Às vezes, a pessoa que era para ajudá-lo com seus investimentos é quem coloca obstáculos no seu caminho. Se identificar algum desses sinais, corra, porque seu assessor pode estar trabalhando contra você!
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Você trabalhou duro, guardou dinheiro, contou com a ajuda de um profissional na esperança de investir melhor e, no final, descobre que desperdiçou em taxas, comissões e investimentos inadequados que um assessor de investimentos te indicou.
Infelizmente, esse pesadelo é real e mais comum do que se imagina.
Nem todos os profissionais financeiros são confiáveis para ajudar no processo de tomada de decisão, e alguns trabalham contra os melhores interesses dos investidores.
Por isso, é bom ficar atento para os sinais que indicam que seu assessor está mal intencionado e trabalhando em prol dos próprios interesses.
Cuidado para não cometer erros ao escolher o profissional financeiro.
Veja como reconhecer se um profissional está trabalhando contra você e seu sucesso financeiro.
1- O profissional não é habilitado
Para atuar na área de investimentos e dar recomendações para seus clientes, o profissional deve ser registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Assessores de investimentos, consultores de investimentos, administrador de carteiras, analista de valores mobiliários, são profissões regulamentadas pela CVM e exigem o registro.
Por isso, tome alguns cuidados antes de contratar um profissional do mercado para te ajudar.
Para verificar se o profissional está em dia com suas obrigações, consulte na seção “Participantes do mercado”, na home page do órgão.
Verifique também as certificações dos profissionais, já que elas demonstram o conhecimento na área.
Caso um desses profissionais mencionados não tenha registro, dispense-o.
2- Promete retornos irreais
O profissional mal intencionado geralmente aparece com um investimento "infalível", capaz de obter uma rentabilidade garantida com baixo risco.
É uma promessa tentadora que parece boa demais para ser verdade, e provavelmente é.
Não importa o quão atraente um investimento possa parecer, lembre-se de que nada no mercado é garantido e nenhum investimento é isento de riscos.
Afinal, ninguém tem o poder de prever o futuro. Essas são coisas que um profissional financeiro não deve dizer.
Portanto, se ele te oferecer a próxima grande oportunidade de ganhar muito e com pouco risco, fuja.
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3- O profissional não deixa claro como é remunerado
Basicamente, existem dois modelos de remuneração dos profissionais do mercado:
O modelo commission-based, no qual a remuneração é baseada nas comissões embutidas nos produtos.
E o modelo fee based, baseado em uma taxa única de remuneração que incide de forma percentual sobre o patrimônio.
O modelo baseado em comissões ainda é o mais comum, praticado por grande parte das corretoras e instituições financeiras.
Como recebem taxas de rebate pela venda de seus produtos a um investidor, esse modelo gera o conflito de interesses.
Assim, em vez de um fundo de baixo custo, os assessores de investimentos podem optar por vender um fundo mais caro, que lhe remunere mais, mesmo não sendo o melhor para o investidor.
Receber comissões não é o maior dos problemas. A cilada é quando esse conflito de interesses não está claro.
Por muito tempo esse pagamento foi escondido do investidor e a assessoria de investimentos apresentada como gratuita, quando, na verdade, pode sair absurdamente cara.
Profissionais que se recusam a dar detalhes sobre como são remunerados devem acender o sinal de alerta do investidor.
Para evitar o conflito de interesses, opte por um profissional fiduciário, que são legalmente obrigados a colocar os interesses de seus clientes antes dos seus.
Esse modelo é utilizado pelas consultorias de investimentos. Nelas, o cliente sabe exatamente quanto vai pagar pelo serviço.
É uma forma mais transparente e alinhada com os objetivos do cliente.
4- Ele reivindica exclusividade
Nenhum profissional deve impor que o cliente trabalhe somente com ele.
É comum que uma pessoa contrate mais de um especialista para lhe auxiliar.
Embora isso afete nos custos, e portanto, deve ser pensado com cuidado, não se pode reivindicar exclusividade.
É possível, por exemplo, optar pela consultoria e continuar com o seu assessor de investimentos que já possui relacionamento.
5- Seu assessor empurra produtos que você não precisa
Te incomoda a insistência do seu assessor ligando para empurrar novos produtos todo mês?
É comum que os assessores saiam oferecendo os "melhores investimentos" sem nem ao menos conhecer os objetivos ou perfil de investidor do cliente.
Uma das primeiras coisas a se atentar antes de começar a investir é saber qual seus objetivos e perfil de risco.
Somente depois de conhecer as expectativas e realidade do cliente é que esse profissional deverá começar a te apresentar as opções adequadas.
Agora, se toda semana ele tenta empurrar um investimento novo e promissor, este é outro grande sinal amarelo.
Qual será o interesse do profissional ao insistir para aplicar seu dinheiro em algo que não te agrada?
Na maioria das vezes isso só indicará que ele está mais preocupado com seus próprios interesses do que com o do investidor.
O alinhamento de interesses só existe quando o investidor está confortável e confiante nas alternativas oferecidas.
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6- O profissional cria uma sensação de urgência
Desconfie se o profissional de investimentos quiser apressar sua decisão ou disser que só é possível aplicar em determinado produto por meio dele.
Essa é uma tática de profissionais mal intencionados para criar uma sensação de urgência, de oportunidade única, e assim, fazer com que o investidor aja por impulso.
Ao fazer isso, ele pode ter a intenção de levar o cliente a investir uma quantia maior do que investiria normalmente, pois é remunerado de forma proporcional ao volume.
7- Ele parece focado em apenas um tipo de investimento
Cansado de investir somente através de fundos? Ou no "super" COE recomendado pelo seu assessor de investimentos?
Se o profissional de investimentos parece concentrado em um único tipo de investimento, é um mau sinal.
Na melhor das hipóteses, mostra que ele não tem visão e não tem preparo para montar uma carteira.
Com exceção dos investidores que tiverem no início e com um patrimônio muito pequeno, a diversificação é quase uma obrigação, pois diminui os riscos e melhora a rentabilidade.
Se o seu assessor só te oferece fundos de investimentos e os COEs, cuidado, pois ele pode estar pensando somente em faturar mais.
Como ele recebe comissões, pode focar nos produtos que pagam mais. Curiosamente, são os COEs e os fundos de investimentos.
8- Movimentações excessivas
Se seu assessor entra em contato todo mês apenas para trocar seus investimentos por um novo "investimento do momento", atenção!
Se seus extratos mensais registram grande atividade, mas seus ganhos reais não estão aumentando, você pode ser vítima de um esquema de rotatividade.
Isso ocorre quando um profissional estimula a compra e venda excessiva de ativos desnecessariamente para gerar comissões.
Algumas alterações podem e devem ocorrer ao longo do tempo para rebalancear a carteira, mas isso é feito de forma estratégica.
No entanto, uma alteração mensal ou de grande frequência não se justifica.
Como contar com um profissional de trabalhe a seu favor
Contratar um consultor de investimentos pode ser uma experiência positiva que beneficia sua saúde financeira a longo prazo.
O modelo fiduciário adotado pela consultoria de investimento age no melhor interesse do investidor.
O consultor não recebe remuneração pelos produtos recomendados.
O pagamento é efetuado pelo próprio cliente, conforme o valor do patrimônio gerenciado.
Se você identificou algum dos sinais apresentados nesse artigo no seu assessor, talvez seja hora de procurar outro profissional.
Tenha um acompanhamento mais próximo de um profissional alinhado com seus interesses e seja tratado de maneira única observando seus desejos, necessidades e objetivos.
Para saber se o serviço de consultoria de investimentos é para você, responda 5 perguntas rápidas e receba um aconselhamento gratuito.
