O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, pediu desculpas em uma carta aos funcionários de sua falida bolsa de criptomoedas.
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Na carta relatada pela primeira vez pela CoinDesk, ele escreveu: "Sinto muito pelo que aconteceu. Lamento o que aconteceu com todos vocês."
"Eu não queria que nada disso acontecesse, e eu daria qualquer coisa para poder voltar e fazer as coisas de novo. Vocês eram minha família. Eu perdi isso, e nossa antiga casa é um armazém vazio de monitores. Quando me viro, não há mais ninguém com quem conversar", acrescentou Bankman-Fried.
A carta foi postada no Slack da FTX por um membro da equipe porque o ex-CEO não é mais funcionário da empresa, informou a CoinDesk.
Ele deixou o cargo de CEO quando a exchange entrou com pedido de falência.
De acordo com Bankman-Fried, uma venda brutal de criptomoedas no início deste ano reduziu pela metade as garantias da FTX para cerca de US$ 30 bilhões, enquanto o passivo era de US$ 2 bilhões.
Uma combinação de um aperto de crédito, uma venda adicional de criptomoedas e uma "corrida ao banco" reduziram as garantias para US$ 9 bilhões antes que a FTX pedisse falência, disse ele.
"Não percebi toda a extensão da posição de margem, nem percebi a magnitude do risco representado por uma queda hipercorrelacionada", acrescentou Bankman-Fried.
Sua carta não abordou as alegações de que os fundos dos clientes foram redirecionados para sua empresa Alameda Research, ou que a Alameda emprestou fundos a executivos da FTX, incluindo Bankman-Fried.
A FTX, que já valeu US$ 32 bilhões, quebrou no início deste mês depois que uma crise de liquidez envolveu a bolsa, enquanto Bankman-Fried deixou o cargo de CEO devido a alegações de uso indevido de fundos de clientes. Seu colapso provocou medo em toda a indústria cripto e pressionou alguns dos maiores tokens do mundo.
Na carta, no entanto, Bankman-Fried disse que ainda há uma chance de salvar a empresa: "Acredito que há bilhões de dólares de juros genuínos de novos investidores que poderiam ser usados para tornar os clientes completos".
Fonte: Business Insider
