A sociedade tem valorizado cada vez mais os temas sociais e ambientais, chegando a mudar a forma de escolher suas marcas e seus investimentos.

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Esse comportamento segue os princípios ESG, que avaliam empresas de acordo com seus impactos e desempenho em três áreas: Meio Ambiente, Social e Governança Corporativa.

Apesar de serem grandes promotores das potenciais soluções para as mudanças climáticas, é comum que bilionários deixem uma expressiva pegada de dióxido de carbono enquanto viajam o mundo.

Recentemente ocorreram dois casos de críticas a bilionários sobre impactos climáticos de seus hábitos, como lembrou o site CNBC.

Primeiro, Bill Gates, cofundador da Microsoft, comemorou seu 66º aniversário hospedando dezenas de convidados em um mega iate no Mar Mediterrâneo perto da costa da Turquia.

Gates é um defensor declarado do combate às mudanças climáticas, sendo um dos bilionários de mais evidência no assunto.

Ainda assim, alguns dos convidados de sua festa teriam voado para o iate em helicópteros, de acordo com o jornal Daily Sabah.

Poucos dias depois, o segundo homem mais rico do mundo, Jeff Bezos, enfrentou reação semelhante por voar seu jato particular para a cúpula do clima COP26.

Em seu livro “Como Evitar Um Desastre Climático”, Gates explica como contribui para compensar sua contribuição no aumento de gás carbônico no planeta.

Ele neutraliza suas emissões não relacionadas à aviação “comprando compensações por meio de uma empresa que administra uma instalação que remove dióxido de carbono do ar”.

Já um porta-voz do Fundo Bezos Earth, de US$ 10 bilhões, afirmou que o fundador da Amazon também “compensa todas as emissões de carbono de seus voos”.

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Então, sabendo que hábitos de bilionários muitas vezes servem de exemplo para a sociedade, é importante entender porque bilionários como Gates e Bezos adquirem créditos de carbono.

Isso é ainda mais interessante sabendo que as compensações de carbono não são uma ferramenta exclusiva para bilionários. Qualquer pessoa pode comprar esses créditos.

Leia até o final e descubra o que são os créditos de carbono e se podem realmente ajudar a combater as mudanças climáticas.

Créditos de Carbono: Como Funciona

Em teoria, os créditos de carbono ajudam a equilibrar sua pegada de carbono ao financiar projetos ambientais que reduzem os gases de efeito estufa na atmosfera.

Um crédito de carbono supostamente equivale a uma tonelada de dióxido de carbono, ou uma quantidade comparável de outros gases de efeito estufa, removida do ar.

Dirigir um carro por 4 mil km, por exemplo, produz cerca de uma tonelada de dióxido de carbono, de acordo com uma estimativa da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).

O carro de passageiros médio produz cerca de cinco toneladas de dióxido de carbono por ano, diz a EPA.

Corporações ou governos podem comprar créditos para justificar a fabricação de produtos em uma indústria.

Já as pessoas costumam usá-los para compensar o carbono queimado ao dirigir carros ou embarcar em voos.

Você pode comprar créditos de empresas e programas que plantam árvores ou financiam projetos de energia renovável, ou mesmo de agricultores que reduzem ou capturam as emissões de metano do gado.

Quanto Custa Investir em Créditos de Carbono?

O motorista médio poderia teoricamente cobrir a pegada de carbono de seu carro por menos de US$ 100 por ano.

Vale ressaltar que créditos de carbono normalmente custam entre US$ 2 e US$ 20 por tonelada de emissões removidas, de acordo com a pesquisa do Bank of America publicada em setembro.

Gates gasta cerca de US$ 5 milhões por ano para compensar a pegada de carbono de sua família, conforme revelou ele em seu blog Gates Notes em fevereiro.

Embora Gates não tenha especificado exatamente para onde vai esse dinheiro, ele investiu em várias empresas que oferecem compensações.

Uma delas, uma startup canadense chamada Carbon Engineering, usa um processo chamado “captura direta de ar” para sugar o dióxido de carbono do ar e armazená-lo com segurança.

Outra, uma empresa islandesa chamada Carbfix, captura dióxido de carbono de usinas de energia e o armazena em rochas vulcânicas.

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Créditos de Carbono Realmente Funcionam?

Não há uma resposta simples de “sim” ou “não”, mas alguns especialistas expressam profundo ceticismo com créditos de carbono, especialmente em relação à sua eficácia e confiabilidade.

Em 2019, um relatório do ProPublica descobriu vários exemplos de programas que venderam créditos de carbono para trabalho de redução de carbono que nunca acabou acontecendo.

Nos EUA, a Califórnia está tentando compensar suas emissões de carbono investindo pesadamente em suas florestas, como parte de seu esforço para alcançar a neutralidade de carbono até 2045.

Mas um estudo da CarbonPlan descobriu que o estado superestimou significativamente o valor climático de seus esforços, e que seus créditos “não refletem benefícios reais para o clima.

Em outubro, o Greenpeace pediu o fim dos créditos de carbono, ecoando os céticos que temem que os créditos de carbono estejam desviando fundos de soluções climáticas de longo prazo.

Outros críticos afirmam que os créditos de carbono são principalmente uma maneira conveniente para empresas e bilionários justificarem sua poluição, em vez de reduzir suas emissões.

Apesar disso, os créditos só parecem estar se tornando mais populares, especialmente à medida que organizações e governos se comprometem a reduzir drasticamente suas emissões.

Os gastos globais com créditos de carbono podem aumentar de cerca de US$ 300 milhões em 2018 para até US$ 100 bilhões até 2030.

O dado está de acordo com a Força-Tarefa para Escalonamento de Mercados Voluntários de Carbono do Instituto de Finanças Internacionais.

Uma justificativa popular: comprar créditos de carbono é melhor do que não fazer nada.

Embora muitas pessoas e empresas certamente possam fazer progressos para reduzir sua pegada de carbono, o argumento continua sendo válido.

Você pode não ser capaz de cortar completamente as emissões de carbono para zero.

Essa parece ser a estratégia de Bill Gates: reduzir suas emissões o quanto puder e comprar créditos de carbono para ajudar a justificar quando não puder.

Além disso, o bilionário compra um pouco mais para ter certeza, conforme ele escreveu em uma publicação feita em fevereiro:

“Uma vez que a forma como calculamos as pegadas de carbono ainda está em sua infância, calculo a pegada de carbono de nossa família e duplico para ter certeza de que estamos cobrindo totalmente e mais um pouco”.

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