A Tesla (TSLA34) destronou a Apple (AAPL34) como a ação mais popular entre os investidores de varejo norte-americanos em 2022, segundo a empresa de pesquisa Vanda.
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A liquidação histórica da fabricante de veículos elétricos gerou um aumento recente nas compras, conforme relatou o Business Insider.
As compras líquidas cumulativas de ações da Tesla no varejo explodiram em 424%, para US$ 15,41 bilhões este ano, de US$ 2,94 bilhões em 2021, disse Vanda em nota semanal.
Isso ultrapassou US$ 15,21 bilhões em compras líquidas acumuladas da Apple este ano, com uma taxa de crescimento relativamente mais modesta de 18%, de US$ 12,85 bilhões em 2021.
Os fluxos para a Tesla caíram quando a empresa promulgou seu desdobramento de ações de 3 por 1 em agosto, mas depois começaram a superar os da fabricante do iPhone.
“O viés contrário dos investidores [de varejo] aumentou quando as ações da TSLA caíram após as recentes travessuras de Musk como CEO do Twitter e contra a Apple no início do mês”, escreveu Marco Iachini, vice-presidente sênior de pesquisa da Vanda, no último relatório da empresa de pesquisa.
As ações da Tesla caminham para uma queda de 60% em 2022 em meio à pior liquidação desde sua estreia pública em 2010.
A perda acumulada no ano da Tesla supera a queda de 18% do S&P 500 e a queda de 31% do Nasdaq 100. Já as ações da Apple perderam 23% durante o ano.
A Tesla tem afundado rapidamente nas últimas semanas, com investidores e analistas expressando preocupações de que Musk esteja excessivamente focado no Twitter, que ele adquiriu por US$ 44 bilhões em outubro.
Enquanto isso, Musk afirmou no mês passado que a Apple estava ameaçando remover o Twitter de sua App Store.
Mais tarde, ele disse que houve um "mal-entendido" sobre a situação, dizendo que o CEO da Apple, Tim Cook, nunca havia pensado em fazer isso.
Em uma escala mais ampla, Tesla, Apple e outras empresas de tecnologia de grande capitalização foram atingidas este ano com os custos de empréstimos subindo à medida que o Federal Reserve elevou as taxas de juros e os investidores se preocupam com uma recessão que se aproxima.
Mas, ao destacar a Tesla, Vanda apontou seu alcance, dizendo que as ações representam cerca de 11% da carteira média de varejo.
“Dada a sua crescente importância, vemos a atividade de varejo em torno dela como um sinal crucial para o que pode ser uma eventual capitulação completa em 2023”, disse Iachini.
