GLOSSARIO
Câmbio Flutuante
O que é Câmbio Flutuante. Entenda melhor o conceito de Câmbio Flutuante e descubra sua importância!
O que é Câmbio Flutuante
Câmbio Flutuante é uma modalidade de regime cambial cuja característica principal é privilegiar a liberdade da variação da taxa de câmbio conforme a oferta e a demanda de moeda no mercado.
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Em outros termos, o Câmbio Flutuante é uma política cambial adotada pelo Banco Central na qual a compra e venda de moedas é determinante para o preço do câmbio, para cima ou para baixo.
Desde 1999, seguindo uma onda internacional de modernização, o Brasil adotou esse sistema cambial quando, após concluir o Plano Real, optou por deixar de lado o Câmbio Fixo.
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Características Câmbio Flutuante
A primeira e principal característica do Câmbio Flutuante é que as operações de compra e venda de moedas funcionam sem muito controle por parte do governo. Assim, o preço do câmbio varia conforme o mercado.
Isso significa que no Câmbio Flutuante são os agentes de mercado que, mediante o sistema livre, interagem e ditam as taxas de câmbio, principalmente no caso do dólar.
Em síntese, a partir da oferta e da demanda do mercado, a taxa de câmbio varia suas cotações diárias. Quanto mais agentes adquirem, maior o valor da moeda. Quanto menos compradores, menor o valor.
Inclusive, a autonomia da política monetária e a liberdade do mercado cambial são argumentos muito fortes para a adoção do regime flutuante.
Sendo assim, diferentemente do câmbio fixo, o Câmbio Flutuante sofre interferências de fatores externos como taxas de importação e exportação, políticas monetárias, taxas de juros, inflação e risco de investimento estrangeiro.
Isso permite também que as taxas de câmbio flutuantes rapidamente eliminem desequilíbrios econômicos decorrentes de políticas monetárias e fiscais expansionistas.
No que toca à inflação, novamente ao contrário do câmbio fixo, o Câmbio Flutuante permite um ajuste automático do valor da moeda justamente por sofrer influência tanto da inflação externa quanto da inflação interna.
Por fim, o Câmbio Flutuante também reduz os movimentos especulativos oriundos de insuficiências de reservas, o que garante mais segurança ao mercado e à economia.
Câmbio Flutuante no Brasil
Como mencionado, desde 1999, o Brasil passou a adotar o Câmbio Flutuante como regime cambial. Essa medida veio junto com o conhecido tripé macroeconômico anunciado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
O tripé, que se manteve ao longo dos mandatos de FHC e de Lula, consiste em três medidas fundamentais: câmbio flutuante, metas de inflação e responsabilidade fiscal ou superávit primário.
Por metas de inflação, o governo se compromete a diminuir e manter a inflação nos níveis mais baixos possíveis, anunciando previamente a meta.
Por responsabilidade fiscal, o governo se compromete a executar uma administração fiscal que mantenha o equilíbrio das contas públicas, evitando déficit e buscando o superávit primário.
Esse conjunto de medidas visou passar mais confiança ao mercado, mas também dar um rumo positivo para a economia brasileira depois de um longo período de instabilidade financeira.
Assim, desde 1999, o Banco Central passou a deixar o mercado mais livre para oscilar o valor da moeda, evitando políticas cambiais intervencionistas e excluindo preços fixados.
Contudo, alguns analistas e economistas optam por denominar o regime cambial brasileiro como flutuante sujo, pois por vezes o Banco Central entra em cena comprando moedas para ajustar o valor.
Desvantagens Câmbio Flutuante
Contudo, como todo e qualquer regime cambial, o Câmbio Flutuante apresenta algumas desvantagens. De acordo com alguns economistas, as principais são:
- Descoordenação das políticas macroeconômicas - o que pode acentuar a volatilidade da produção, emprego e inflação.
- Especulação e volatilidade no Mercado Cambial - principalmente por agentes que busquem lucros com a venda e compra de moeda estrangeira
- Inibição do comércio e dos investimentos internacionais - em decorrência da imprevisibilidade dos preços relativos internacionais
Contudo, a despeito dessas desvantagens, economistas afirmam que o câmbio flutuante, em geral, é o regime cambial com mais vantagens econômicas.
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