O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (8) que o mundo tem interesse em conter a disseminação da variante brasileira do coronavírus, que tem maior transmissibilidade do vírus, e que, por isso, há mais espaço para a negociação de vacinas.

Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, Bolsonaro lembrou que a produção de imunizantes é insuficiente para atender a população mundial, mas garantiu que a população brasileira será imunizada.

"Agora, porque há espaço para nós? Porque temos uma cepa nova aqui", disse.

"Então, o mundo todo tem interesse que isso não se espalhe, que fique aqui, que seja combatido aqui."

O governo federal tenta acelerar a vacinação no Brasil em meio a críticas sobre a lentidão no processo de imunização da população e diante do forte aumento recente no número de casos e mortes da doença no país.

Mais cedo, Bolsonaro teve reunião com executivos da Pfizer, conversa que contou com a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, onde ficou acertada a compra de vacinas.

Segundo Guedes, o governo federal fechou acordo que prevê a entrega de 14 milhões de doses de vacina contra Covid-19 da farmacêutica norte-americana ao Brasil até junho, com antecipação de 5 milhões de doses nesse período.

Na entrevista desta segunda-feira, Bolsonaro negou ter mudado seu posicionamento sobre a vacinação.

Afirmou que mantém sua determinação de comprar as vacinas que obtiverem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde Investir no Cenário Político Atual? Veja a Melhor Ação de Dividendos na Política Atual.

Bolsonaro, no entanto, questionou várias vezes as vacinas, afirmando que não tomará o imunizante, e chegou a comemorar como uma vitória pessoal a breve interrupção dos testes com a vacina CoronaVac, conduzidos pelo Instituto Butantan, determinada pela Anvisa após a morte de um voluntário em um suicídio não relacionado à vacina.

Também travou contínuo embate com a Pfizer, por considerar que o contrato oferecido pelo laboratório trazia cláusulas abusivas.

O presidente resistia, principalmente, ao fato de a empresa se eximir de responsabilização civil no caso de eventuais efeitos adversos.

Mas projeto aprovado pelo Congresso na última semana, autorizando a União a assumir essa responsabilidade, mudou o cenário.

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.

Fonte: Reuters