O raio-X do perfil do investidor pessoa física divulgado hoje pela Bolsa de Valores Brasileira (B3) mostra crescimento de mais de 43% no número de investidores no primeiro semestre de 2021.

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A B3 fechou o mês de junho com 3,8 milhões de contas, se o ritmo de crescimento for mantido, a marca de quatro milhões de contas pode ser batida em menos de três meses. 

Segundo a análise realizada pela B3, com a chegada dos novos investidores pessoas físicas, no último semestre, o valor em custódia alcançou R$ 545 bilhões, alta de 55% na comparação com o mesmo período de 2020. 

O volume de negócios diários em renda variável também subiu 26% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 14 bilhões.

As pessoas estão investindo mais e com valores menores. O primeiro investimento mediano mensal encolheu para R$ 352, ante R$ 985 em 2020.

Entre os estreantes da bolsa, também chama atenção a queda na faixa etária dos investidores.  O destaque vai para os investidores na faixa dos 25 aos 39 anos e de fora do eixo Rio-São Paulo. 

Número de investidores da B3

De acordo com o levantamento da B3, o número de contas de pessoas físicas saltou 43% no primeiro semestre de 2021, na comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 3,8 milhões de contas.

Quando observado o número de investidores individuais, ou seja, o número de CPFs cadastrados, a B3 encerrou junho com 3,2 milhões, crescimento de 42%.

A diferença é de 640 mil contas ou 20% e vem se mantendo praticamente constante desde 2019, mostrando o aumento considerável de investidores PFs nos últimos anos.

“Ficamos algumas décadas esperando por esse movimento extraordinário que está acontecendo”, destaca Felipe Paiva, diretor de Relacionamento e Pessoa Física da B3. 

Entre o final de 2020 e o primeiro semestre de 2021 houve um aumento de 500 mil investidores pessoa física no mercado de capitais. 

Evolução no número de investidores Pessoa Física na B3. Fonte: B3

Valor do primeiro investimento

Além da chegada de novos investidores, outra mudança importante são os valores de entrada cada vez mais baixos.

Em junho de 2021, a mediana do primeiro investimento das pessoas físicas foi de R$352, menor valor da história.

Entre os 104 mil investidores que entraram em junho de 2021, 42% fizeram seu primeiro investimento até R$200.

Esses valores acabam com o mito de que é preciso muito dinheiro para investir na bolsa.

Valor médio do primeiro investimento dos investidores pessoa física. Fonte: B3

Principais produtos

As ações e os fundos imobiliários são os principais produtos de entrada do novo investidor. Esses produtos tiveram um volume de 58% e 56% a mais no primeiro semestre deste ano, em relação a 2020.

Segundo o estudo, a procura por outras classes de ativos também aumentou, com destaque para os ETFs e os BDRs que cresceram 104% e 2.982% em número de investidores, respectivamente, no período.

“A disseminação de informações sobre ETFs, demonstrando a possibilidade de diversificação que ele permite, e a flexibilização nas regras de BDRs, possibilitando o acesso às pessoas físicas, fizeram com que os dois produtos crescessem dessa forma nesse primeiro semestre”, explica Paiva.

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Maior diversificação

Como resultado, também avançou o número de investidores com mais de um ativo em suas carteiras.

Com carteiras mais diversificadas, os investidores estão alocando cada vez mais em ações, FIIs e ETFs. 

Em 2016, a base era concentrada em 78% de PFs detentores apenas de ações, a partir de 2019, metade da base passou a ter posição em mais de um produto.

Em junho de 2021, 50% dos investidores detêm somente ações.

Diversificação dos investimentos dos investidores pessoa física na B3. Fonte:B3.

Investidores por região

O novo estudo da B3 também mostrou uma maior participação de investidores do Norte e Nordeste.

Apesar de o Sudeste do país concentrar o maior número de investidores, as demais regiões têm apresentado maior aumento relativo na comparação entre 2018 e 2021. 

Destaque para as regiões Norte e Nordeste que cresceram 575% e 486%, respectivamente.

Aumento do número de investidores por região. Fonte: B3

Maior participação de jovens e mulheres

O perfil de gênero dos investidores mudou pouco ao longo dos anos. Apesar da entrada de mais mulheres nos últimos períodos, a proporção entre homens e mulheres se mantém praticamente constante ao longo dos anos.
Já na faixa etária, 50% dos novos investidores estão na faixa de 25 a 39 anos.

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