A maioria dos gestores dos fundos de previdência já revisou a política de investimentos, como forma de resposta à crise.
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A consultoria Mercer realizou, em parceria com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), levantamento sobre os movimentos atuais da previdência privada.
A iniciativa ouviu 132 diretores, gerentes e analistas de planos de previdência, representando 61% do patrimônio de previdência corporativa do país.
Reação dos fundos de previdência é defensiva
O levantamento aponta que mais de 80% dos gestores de fundos de previdência já estão adotando medidas para amortecer os efeitos da crise do Coronavírus. Em cerca de 60% dos casos, essas medidas passam pela revisão das políticas de investimento.
Conforme a análise de João Morais, líder de previdência e investimentos da Mercer, essa é uma reação defensiva, a fim de reduzir o risco de perdas, diante de um "momento de alta incerteza e volatilidade".
No entanto, Morais destaca que esse pode não ser o momento para essa revisão da política de investimentos, devido à atual condição de depreciação dos ativos.
Além disso, ele reforça que ativos de maior risco tendem a trazer mais retorno para investidores de médio e longo prazo, caso dos investidores dos fundos de previdência.
Fundos de previdência têm liquidez suficiente
No Brasil, existem cerca de 250 fundos de previdência fechados, que somam quase R$ 1 trilhão em investimentos no mercado e pagam cerca de R$ 60 bilhões anualmente em benefícios.
A Previc, órgão regulador do sistema de previdência complementar fechada, apresentou preocupação em relação à liquidez desses fundos frente à crise do Coronavírus.
Para entender a situação atual, foi feito contato direto com algumas das maiores fundações do país, como Previ, do Banco do Brasil, Petros, da Petrobrás, e Funcef, da Caixa.
Segundo Lucio Capeletto, superintendente da Previc, afirmou nesta quarta-feira, 22/04, os fundos que estão sob a gestão dessas fundações apresentam liquidez suficiente para honrar com o pagamento dos benefícios, sem precisar recorrer à venda de ativos neste momento.
Capeletto também informou que a Previc poderá autorizar aos beneficiários o saque de uma parte dos recursos acumulados nos fundos previdenciários, como alternativa para amenizar os impactos da crise para essas pessoas.
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