Após consecutivos ganhos com a alta das ações da Dasa (DASA3), a matriarca da família de Godoy Bueno, Dulce Pugliese de Godoy Bueno, 72 anos, assume o posto de mulher mais rica do Brasil.
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A soma final dos ganhos dos últimos 16 dias foi suficiente para ela ultrapassar a presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), Luiza Helena Trajano.
Com fortuna estimada pela Forbes de R$ 32,63 bilhões, Dulce, que é cofundadora da Amil e uma das controladoras do grupo de diagnósticos clínicos Dasa, chega ao topo do ranking feminino.
Na última lista de bilionários do Brasil, divulgada em abril de 2020, o patrimônio líquido da bilionária era de US$ 3,5 bilhões, um salto (R$ 18,72 bilhões) de 74,28%.
Dulce agora ocupa o sétimo lugar dos brasileiros mais ricos.
Esta é a segunda colocação mais alta em que uma mulher já chegou na lista nacional.
A posição máxima foi a sexta posição de Maria Consuelo Leão Dias Branco em 2017.
Na época, a então presidente do conselho de administração da empresa de alimentos M. Dias Branco (MDIA3) tinha uma fortuna de R$ 13,25 bilhões.
Luiza Helena Trajano se mantém em oitavo com fortuna avaliada em R$ 30,49 bilhões. Com isso, é a primeira vez que uma dupla de mulheres está entre os 10 mais ricos do país.
Quem é Dulce Pugliese de Godoy Bueno
Dulce fundou junto ao seu ex-marido, Edson de Godoy Bueno, a rede de assistência médica Amil, em 1972.
Depois da compra da companhia pela norte-americana UnitedHealth, em 2012, a médica bilionária, juntamente com Edson, apostaram em um novo empreendimento, a rede de diagnósticos clínicos Dasa, da qual detém 48% das ações.
Após a morte de Edson em 2017, a participação acionária do empresário foi passada para seus filhos, Camilla de Godoy Bueno Grossi e Pedro de Godoy Bueno.
Pedro é CEO da companhia e aos 30 anos, é o bilionário mais jovem do Brasil.
A soma da fortuna da família de Godoy Bueno é de US$ 12,3 bilhões (R$ 68,8 bilhões), segundo o ranking em tempo real de bilionários do mundo da Forbes.
Camilla e Pedro ocupam a 14ª e 15ª posição no ranking de bilionários brasileiros da Forbes.
Alta das ações da Dasa
Entre 6 e 19 de janeiro, as ações da Dasa (DASA3) dispararam 268%, saindo de R$ 74,10 para R$ 199.
Na quarta-feira, os papéis chegaram a cair para R$ 175, mas registraram uma breve recuperação ontem e fecharam a R$ 150.
Desde o início de dezembro, após a Dasa anunciar a aquisição do grupo hospitalar Leforte por R$ 1,77 bilhão, a companhia da família tem desempenhado bem.
Ainda em 2020 a Dasa anunciou a compra de mais duas empresas no segmento da saúde.
Outro ponto positivo para o negócio da família Godoy Bueno é a participação ativa nos testes da vacina contra o coronavírus.
O grupo anunciou uma parceria com a empresa norte-americana Covaxx, uma subdivisão da United Biomedical, para realizar as fases dois e três de testes da vacina contra a Covid-19 no Brasil.
Além de doar R$ 15 milhões para financiar o desenvolvimento do imunizante, a Dasa também foi a responsável por detectar a nova variante do vírus em circulação no Brasil.