O vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, pediu às principais exchanges de criptomoedas que bloqueiem todos os endereços de usuários russos.

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"Estou pedindo a todas as principais exchanges de criptomoedas que bloqueiem endereços de usuários russos", disse Fedorov em um tuíte no domingo (27).

″É crucial congelar não apenas os endereços ligados a políticos russos e bielorrussos, mas também sabotar usuários comuns, mas algumas exchanges de criptomoedas resistiram ao apelo do ministro ucraniano.

No sábado, os EUA e a União Europeia responderam com sanções contra bancos russos ao removê-los do sistema bancário global SWIFT. 

Como resultado, o rublo russo despencou quase 30% em relação ao dólar, levando os russos a correrem para retirar moedas estrangeiras dos caixas eletrônicos.

Com o acesso limitado a essas moedas, as transações de criptomoedas descentralizadas e não regulamentadas se tornam potencialmente mais atraentes, dizem analistas. 

Mas algumas exchanges de criptomoedas resistiram ao apelo do ministro ucraniano, já que os defensores das moedas digitais reagiram negativamente.

Jesse Powell, CEO da Kraken, disse na segunda-feira no Twitter que, apesar de entender a lógica do pedido, a empresa não pode congelar as contas de nossos clientes russos sem uma exigência legal para isso”.

Powell apontou que o requisito para os russos poderia ser imposto por seu próprio governo, como visto na resposta das autoridades canadenses à arrecadação de fundos de criptomoedas para o bloqueio de caminhoneiros, ou por estados estrangeiros como os EUA, para colocar os russos contra seus líderes.

“Além disso, se fôssemos congelar voluntariamente contas financeiras de residentes de países que atacam e provocam violência injustamente em todo o mundo, o primeiro passo seria congelar todas as contas dos EUA”, disse o fundador da exchange de criptomoedas.

"Na prática, essa não é realmente uma opção de negócios viável para nós."

A exchange de criptomoedas Binance também rejeitou a medida sugerida, dizendo à Bloomberg que não congelaria unilateralmente as contas de milhões de usuários inocentes, pois isso iria contra os princípios da criptomoeda. 

“A criptomoeda visa fornecer maior liberdade financeira para as pessoas em todo o mundo. Decidir unilateralmente proibir o acesso das pessoas às suas criptomoedas iria contra a razão pela qual a criptomoeda existe”, disse um porta-voz da Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, à CNBC.

Embora a Binance tenha recusado esse pedido, ela se comprometeu a doar pelo menos US$ 10 milhões para apoiar a Ucrânia durante a invasão e criou um site de crowdfunding cripto para fornecer ajuda à Ucrânia. 

Apesar da recusa de grandes corretoras cripto, a Dmarket, uma plataforma que permite que as pessoas troquem itens virtuais no jogo, disse em comunicado no Twitter que cortou “todas as relações com a Rússia e a Bielorrússia devido à invasão da Ucrânia”.

Segundo a empresa, os usuários da Rússia e da Bielorrússia foram proibidos de se registrar no Dmarket e as contas dos usuários dos países foram congeladas. 
O rublo russo foi removido da plataforma, de acordo com a Dmarket, que se autodenomina uma “startup nascida na Ucrânia”.

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