A B3 apresentou na semana passada, pela primeira vez, dados sobre o perfil dos brasileiros que investem na bolsa de valores.

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A B3 (B3SA3) tradicionalmente divulga o número de contas de investidores individuais que têm saldo em custódia, além do volume de compra e venda de ações destes investidores.

No entanto, na semana que passou, a B3 divulgou pela primeira vez dados por CPF, permitindo conhecer com mais detalhes o perfil dos brasileiros que investem na bolsa de valores.

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Número de CPFs com ações na carteira quase triplicou desde 2018

De acordo com as informações divulgadas pela B3, o número efetivo de CPFs inscritos na bolsa em março chegou a 1,9 milhão. Enquanto isso, o número de CPFs com ações na carteira subiu de 600 mil, em 2018, para 1,7 milhão, em março de 2020 – quase o triplo.

Existem, portanto, 200 mil CPFs inscritos que não têm ações na carteira; são investidores que podem apostar apenas em fundos de investimento, por exemplo.

Esse dado retifica uma informação imprecisa que circulou anteriormente na internet, inclusive aqui no TheCap. Fazemos, portanto, uma correção.

Foi noticiado que o número de CPFs cadastrados na bolsa havia chegado a 2,39 milhões no final de abril de 2020.

Na realidade, esse número corresponde às contas de investidores pessoa física, não aos CPFs. Uma mesma pessoa (ou seja, um mesmo CPF) pode ter várias contas em corretoras diferentes.

Número de investidores aumenta, saldo das aplicações cai

Apesar do número de CPFs revelar um maior interesse do brasileiro nos investimentos de renda variável, o saldo mediano das aplicações vem caindo.

Em 2018, dos 600 mil CPFs com ações na carteira, metade tinha menos de R$ 16 mil aplicados. Em março de 2020, dos 1,7 milhão CPFs com ações na carteira, metade tinha menos de R$ 6 mil aplicados.

Além disso, dos investidores que fizeram sua primeira aplicação em março de 2020, 29,8% aplicaram até R$ 500 e outros 23,7% aplicaram entre R$ 500 e R$ 2 mil.

Isso pode indicar duas coisas.

A primeira é que mais pessoas com um patrimônio menor estão começando a buscar a bolsa de valores como alternativa para aumentar esse patrimônio.

A segunda é que muitos dos novos investidores estão entrando na bolsa de valores com uma parcela pequena do seu patrimônio, buscando "testar a água" antes de arriscar mais.

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