O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Zurab Pololikashvili, acredita que há grandes chances para o desenvolvimento de novas tecnologias para fomentar o setor de turismo na esteira das mudanças de procedimentos exigidas após a pandemia de coronavírus.
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À medida que o setor se reerguer, ele acredita que haverá necessidade de inovações. Entre as mudanças que diz ser possíveis, em um futuro próximo, é a entrega das bagagens a passageiros diretamente nos hotéis - evitando, assim, a aglomeração nas esteiras de terminais.
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Pololikashvili viria ao Brasil pela primeira vez, no início de abril, mas a visita foi adiada pela crise do covid-19.
Na semana passada, o secretário-geral da OMT participou de um debate online com o secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, sobre o uso de tecnologia no setor. O evento foi promovido pela secretaria e pela FIA Business School.
"Novas startups vão se dedicar ao turismo, terão mais apoio financeiro para mudar práticas", disse. "Acredito que, em alguns anos, teremos um setor muito melhor."
Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:
Parte do setor de turismo critica o fato de não haver protocolos claros para a retomada das atividades. O que o sr. acha do trabalho feito até agora?
Tivemos um momento de choque, em que não sabíamos o que fazer. Semana a semana nós estamos evoluindo.
Os números de casos de covid-19 estão crescendo em diferentes regiões. Em um primeiro momento, a situação era muito incerta (para se fazer um protocolo).
Então, logo de início, era necessário garantir apoio às companhias para que elas tivessem liquidez para enfrentar a crise. E isso deu certo.
Mas qual a recomendação para a retomada, que começa a acontecer em todo o mundo?
A nossa recomendação é no sentido de coordenação, para que se criem regras e padrões harmonizados.
A partir de agora, o setor de turismo vai ter de se comportar de forma diferente, um novo protocolo vai ter de ser estabelecido para hotéis, por exemplo.
Não é fácil se criar esse padrão. A OMT criou um guia com recomendações sanitárias para hotéis, museus, aeroportos e assim por diante.
E o novo turista vai se comportar de forma diferente. Não será uma questão de curto prazo, de 3 ou 6 meses. Acredito que, com a inevitável mudança, venham também novas tecnologias, novos produtos para o setor de turismo.
Que tipo de mudança o sr. vê acontecendo?
Como aconteceu depois do atentado de 11 de Setembro, teremos normas mais restritivas - mas dessa vez não estamos falando de uma ameaça à segurança, mas sim de um risco à saúde das pessoas. E as evoluções já começaram a acontecer.
Hoje, já se consegue fazer a checagem de temperatura de uma pessoa em dois segundos
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