A inflação nos Estados Unidos subiu 0,4% em setembro, de acordo com dados do núcleo da inflação do país divulgados nesta quinta-feira (13).
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Em 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor - IPC (CPI, na sigla em inglês) acumula alta de 8,2%, abaixo do pico de cerca de 9% em junho, mas ainda pairando perto dos níveis mais altos desde o início da década de 1980.
Os dados vieram levemente acima das expectativas do mercado financeiro. O Dow Jones projetava avanço de 0,3% no mês.
Excluindo os preços voláteis de alimentos e energia, o núcleo do CPI acelerou 0,6% contra a estimativa de um aumento de 0,4%.
O relatório abalou os mercados financeiros, com os futuros do mercado de ações despencando e os rendimentos do Tesouro subindo.
Com o resultado, crescem as expectativas de que a taxa de juros americana deva passar por novas altas.
As principais contribuições para o aumento nos preços em setembro vieram dos grupos de alimentação, acomodação, transportes e cuidados médicos.
O índice de alimentos subiu 0,8% no mês, o mesmo de agosto, e subiu 11,2% em relação ao ano anterior.
Os custos de acomodação, que representam cerca de um terço do IPC, aumentaram 0,7%, subindo 6,6% em relação ao ano anterior.
Os serviços de transporte também mostraram um grande salto, aumentando 1,9% no mês e 14,6% na base anual.
Os custos com assistência médica subiram 1% em setembro.
Em contrapartida, uma queda de 2,1% nos preços de energia e de 4,9% na gasolina seguraram a inflação de uma alta mais acentuada no mês.
A inflação nos Estados Unidos continua subindo apesar dos esforços agressivos do Federal Reserve para controlar os aumentos de preços.
O banco central elevou as taxas de juros de referência em 3 pontos percentuais desde março.
Os dados do CPI de quinta-feira provavelmente consolidam uma quarta alta consecutiva de 0,75 ponto percentual quando o Fed se reunir em 1º e 2 de novembro, com os traders atribuindo uma chance de 98% desse movimento.
As chances de uma quinta alta consecutiva de três quartos de ponto também estão aumentando, com preços futuros em uma probabilidade de 62% após os dados de inflação.