Para o investidor bilionário Ray Dalio, está claro como a inflação, as taxas de juros, os mercados e o crescimento econômico se relacionam entre si e o que isso significa para o futuro.

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Em um recente post no LinkedIn ele prevê que o Fed aumentará as taxas de juros para pelo menos 4,5% e alerta que uma grande recessão é provável.

Ele estima que os aumentos das taxas provocariam uma queda de 20% nos preços das ações.

Mas essas não são previsões sem fundamento, afinal, Ray Dalio é um grande estudioso da economia e de seus ciclos.

Por isso, ele começa explicando como a máquina econômica determina a inflação, as taxas de juros e os preços das ações.

Depois, finaliza aplicando as circunstâncias atuais para chegar ao que o futuro nos reserva nos mercados globais.

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Por que a inflação aumenta?

A máquina da economia começa com o aumento da produtividade.

A longo prazo, os padrões de vida aumentam porque as pessoas inventam maneiras de obter mais valor de um dia de trabalho produzindo mais.

Quando existe demanda, a taxa de crescimento econômico aumenta e o desemprego diminui.

Isso é ótimo, desde que não produza uma inflação indesejável. 

Quando a inflação sobe acima do desejado, os bancos centrais precisam apertar a política monetária e enfraquecer a economia para conter a alta dos preços.

Por isso, para Ray Dalio, tudo começa com a inflação. Depois vai para as taxas de juros, depois para outros mercados e depois para a economia.

1- Inflação

O preço de qualquer coisa é igual à quantidade de dinheiro e crédito gasto nela dividido pela quantidade vendida.

Então, a mudança nos preços, ou seja, a inflação é igual à mudança na quantidade de dinheiro e crédito gasto em bens e serviços divididos pela mudança nas quantidades de bens e serviços vendidos. 

Isso é determinado principalmente pela quantidade de dinheiro e crédito e o nível das taxas de juros que o banco central disponibiliza.

Mas também é influenciado pelo fornecimento de bens e serviços disponíveis, por exemplo, interrupções no fornecimento.

2-  Taxas de juros

Quem determina a quantidade de dinheiro e crédito disponível para ser gasto é o Banco Central através da taxa de juros e pela compra e venda de ativos de dívida.

3- Mercados

Essa definição do Banco Central afeta diretamente os mercados. 

As taxas de juros subindo em relação à inflação fazem com que os preços das ações e da maioria dos ativos geradores de renda diminuam em razão:

a) dos efeitos negativos que isso tem sobre a renda;

b) à necessidade de que os preços dos ativos caiam para fornecer competitividade; e

c) ao fato de haver menos dinheiro e crédito disponíveis para comprar esses ativos de investimento. 

4- Economia

O que acontece nos preços dos ativos de investimento, afeta a economia.

Quando as taxas de juros estavam baixas, o Banco Central estava incentivando os empréstimos e gastos e a venda de ativos de dívida.

Elevando as altas taxas de juros, a oferta de dinheiro e crédito fica mais apertada, desacelerando a economia.

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Aplicando ao que está acontecendo agora

Sabendo como a inflação, taxas de juros e preço das ações se relacionam entre si, é possível inserir as estimativas para o futuro e prever os resultados.

Foi isso que Ray Dalio fez.

Ele espera que os EUA enfrentem uma inflação teimosa e que para contê-la, o Fed tenha que elevar as taxas de juros em torno de 4,5% a 5% nos próximos anos.

Esse aumento pode ser "significativamente maior" se houver algum choque, como crises econômicas na Europa e na Ásia ou secas e inundações, acrescentou.

O relatório do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos desta semana mostrou que a inflação voltou a subir 0,6% em agosto, ou 7,4% em base anualizada. 

Junte a estimativa de inflação e a estimativa da taxa real e você terá o rendimento projetado do título. 

Dalio previu que os aumentos das taxas de juros corroerão a renda disponível e reduzirão os preços dos ativos para refletir seus retornos relativamente mais baixos em relação aos títulos e contas de poupança.

"Estimo que um aumento nas taxas de onde estão para cerca de 4,5% produzirá um impacto negativo de cerca de 20% nos preços das ações", disse ele, acrescentando que ativos de longa duração podem cair ainda mais.

Depois disso, é possível estimar o que a queda nos mercados significará para a economia.

Quando as pessoas perdem dinheiro, tornam-se cautelosas e os credores também evitam emprestar a elas, então, todos gastam menos. 

Ray Dalio estima que uma contração econômica significativa será necessária, mas levará um tempo para acontecer porque os níveis de caixa e os níveis de riqueza agora são relativamente altos.

Então, a grande recessão será adiada até que os americanos esgotem suas robustas quantias de dinheiro e riqueza, e sejam forçados a cortar gastos.

"O resultado é que me parece provável que a taxa de inflação fique significativamente acima do que as pessoas e o Fed querem que seja, que as taxas de juros subam, que outros mercados caiam e que a economia seja mais fraca do que o esperado."

"Isso sem levar em consideração as tendências de agravamento dos conflitos internos e externos e seus efeitos", concluiu Dalio.

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