GLOSSARIO
Revolução Industrial
O que é Revolução Industrial. Significado, conceito, para que serve e como funciona.
O que é Revolução Industrial?
Revolução Industrial é um fenômeno presente na história econômica que se refere ao processo de mudança na estrutura produtiva de sociedades inteiras.
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Esse processo se iniciou com a mudança de uma economia agrária e artesanal para uma dominada pela indústria e fabricação de máquinas na Grã-Bretanha entre os séculos XVIII e XIX.
De lá se espalhou para outras partes do mundo, se desdobrando em outras etapas ao longo do tempo.
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Como ocorreu a Revolução Industrial?
A Revolução Industrial é um conjunto de mudanças que aconteceram e continuam acontecendo na esfera produtiva, elevando o nível de produtividade e transformando os processos.
O seu ponto inicial foi marcado pela criação e aprimoramento das máquinas a vapores e teares mecânicos.
Essas inovações aumentaram a velocidade e qualidade na produção dos produtos manufaturados, e também impactaram nas relações de trabalho, com a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado.
A Revolução Industrial permitiu o surgimento de uma nova organização do trabalho, conhecida como sistema de fábrica, o que implicou aumento da divisão e especialização do trabalho.
Com o tempo, outras inovações foram surgindo e gerando novas etapas da Revolução Industrial. Ao todo, podemos separar a revolução industrial em quatro etapas:
- Primeira Revolução Industrial (1780): criação e aprimoramento das máquinas a vapores e teares mecânicos.
- Segunda Revolução Industrial (1870): utilização do aço, energia elétrica e combustíveis fósseis.
- Terceira Revolução Industrial (1970): avanço das tecnologias de informações, computadores, internet e robótica.
- Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0 (2010): avanço da inteligência artificial, internet das coisas, e processos de manufatura descentralizados.
Impactos da Revolução Industrial na economia
A Revolução Industrial foi um dos eventos mais importantes em toda a história econômica da humanidade.
Foi a partir deste evento que o capitalismo emergiu, pois permitiu organizar a produção a partir do trabalho assalariado e a expansão do sistema de mercado.
O trabalho assalariado, que é o processo no qual o trabalhador vende sua força de trabalho para os empresários utilizarem na produção e comercialização dos produtos, é a instituição base do capitalismo.
Sem isso seria impossível avançar nas tecnologias, na produtividade e no crescimento dos mercados e na diversidade de produtos e serviços oferecidos às sociedades nos últimos séculos.
A Revolução Industrial aumentou significativamente a produtividade do trabalho, permitindo que a sociedade conseguisse aumentar seu nível de consumo e bem-estar.
Entretanto, a Revolução Industrial tem críticas, pois argumenta-se que a instituição do trabalho assalariado contribuiu para a degradação das relações de trabalho.
Muitos afirmam que as rotinas de especialização e repetição no sistema fabril eram nocivas aos trabalhadores, pois eram muito desgastantes, tanto físico quanto psicologicamente.
Além disso, os salários eram considerados baixos para manter um padrão de vida digno e sustentável.
Apesar disso, a Revolução Industrial avançou em outras etapas que permitiram que as relações de trabalho também melhorassem.
Direitos trabalhistas e sindicatos foram criados ao longo do tempo para aumentar o poder de negociação do trabalhador e gerar melhores condições de trabalho e remuneração.
As mudanças tecnológicas também foram positivas por diminuir o esforço físico no processo produtivo e também as horas trabalhadas.
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, a jornada média era de 70 horas semanais ao fim do século XVIII, de 60 horas ao fim do século XIX, e de 50 horas no início do século XX.
Ou seja, com o avanço da Revolução Industrial foi preciso cada vez menos tempo para se produzir uma mesma quantidade de produto, o que ajudava a oferecer melhores condições de trabalho.
Impactos da Indústria 4.0
Apesar de, no geral, a Revolução Industrial ter contribuído para a melhoria de vida da sociedade como um todo, a sua mais nova etapa, chamada de Indústria 4.0, apresenta controvérsias.
O termo “Indústria 4.0” ou “Quarta revolução industrial” foi criado pelo Klaus Schwab, economista e engenheiro suíço, que fundou o Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça.
A ideia é a de que as grandes indústrias, que antes geravam milhões de empregos, agora, através da tecnologia, reduzirão dramaticamente a quantidade de trabalhadores em seu sistema fabril.
Tudo isso devido a utilização das tecnologias e do entendimento, utilização, da inovação.
A Indústria 4.0 se caracteriza pela execução de “fábricas inteligentes”, com as suas estruturas modulares e sistemas ciber-físicos, que monitoram os processos físicos e criam uma cópia virtual do mundo físico para decisões descentralizadas.
A comunicação, a solução dos problemas e o fortalecimento das relações entre clientes, trabalhadores, entidades de classe, fornecedores, governos e parceiros (stakeholders), se dará por tempo real, de forma ágil e direta.
Como resultado, há a expectativa que cada vez menos pessoas irão ser requeridas para participar do processo produtivo.
Entretanto, há autores que afirmam que a queda do trabalho produtivo não irá causar danos à sociedade, muito pelo contrário, os benefícios serão muito maiores.
Isso porque, em vez de se trabalhar em fábricas, uma quantidade enorme de serviços sofisticados e criativos serão criados.
As possibilidades derivadas das inovações tecnológicas serão imensas, o que permitirá oportunidades que antes não existiam.
Portanto, se argumenta que as sociedades estarão em situação melhor, pois as pessoas poderão se abster do trabalho produtivo, que é monótono, para se concentrar em trabalhos criativos.