Possuir uma reserva para aposentadoria ainda é para poucos. Nove em cada dez aposentados dependem da previdência pública para o próprio sustento, de acordo com a 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro.

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A pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Datafolha revelou ainda que  4% dos respondentes que já são aposentados continuam na ativa e usam a renda do trabalho e apenas 3% recorrem aos recursos da previdência privada.

Já entre quem ainda não se aposentou, 51% acreditam que vão precisar do INSS quando chegarem nessa fase da vida.

Apesar de ser uma parcela ainda alta, esse número representa uma redução de quatro pontos percentuais em relação ao patamar do ano anterior. 

Os demais entrevistados declararam que esperam depender do próprio salário (22%), de aplicações financeiras (12%) e da previdência privada (6%) para quando a hora de se aposentar chegar.

“Muitos esperam não depender, mas quase todos acabam precisando do INSS no momento de se aposentar.  Por isso, a educação financeira é tão importante, com a organização do orçamento doméstico pensando também no ‘eu do futuro’ para quem tem condições financeiras de se planejar”, afirma Marcelo Billi, superintendente de Educação da Anbima.

O valor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na maioria das vezes não supre todas as despesas dos aposentados.

Apesar do valor máximo pago de benefício previdenciário ser de R$ 7,5 mil, esse teto está longe de ser uma realidade, visto que, para alcançá-lo, é necessária uma contribuição de quase R$ 1,5 mil por mês.

Meios citados entre os não aposentados para o sustento da aposentadoria

MeioPopulação geralClasse A/BClasse CClasse D/E
Previdência pública (INSS)51%45%51%55%
Do seu salário/continuará trabalhando22%23%24%18%
Aplicações financeiras, como títulos públicos, mercado de ações, renda fixa, câmbio, poupança12%23%12%3%
Previdência privada6%12%5%2%
Aluguel dos imóveis que possui4%10%3%1%
Das economias que possui/ do que guardou/ reserva de dinheiro (do que guardar/ economizar)2%3%2%1%
Família / filhos no sustento2%2%1%2%
Não sabe13%7%12%21%

Fonte: Anbima. Ano base: 2022.

Recursos usados pelos entrevistados que já são aposentados

MeioPopulação GeralClasse A/BClasse CClasse D/E
Previdência pública (INSS)90%88%93%89%
Do seu salário/continuará trabalhando4%5%3%5%
Aplicações financeiras, como títulos públicos, mercado de ações, renda fixa, câmbio, poupança1%4%1%1%
Previdência privada3%11%2%N/A
Aluguel dos imóveis que possui3%7%3%0%
Família / filhos no sustento1%3%2%N/A
Não sabe4%2%3%6%

Fonte: Anbima. Ano base: 2022.

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Reserva financeira para a aposentadoria

O Raio X do Investidor aponta ainda que, entre os “não aposentados”, 18% começaram uma reserva para a aposentadoria e outros 58% ainda não, mas pretendem. E 24% não começaram e nem pretendem fazê-lo.

Ao observarmos as camadas sociais, destacam-se as pessoas da classe A/B entre as que já iniciaram uma reserva para a aposentadoria. E 60% da classe D/E pretende começar.

Foto: Reprodução / Anbima

Idade para a aposentadoria 

Pouco mais de 60% dos “não aposentados” pretendem se aposentar com idades entre 50 e 69 anos, percentual semelhante ao do ano anterior. Já outros 6% consideram que só conseguirão se aposentar a partir dos 70 anos, com uma redução de dois pontos percentuais nessa mesma base de comparação.

Olhando para as classes sociais, 10% das pessoas da classe A/B declararam que não pensam em se aposentar e 21% da classe D/E não sabem responder sobre o assunto.

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