Após participar, neste domingo, de manifestação em que houve pedidos de intervenção militar, presidente Bolsonaro diz que "aqui é democracia" e pede que não se fale em fechar Supremo ou Congresso.

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No domingo, dia 19/04, dezenas de manifestantes se aglomeraram em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. No ato, houve gritos de "Fora, Maia", "AI-5", "Fecha o Congresso" e "Fecha o STF", além de faixas pedindo "intervenção militar já com Bolsonaro".

O presidente Jair Bolsonaro compareceu à manifestação e, em cima de uma caminhonete, discursou aos presentes. Bolsonaro afirmou que ele e seus apoiadores não querem negociar nada e que chega da velha política.

Evento teve aglomeração de pessoas, contrariando recomendações da OMS para contenção da pandemia de Coronavírus.

Participação do presidente em ato realizado no Dia do Exército teve repercussões negativas

Após a participação do presidente ser noticiada, vários nomes da política comentaram o fato.

A cúpula militar do governo tentou minimizar a situação, afirmando que não há ameaça à democracia, pois as Forças Armadas não apoiam ideia de intervenção militar.

O Procurador-geral da República, Augusto Aras, divulgou nota pública reiterando compromisso do MP e da PGR em velar pela "ordem jurídica que sustenta o regime democrático".

Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, ministros do STF, criticaram as demonstrações favoráveis à ditadura e reforçaram importância de preservar a Constituição.

Segundo Bolsonaro, ato era pela volta ao trabalho

Nesta segunda-feira, 20/04, Bolsonaro deu declarações na saída do Palácio da Alvorada. Segundo o presidente, pauta do ato realizado no domingo era a volta ao trabalho, a favor do povo na rua.

Bolsonaro também afirmou que gritos e cartazes contra a democracia eram obra de infiltrados, e que seu discurso não teve qualquer declaração contra os outros poderes (legislativo e judiciário).

Em determinado momento, um dos presentes gritou uma frase a favor do fechamento do STF. Ao apoiador, Bolsonaro respondeu:

“Sem essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aí. Aqui é democracia, aqui é respeito à Constituição brasileira. E aqui é minha casa, é a tua casa. Então, peço por favor que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente.”

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