As vendas on-line entraram no foco do Grupo Guararapes (GUAR3), dono das Lojas Riachuelo, como forma de enfrentar a pandemia.

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“Saímos mais fortes da crise”, disse Oswaldo Nunes, presidente da empresa, em teleconferência com analistas nesta quinta-feira (12).

Segundo ele, a tecnologia representou 75% dos investimentos até setembro, incluindo múltiplos canais de vendas on-line e presencialmente (“omnichannel”), superaplicativo, inteligência artificial, segurança e adequação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

As vendas por canais digitais da Guararapes avançam 380% no 3º trimestre na comparação com o mesmo período de 2019, representando 12,3% das vendas totais de produtos, ante cerca de 2% em igual período do ano passado.

O valor médio de compra por cliente em canais digitais foi de R$ 389, avanço de 33% sobre o 3º trimestre de 2019.

A Guararapes encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 51,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 67,8 milhões registrado no mesmo período de 2019.

“Passado o período mais agudo da crise, temos retomada mais consistente das vendas e acreditamos que se manterá ao longo do quarto trimestre”, disse Nunes.

O executivo destacou que aguarda as tratativas com a B3 para a entrada da Guararapes no Novo Mercado, anunciada no fim de outubro.

Ele também informou que a empresa se cadastra em dezembro para ingressar no sistema de pagamentos instantâneo do Banco Central, o Pix.

“Devemos iniciar o cadastramento de chaves para os clientes entre o final de março e o início de abril de 2021”, informou.

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A receita líquida da companhia caiu 19,2%, para R$ 1,52 bilhão.

As vendas em mesmas lojas cresceram 11% no período, de acordo com a companhia, ainda impactadas pela redução do horário de funcionamento dos estabelecimentos.

Tulio Queiroz, diretor financeiro, destacou moda infantil e moda casa entre as vendas no terceiro trimestre e a recuperação em vendas nas regiões Norte e Nordeste.

Queiroz disse que a geração de caixa operacional foi de R$ 450 milhões no período encerrado em setembro.

“É uma melhora operacional para ser mantida principalmente por negociação de prazo junto a fornecedores. A companhia está mais leve para o crescimento nos próximos anos”, afirmou.

A dívida líquida da empresa caiu para R$ 1,164 bilhão, ante R$ 1,66 bi no terceiro trimestre de 2019.

A concessão de empréstimo pessoal da Guararapes avançou 103% no terceiro trimestre do ano sobre igual período de 2019 e oferta de cartões em canais digitais aumentou 48% no período.

Segundo Queiroz, a empresa adotou uma tática de descontos para pagamentos de dívidas no período.

A curva de perda com empréstimo pessoal foi de 24,5% no terceiro trimestre, abaixo da taxa de 25% em setembro de 2019.

Em cartão, o índice de perda foi de 7,5% em setembro contra 6,9% em igual período de 2019.

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Fonte: Valor Econômico