Mohamed Mansour é uma das figuras empresariais mais proeminentes do Oriente Médio nas últimas cinco décadas. 

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Ele lidera o Grupo Mansour, um conglomerado global que opera em mais de 100 países e mantém parcerias importantes com marcas líderes como General Motors e Caterpillar.

Como investidor, é presidente do seu family office, Man Capital, com sede em Londres, sendo um dos primeiros apoiadores de gigantes da tecnologia como Facebook, Spotify, Uber e Airbnb, além de investimentos em vários setores, incluindo educação, tecnologia e energia renovável.

Recentemente, Mansour publicou sua autobiografia intitulada “Drive to Succeed”, onde narra sua jornada de vida, desde seus primeiros desafios, incluindo um acidente de carro aos 10 anos que o deixou acamado por três anos, e sua luta contra o câncer aos 20 anos, enquanto estudava nos Estados Unidos.

A narrativa inclui também a nacionalização do negócio de algodão do seu pai e o confisco dos bens da sua família que os deixou sem dinheiro da noite para o dia.

“Escrever este livro foi uma experiência muito interessante e gratificante”, disse Mansour. 

“Quando embarquei no projeto, meu principal objetivo era produzir algo que meus queridos netos achassem interessante e pudessem aprender. A minha vida não tem sido fácil – houve momentos em que lutei para superar adversidades e dificuldades, incluindo alguns problemas de saúde significativos e momentos em que lutei para sobreviver. Hoje, enquanto lidero uma organização que emprega 60.000 pessoas em todo o mundo, ainda sinto uma enorme responsabilidade e a pressão para ter sucesso está sempre presente, mas continuo motivado e, acima de tudo, adoro o que faço.”

Mansour conversou com a Forbes e listou algumas lições que aprendeu em suas décadas de negócios. Veja o que podemos aprender com o bilionário.

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1. Prometa pouco e entregue muito

Quando Mansour estabeleceu concessionárias General Motors no Egito, em 1975, ele ainda era pouco conhecido. A GM confiava no seu falecido pai, mas não tinha contado com o recém herdeiro.

Embora o setor privado do Egipto estivesse se abrindo sob um novo regime, os importadores estrangeiros estavam nervosos na sequência dos projetos de nacionalização do ex-presidente Nasser. 

Mansour sabia que não poderia arriscar sua reputação. “Se eu sei que vou fazer 100 carros, dizia 50”, disse ele sobre suas promessas à GM naquela época. 

Mesmo agora que o seu negócio está bem estabelecido, com seu conglomerado se tornando um dos maiores distribuidores da GM em todo o mundo e o clima econômico do Egipto irreconhecível, Mansour ainda segue o mesmo mantra.

2. Procure lacunas no mercado e as preencha

Para projetar um negócio de sucesso, Mansour aconselha primeiro descobrir o que está faltando no mercado. 

Identifique o que você está posicionado para fazer o que outros não podem, ou então aprenda como fazer o que ninguém mais pode. 

Quando Mansour estava começando, em meados da década de 1970, os muitos anos que viveu nos EUA o tornaram a pessoa certa para o comércio de mercadorias entre os EUA e o Egito. 

“Ninguém conseguia falar a língua ou entender a maneira americana de fazer negócios no Egito, exceto nós, três irmãos, na época”, diz ele. 

De onde outros empresários egípcios enfrentavam barreiras linguísticas e culturais, ele conseguiu prosperar.

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3. Não sente na ponta da mesa

“Quando estou na sala de reuniões, não me sento à cabeceira da mesa”, diz Mansour. 

Na verdade, ele diz que ninguém fica sentado alí: “A ponta está vazia”. Isso promove um senso de trabalho em equipe e lealdade entre seus colegas, afirma.

Mansour pode liderar o negócio, mas não se considera o maior nome do negócio, depende muito da perspicácia daqueles que o rodeiam. 

“Sou mais um pensador. Não falo muito”, diz Mansour. “Tenho pessoas muito boas ao meu redor. Pessoas que conheço me dirão a verdade. E provavelmente são mais inteligentes do que eu", disse à Forbes.

4. Não “viva na sua sombra”

À medida que uma empresa amadurece, é fácil ficar preso a padrões de pensamento e formas de fazer as coisas familiares ou ficar obcecado com o que a empresa costumava ser e com os seus objetivos originais. É exatamente isso que Mansour tenta evitar. 

“Nunca vivo na minha sombra”, diz Mansour. “É uma expressão que eu uso.” 

Ele prioriza a inovação e a busca por novas fronteiras. É isso que o leva a investir em empreendimentos focados no futuro, como a tecnologia. 

Vencer o câncer e uma lesão incapacitante quando jovem poderia facilmente torná-lo uma pessoa avessa ao risco, mas Mansour diz que isso o fez abraçar o risco e tentar nunca deixar uma oportunidade na mesa

Para isso, faz questão de se cercar de jovens colegas que estejam em contato com tendências e novas ideias: “Trazemos homens e mulheres brilhantes, mais jovens, com visão. Eles podem nos aconselhar.”

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5. Seja amigo de seus funcionários apenas fora do trabalho

Quando Mansour assumiu parte do negócio após a morte do seu pai, ele enfrentou uma escolha: “Contrato pessoas com experiência, pessoas mais velhas do que eu? Ou amigos em quem sei que posso confiar?”

Ele escolheu a segunda opção e, por um tempo, funcionou maravilhosamente bem. 

Ele tinha uma política de portas abertas no escritório e compartilhava uma calorosa camaradagem com os colegas durante o dia e socializava com eles à noite. 

Mas um dia, quando os encontrou jogando futebol no meio do escritório, percebeu que tinha levado as coisas longe demais. 

“Aprendi com meus erros. Eu disse: ‘Ou é trabalho ou prazer. Somos amigos fora do escritório.’ E então comecei a me retirar. Fechei a porta e foi assim que fiz a diferenciação.” 

Estabelecer limites no trabalho acabou se tornando natural para ele.

6. Não subestime os fatores macroeconômicos

“O macroeconômico é fundamental”, diz Mansour. 

Ele observa à Forbes que estando em um ano eleitoral nos EUA, as empresas devem considerar “que tipo de influência isso terá sobre a economia dos EUA,  inflação, as taxas de juro”. 

Mansour admite que cometeu erros no passado por não prestar atenção suficiente à forma como a política e as grandes mudanças econômicas podem afetar o seu negócio

Por exemplo, ele não previu o enfraquecimento da moeda egípcia a partir do final dos anos 70.

Durante a queda da libra importava veículos novos, o que tornou cada vez mais difícil o pagamento de dívidas. 

Para piorar a situação, o governo egípcio proibiu temporariamente muitas importações, incluindo automóveis estrangeiros, para fazer face à crise. 

Como consequência, Mansour quase faliu nesta época.

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7. Use a adversidade à seu favor

Antes do acidente de carro na infância, a maior paixão de Mansour eram os esportes. Ficar confinado a uma cama significava que ele teria que desistir do atletismo e enfrentaria longos períodos de tempo sozinho, com pouco para se divertir. 

“Naquela época não havia PlayStation, não havia TV”, diz ele. Mas isso ajudou-o a se desenvolver de outras formas: “Sentei-me e pensei. Aprendi a ser um pensador.” 

Quando a sua família perdeu a fortuna, Mansour “aprendeu o valor do dinheiro”. Isso tornou-o mais relutante em contrair dívidas no futuro, de modo que foi mais capaz de salvar as suas finanças quando a crise econômica egípcia eclodiu na década de 1980. 

Sobre suas dificuldades financeiras, Mansour reflete:“Isso me tornou um homem melhor?” "Definitivamente sim."

Fonte: Forbes

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