Investir para a aposentadoria é diferente e requer um planejamento específico para viver de renda.

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Mesmo para quem está acostumado a poupar e aplicar seu dinheiro, somente isso não será suficiente para garantir uma boa aposentadoria, sem precisar trabalhar pelo resto da vida.

Se aposentar no Brasil não é um bom negócio. O país está entre os piores do mundo no quesito saúde, finanças, bem-estar e qualidade de vida.

Manter o mesmo padrão de vida na aposentadoria está cada vez mais difícil, principalmente para quem depende do INSS.

Segundo o IBGE, somente 1% dos aposentados no Brasil conseguem continuar com a mesma vida com a renda do benefício.

Por isso, não dá para depender só do Governo para viver a vida que sempre sonhou depois de parar de trabalhar.

Quando você muda de seus anos de acumulação de patrimônio para seus anos de aposentadoria, muitas coisas mudam. Não só no estilo de vida, mas também sobre investir.

Existem pelo menos cinco riscos ao investir para a aposentadoria que você deve considerar na hora de fazer seu planejamento:

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1- Risco de Sequência de Retornos

O risco de sequência de retornos, ou risco de sequência, é o perigo de que o momento das retiradas de uma conta de aposentadoria tenha um impacto negativo na taxa geral de retorno disponível para o investidor.

Experimentar uma queda do mercado nos primeiros anos de aposentadoria pode criar problemas que vão além do impacto imediato em seu portfólio, podendo te fazer perder permanentemente anos de renda.

Isso acontece, porque, em algum momento, quando você se aposentar, não está mais contribuindo com dinheiro novo, mas estará retirando dinheiro regularmente. 

Se você estiver em um mercado em alta, suas retiradas serão compensadas, pelo menos em parte, por novos ganhos. 

Se o mercado estiver em baixa, por meses ou anos, cada uma de suas retiradas está diminuindo o saldo e não está sendo compensada por novos depósitos. 

O risco é ainda mais pronunciado nos cinco anos anteriores e posteriores à aposentadoria, conhecidos como a “década frágil”. 

Isso ocorre porque os retornos de mercado que você percebe durante esta década afetam desproporcionalmente o sucesso de sua aposentadoria. 

Um estudo da Retirement Researcher descobriu que, ao longo de um período de aposentadoria de 30 anos, os primeiros dez anos explicam 80% do eventual resultado da aposentadoria. 

O gráfico abaixo mostra o que acontece com dois investidores que começam com carteiras de US$ 1 milhão, fazem saques iniciais de US$ 50.000 (com ajustes de inflação de 2% a cada ano), mas experimentam uma queda de 15% no valor da carteira. 

O investidor 1, que enfrenta tal declínio no início da aposentadoria, fica sem dinheiro muito mais cedo do que o investidor 2, que o experimenta mais tarde.

Fonte: Schwab Center for Financial Research.

Então, como você minimiza o risco da sequência de retornos? 

Para começar, certifique-se de ter um plano financeiro abrangente, que considere todas as eventualidades, incluindo a possibilidade de exposição prolongada ao risco de sequência. 

A principal consequência desse risco é a chance de ter que liquidar ativos em um mercado em baixa para pagar o essencial. 

Uma solução para evitar isso é investir em ações que pagam dividendos.

Ao escolher boas ações que pagam dividendos consistentes, mesmo quando o mercado está em baixa, você pode receber dinheiro, em vez de ser forçado a liquidar no pior momento, criando um impacto negativo desproporcional.

Outra alternativa, é fazer o que estiver ao seu alcance para depender o mínimo possível de seus investimentos durante sua “década frágil”. 

Uma possível sugestão para as pessoas no início de sua frágil década é decidir sobre um orçamento de gastos pós-aposentadoria e, ao longo de um período de seis meses, restringir-se a esse nível de gastos. 

Durante esse período, acompanhe o que está ultrapassando o orçamento e o que você precisa mudar para manter seu orçamento.

Além disso, faça um balanço do que você ainda não está gastando dinheiro, como assistência médica atualmente coberta por um plano de trabalho, e descubra quais novos custos precisarão ser contabilizados. 

Você também deve manter uma parte da carteira em renda fixa, que são muito mais estáveis ​​do que ações, para cobrir despesas de curto prazo. 

2- Risco de Longevidade

O risco de longevidade é a possibilidade de você viver além da capacidade do seu portfólio de te sustentar. 

Isso pode resultar em um padrão de vida mais baixo, cuidados reduzidos ou até a necessidade de retornar ao emprego para se sustentar.

Os principais impulsionadores da crescente necessidade de abordar o risco de longevidade incluem o envelhecimento da população, o aumento da expectativa de vida, a incerteza dos benefícios do governo e a volatilidade econômica.

Os avanços na medicina e na tecnologia tiveram um impacto no envelhecimento em nossa sociedade. No entanto, ninguém quer que o sucesso de seu plano de aposentadoria dependa de uma morte prematura.

Para lidar com o risco de longevidade, tente se manter o mais saudável possível: coma bem, exercite-se regularmente, durma o suficiente, etc. Afinal, os custos com saúde e cuidados de longo prazo tendem a ser os mais altos quando se atinge certa idade.

Depois disso, tudo se resume a um bom planejamento

Em seu plano para a aposentadoria, considere a ciência atuarial, adicione um fator de segurança e mantenha esse nível atualizado. 

3- Risco da taxa de juros

Embora o risco de taxa de juros afete as ações diretamente, ele afeta a renda fixa, que deve estar presente em um portfólio diversificado, alocado em diferentes classes.

Esse risco diz respeito à possibilidade de que as taxas de juros mudem inesperadamente, fazendo com que o valor dos títulos sofra como resultado. 

Uma coisa que um bom consultor de investimentos fará para evitar o risco da taxa de juros é diversificar as participações em títulos. 

Ao deter uma variedade de títulos com cronogramas de vencimento diferentes e o acompanhamento de um profissional, a possibilidade de ser prejudicado pela variação nas taxas de juros é limitada. 

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4- Risco de Inflação

O risco de inflação é o risco de que a taxa de aumento dos preços ao longo do tempo diminua seu poder de compra na aposentadoria. 

A medida típica da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inclui bens como alimentos, roupas, habitação, assistência médica, energia, etc. 

Um aumento de 3% nos preços pode não parecer muito hoje, mas com o tempo e por meio da composição, pode se manifestar como um perigo real para sua capacidade de viver uma aposentadoria segura.   

Durante seus anos de acumulação, à medida que a inflação aumentava, normalmente os salários também aumentavam para compensar a inflação. 

Em seus anos de distribuição, quando você vive de ativos ou de uma renda fixa, não tem mais o benefício de um aumento salarial para enfrentar a inflação e o impacto pode ser substancial para o seu portfólio. 

Além disso, os custos com os quais os aposentados tendem a gastar dinheiro, como assistência médica, geralmente aumentam mais rapidamente do que a inflação.

Como você pode ver, a inflação é uma ameaça muito real e consistente e deve ser contabilizada ao planejar uma carteira de aposentadoria. 

Para parar de perder dinheiro e lucrar acima da inflação, a diversificação é fundamental. 

Muito dinheiro em produtos de renda fixa, pode fazer com que perca dinheiro quando a inflação estiver alta. 

Por exemplo, se seu título tiver um rendimento de 3,5% e a inflação for de 4%, seu título agora está gerando um rendimento negativo. 

Migrar para as ações não é necessariamente a resposta, já que quando a inflação é alta, a economia não está boa.

Experiência e conhecimento de quais ações selecionar é um serviço que um consultor de investimentos pode oferecer. 

Esse profissional tem experiência e será capaz de aconselhá-lo sobre que tipo de proteção contra inflação é ideal para sua situação específica. 

5- Risco de Taxa de Retirada

Um dos desafios mais difíceis que os aposentados enfrentam é determinar qual deve ser a taxa de retirada de sua carteira. 

Retire muito e corra o risco de ficar sem dinheiro antes de morrer. 

Retire pouco e você pode perder as muitas experiências que a vida tem a oferecer em sua vida pós-trabalho. 

A regra prática mais famosa para taxas seguras de saque é conhecida como regra dos 4%, descoberta e popularizada por William Bengen. 

De acordo com essa regra, você deve poder sacar 4% de sua carteira no ano 1, ajustar a inflação nos anos seguintes e viver confortavelmente por 30 anos na aposentadoria. 

Por exemplo, se você tiver US$ 1.000.000 em ativos, a retirada do primeiro ano seria de US$ 40.000, então você contabilizaria a inflação nos anos posteriores. 

Supondo uma inflação de 2,5%, o saque do ano seguinte seria de US$ 41.000, depois de US$ 42.025 e assim por diante. 

Algumas notas: a regra dos 4% não contabiliza impostos. Ele também possui alocações de ativos bastante específicas que são necessárias para manter a taxa de retirada de 4%. 

Mas esta não é a única regra existente. Outra abordagem para taxas seguras de retirada diz que você pode retirar até 7% ao ano, dado um conjunto de condições de mercado favoráveis. 

Outros dizem que a taxa correta está entre 2% e 3%, sustentando que a regra de 4% faz suposições excessivamente favoráveis ​​sobre os retornos dos títulos. 

Outros dizem que você nunca deve tocar no principal de seus investimentos e, como tal, sua taxa de retirada nunca deve exceder o rendimento dos títulos ou de dividendos do benchmark do mercado. 

É claro que a aposentadoria não é única para todos e deve ser personalizada para cada indivíduo com base em fatores que se pode controlar, como:

  • quando você decide se aposentar, seus investimentos, se planeja deixar dinheiro para os herdeiros;

E coisas que não pode controlar, como:

  • quanto tempo você vive, taxas de juros, inflação, e comportamento de longo prazo do mercado. 

Como tal, não há uma regra rígida sobre como definir sua taxa de retirada. 

O processo é dinâmico, considerando suas aspirações individuais, juntamente com as tendências atuais e futuras dos mercados e apresentam uma estratégia de retirada que faça sentido para você. 

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Tenha ajuda de um consultor de investimentos para elaborar o melhor plano, recomendar os melhores investimentos e monitorar de perto a situação, observando os fatores que possam ter mudado e ajustando a taxa de retirada conforme necessário.   

Para garantir que esses riscos sejam tratados adequadamente, entre em contato com um consultor de investimentos e tenha uma aposentadoria segura.

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