emergentes, sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que buscam cooperação entre os membros. 

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O BRICS não é um bloco econômico (como a União Europeia), nem uma associação de comércio formal (como NAFTA), mas os países procuram formar alianças e garantir maior influência geopolítica. 

A ideia seria trazer uma nova força para a geopolítica global, a fim de competir e colaborar de igual para igual com as economias desenvolvidas. 

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História do BRICS

O termo BRIC surgiu pela primeira vez em um relatório da Goldman Sachs, em 2001,  para designar o conjunto de países composto por Brasil, Rússia, Índia e China.

Contudo, foi somente em 2006 que os Ministros das Relações Exteriores desses países se reuniram, às margens do debate geral da Assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas), para as primeiras reuniões sobre o tema.

A primeira cúpula do BRICS foi realizada em 2009, com a presença dos presidentes dos quatro países. O representante do Brasil era Luiz Inácio Lula da Silva.

O objetivo da Cúpula era buscar melhorias na situação econômica global (após a crise  financeira de 2008)  e  traçar estratégias para melhor inserção dos países em desenvolvimento nos assuntos globais.

Objetivos do BRICS

O principal objetivo do Brics é a cooperação entre os países membros,  sendo a institucionalização do grupo o primeiro passo. 

Depois, os países também buscaram a criação de um banco de reservas emergenciais para eventuais socorros econômicos, a fim de reduzir a dependência do Fundo Monetário internacional (FMI) e do Banco Mundial. 

Esse objetivo foi alcançado e o Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido popularmente como o Banco dos BRICS, foi criado em 2014, com sede em Xangai.

 Além disso, o grupo buscava fortalecer as economias dos países e estabelecer laços de cooperação na área técnica, científica, cultural e acadêmica.

BRICS na Economia Global

Entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países do BRICS representou 65% da expansão do PIB mundial. 

Em 2013, em termos de paridade de poder de compra, o PIB dos BRICS superou o dos Estados Unidos ou o da União Europeia.

Contudo, alguns fatores influenciaram negativamente a participação desses países na economia global na última década. São eles: 

  • queda do preço das commodities (fontes importantes para o crescimento do PIB desses países), que resultou em crises para alguns dos membros
  • instabilidade política interna dos países 
  • mais recentemente, a pandemia do Covid-19 

No Brasil, o comportamento errático em termos de relações internacionais por parte do governo Bolsonaro, fez com que, desde 2019, a relação do Brasil com os países dos BRICS fosse abalada.

África do Sul no BRICS

Na primeira cúpula dos BRICS, a África do Sul ainda não estava presente.  Em 2010, o governo sul-africano procurou os membros do BRIC a fim de integrar a cúpula.

Em 24 de dezembro de 2010, a África do Sul foi admitida como nação do BRIC, que passou a se chamar BRICS. A letra S se dá devido ao termo South Africa (África do Sul, em inglês). 

A integração da África do Sul ao BRICS é um passo importante para economia africana, pois o país está em uma posição capaz de influenciar o crescimento econômico e o investimento na África como um todo. 

Para o BRICS, a presença de um país africano é geopolíticamente estratégica, pois dá ao grupo a oportunidade de influenciar e comercializar em quatro diferentes continentes. 

China nos BRICS

Para além do Brasil, os países do BRICS podem ser destinos interessantes para investidores que buscam investimentos no exterior. Esses investimentos são uma ótima forma de reduzir riscos e ter ganhos maiores. 

A China é um dos países em maior expansão do mundo, com crescimento de quase 10% ao ano nas últimas décadas. Por isso, pode ser um destino interessante para o investidor que busca boas oportunidades.