À medida que a preferência dos clientes mudam, as instituições precisam adotar uma nova abordagem para atender as necessidades financeiras modernas. É o caso dos bancos e NFTs.
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Os tokens não fungíveis (NFTs) aumentaram em popularidade, junto com a conscientização sobre a tecnologia blockchain.
Essa tecnologia permite repensar como os bens e conteúdos digitais são comprados, vendidos, compartilhados e distribuídos e está mudando a natureza fundamental da propriedade digital.
Isso cria um efeito cascata em uma variedade de indústrias, de esportes a moda e, como não poderia deixar de ser, em finanças.
Para bancos e instituições financeiras, os NFTs e a tecnologia blockchain que os alimenta têm o potencial de revolucionar completamente as finanças como as conhecemos.
Veja como as instituições financeiras exploram os NFTs e como isso pode afetar o setor de serviços financeiros, segundo relatório do Business Insider.
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Bancos e NFTs
De acordo com o Bank of America, as NFTs podem formar uma classe de ativos totalmente nova para dados digitais.
De muitas maneiras, NFTs e blockchain podem ser o que os banqueiros sonham há décadas, mas para realmente entender o impacto potencial no mundo financeiro, os benefícios do blockchain devem ser examinados de perto.
O setor de gestão de patrimônio já vê os itens colecionáveis físicos de alta qualidade dos clientes como parte integrante do portfólio de um investidor.
E agora mais bancos também estão explorando colecionáveis digitais como NFTs como ativos, soluções tecnológicas e ferramentas de marketing.
Principalmente, os bancos estão olhando para eles no contexto do metaverso, onde ativos do mundo real podem ser comprados e vendidos como NFTs.
- O Goldman Sachs disse que está analisando “NFTs no contexto de instrumentos financeiros”, de acordo com o chefe global de ativos digitais do banco, Mathew McDermott.
- O JPMorgan abriu um lounge no metaverso onde os usuários podem comprar terrenos virtuais com NFTs.
- E o banco japonês Nomura está buscando aumentar sua presença em criptomoedas e NFTs.
Uso dos NFTs em finanças
A tecnologia que sustenta os NFTs pode ser útil para as instituições financeiras, como aponta o American Banker.
NFT é uma abreviação de 'non-fungible token', um tipo de ativo digital que carrega consigo certificados de autenticidade embutidos que estabelecem prova de propriedade ou confirmam algum outro tipo de direito.
Estes podem assumir a forma de conteúdo digital, como imagens, fotografias ou música, ou podem referir-se a bens físicos, como terrenos.
Os NFTs podem, portanto, ser considerados como um token digital que confirma a propriedade ou direitos autorais, mas, diferentemente dos tokens digitais, cada NFT também é único, o que significa que um não pode ser trocado por outro (ou seja, eles não são fungíveis) e também não podem ser ser dividido em partes menores.
Para o mercado financeiro eles são particularmente importantes pois:
- Permitem que as empresas registrem e transfiram ativos digitais no blockchain para que os proprietários possam armazenar dados enquanto os protegem contra perda ou corrupção. Esse sistema pode ajudar bancos a lidar mais facilmente com os desafios associados ao manuseio e proteção de dados confidenciais.
- Isso pode ser útil na alocação de pagamentos de royalties, por exemplo. Às vezes, os royalties têm mais de um proprietário e não é óbvio quem deve ser pago. Com NFTs, é óbvio quem possui um ativo.
- As NFTs também podem ajudar os bancos a atrair novos clientes que não confiam em criptomoedas e são desencorajados pelas complexidades da tecnologia blockchain.
- Fintechs e bancos podem se beneficiar da negociação de NFTs da mesma forma que qualquer pessoa pode se beneficiar da venda de ativos colecionáveis. Por exemplo, a Konvi oferece aos investidores exposição a ativos raros, como vinhos finos e relógios, e planeja adicionar NFTs no futuro.
Além de possibilitar maior segurança, a tecnologia blockchain oferece uma infinidade de benefícios para as instituições financeiras.
Isso inclui menor atrito para transações devido à automação e um nível mais alto de personalização de produtos e serviços financeiros.
À medida que as NFTs continuam a proliferar, a adoção de finanças descentralizadas (DeFi) será muito mais transparente e direta para todos os participantes.
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Quais são as limitações dos NFTs?
Os NFTs ainda possuem limitações para sua adoção em massa pelos bancos.
- Preços voláteis: Assim como as criptomoedas, os preços das NFT caíram de um penhasco este ano. O preço médio da NFT caiu de US$ 3.894 em maio para menos de US$ 300 em agosto, por Chainalysis.
- Apatia pública: 41% dos adultos dos EUA nunca ouviram falar de NFTs, de acordo com o YouGov, e apenas 3% dos adultos na Grã-Bretanha disseram que se sentiriam mais positivos em relação a uma empresa se ela começasse a oferecer os tokens digitais.
- Falta de segurança: Como todos os dados digitais, os NFTs correm o risco de serem hackeados, principalmente se forem armazenados em uma exchange centralizada. Se eles estiverem armazenados em uma carteira descentralizada, eles ainda poderão ser invadidos em um golpe de phishing que protege a senha do usuário.
Encontrar maneiras de reduzir os temores em torno de todas essas questões será, portanto, um passo importante no caminho para abrir o mercado de NFTs para uma parcela mais ampla do público.
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A grande vantagem dos NFTs
NFTs e blockchain têm usos no mundo real em serviços financeiros que os principais bancos estão explorando agora, seja como parte de uma estratégia de marketing, para se afirmar como inovadores digitais ou porque desejam expandir sua presença no gerenciamento de ativos.
As instituições financeiras devem pensar seriamente se uma divisão dentro da gestão de patrimônio deve desenvolver especialização em NFTs ou se devem construir relacionamentos em torno de serviços direcionados a proprietários de tokens, semelhantes aos que desenvolveram com a indústria que atende colecionadores de arte, antiguidades e colecionáveis.
As NFTs podem não alcançar o crescimento explosivo que alguns analistas estão prevendo, mas os bancos devem ter uma estratégia para colher os frutos se o mercado amadurecer.
Fonte: Insider Intelligence
