A Geração do Milênio, geração das pessoas que nasceram entre 1980 e 1995, chegam à meia-idade mais pobres, infelizes e inseguros do que seus pais. 

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Segundo nova pesquisa, o bem-estar financeiro dos millennials despencou nos últimos anos, em mais um golpe para a geração mais atingida pela recessão na economia.

De acordo com a última iteração do índice de bem-estar financeiro da Morning Consult, que monitoriza o nível de segurança e liberdade de escolha dos entrevistados, com base na sua situação financeira, os millennials viram seu bem-estar financeiro cair 0,94 no último ano, o maior declínio em todas as faixas etárias.

Enquanto isso, os baby boomers, geração nascida entre 1945 e 1964, foram os que mais estão se saindo bem. A sua pontuação de bem-estar financeiro aumentou 4,04 entre agosto de 2022 e agosto de 2023, de acordo com a pesquisa.

Mas o que está acontecendo com a geração do milênio? Por que esta é uma época terrível para essa parcela da população e o que fazer para melhorar seu bem-estar financeiro?

Geração do milênio tinha tudo para dar certo

Os millennials foram a primeira geração a conviver desde cedo com computadores pessoais, smartphones e internet. Junto com o fluxo global de informações, eles tinham grandes expectativas sobre si próprios.

Afinal, em sua maioria, vem com mais anos de educação em relação a seus pais, e de alguma forma, se viam no lugar certo e na hora certa para desenvolver grandes ideias sobre seu papel no mundo.

No entanto, pesquisas internacionais apontam que a geração do milênio, cuja idade atualmente varia entre 28 e 43, mais ou menos, são mais propensos a ter dívidas do que seus pais, 70% dos millennials vivem de salário em salário, e levam mais tempo, em média, para atingir marcos tradicionais da vida adulta, como comprar um imóvel ou carro próprio.

A explicação para isso é corroborada por alguns dados estatísticos. O millennial, em média, vivenciou crescimento econômico mais lento desde sua entrada no mercado de trabalho do que qualquer outra geração na história do país", diz uma reportagem do jornal The Washington Post de 2020.

Essa geração se deparou com grandes recessões, como a crise financeira de 2008 a 2009 e, no Brasil, com o período de contração econômica iniciado em 2014 e agora agravado pela pandemia de 2019.

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"De muitas formas, os millennials estavam posicionados a serem muito bem-sucedidos - ou pelo menos foi o que disseram a eles. E a realidade é que muitos millennials se chocaram com uma algum tipo de grande recessão, com demissões em massa, inflação, estagnação salarial, aumento no custo de vida", disse  à BBC News Brasil, Jason Dorsey, especialista em perfis de millennials e presidente da empresa americana Center for Generational Kinetics, que pesquisa hábitos globais de millennials e da geração Z.

A nova análise da Morning Consult é mais um exemplo de como os millennials e os boomers estão tendo experiências muito diferentes na economia atual, especialmente na era pós-2020.

A pesquisa cita como a  pandemia levou a um ciclo de expansão e recessão de gastos que, para alguns, especialmente os mais velhos que já tinham poupanças e possuíam propriedades, significou um maior pé-de-meia e estabilidade. Para as gerações mais jovens, significou acumular dívidas e incertezas.

"Os millennials estão um pouco mais crescidos do que antes. Eles estão no meio de seus anos de pico de ganhos. Eles têm famílias, estão começando a ter casas próprias. Tudo isso são coisas boas", disse Jaime Toplin, analista de serviços financeiros da Morning Consult.

Por outro lado, as despesas de vida podem estar se acumulando para os millennials, especialmente com o retorno dos pagamentos dos empréstimos estudantis, disse Toplin. 

Como o índice de bem-estar reflete a forma como os consumidores se sentem em relação às suas finanças, os millennials não se sentem tão otimistas.

Millennials estão preocupados em não alcançarem seus objetivos financeiros

De acordo com a pesquisa, quase metade dos millennials disse que, devido à sua situação financeira, sente que nunca terá as coisas que deseja na vida, um aumento de 4% em relação ao ano anterior. 

Ainda, 55% dos millennials relataram que estavam preocupados com o fato de o dinheiro que têm ou planejam poupar não durar; isso representa um aumento de 3% em relação ao ano passado e 9% a mais do que todos os adultos.

Isso não quer dizer que a geração millennials esteja em dificuldades financeiras terríveis. Segundo dados internacionais, o patrimônio líquido médio dos americanos com idades entre 35 e 44 anos era de US$ 135.300 em 2022, de acordo com a Pesquisa de Finanças do Consumidor do Federal Reserve , acima dos US$ 105.610 em 2019.

Mas os americanos com idades entre os 35 e os 44 anos também são os que têm mais dívidas de qualquer grupo etário, por SCF, com uma dívida média de 140.400 dólares cada. 

De acordo com a Morning Consult, cerca de 43% dos millennials tinham dívidas de cartão de crédito, em comparação com cerca de 36% dos baby boomers.

Para enfrentar a tempestade e se sentir mais seguro financeiramente, a geração do milênio precisa se planejar. Ainda dá tempo para conquistar o bem-estar financeiro, apesar de todos os percalços.

Para isso, é indispensável contar com a ajuda de especialistas, mesmo que muitos rejeitem essa ajuda, afinal, os estão no meio de seus anos de pico de ganhos e precisam se concentrar nisso. 

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