Mais brasileiros esperam contar só com o benefício do INSS ao se aposentar, é o que mostra o levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), divulgado com exclusividade pelo GLOBO.

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O número de pessoas que deposita todas as esperanças no benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao parar de trabalhar está cada vez maior. Em 2021, eram 31%, agora são 42%.

Os dados, encomendados ao Datafolha em julho, mostram ainda que 66% dos brasileiros não têm conhecimento do quanto vão receber na velhice. Apenas 34% sabem que o valor pago pelo INSS deve ser, em média, R$ 2.006.

As mulheres são as que mais contam com a Previdência Social para a sobrevivência. A dificuldade de fazer sobrar dinheiro para poupar após pagar as contas é um dos principais motivos.

O presidente da Fenaprevi, Edson Franco, diz que falta renda suficiente para investir no futuro, mas os brasileiros também carecem de educação financeira.

"Temos uma dificuldade de fazer que o brasileiro pense no futuro. Cerca de 23% não têm nenhuma meta de planejamento financeiro, a curto ou a longo prazo. Não há como pensar no futuro se vive em dificuldade financeira no presente. Encher a geladeira e pagar o aluguel é um pensamento mais concreto."

Segundo o estudo, a maioria dos entrevistados (57%) vai cortar gastos para poder se sustentar no futuro.

O levantamento ainda mostrou que mais da metade dos brasileiros desejam se aposentar até os 60 anos. O número cresceu entre 2021 e 2023, passando de 53% para 56%. 

Especialistas em finanças pessoais alertam a importância de se preparar para a aposentadoria e começar a fazer investimentos cedo para esse propósito para não depender inteiramente do INSS.

Isso vale para todos os trabalhadores, seja de carteira assinada ou autônomo. 

No entanto, é preciso um bom planejamento, especialmente para aqueles com maior poder aquisitivo.

Quem contribui sobre um salário mínimo geralmente não tem perdas ao se aposentar, uma vez que, mesmo que a média calculada seja menor do que o piso nacional, o cidadão vai receber o salário mínimo.

Já os trabalhadores que pagam sobre valores maiores, não conseguem um benefício maior que o teto da previdência social, que atualmente é de R$ 7.507,49.

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