GLOSSARIO
Social Democracia
O que é Social Democracia. Significado, conceito, para que serve e como funciona.
O que é Social Democracia?
Social Democracia é uma ideologia política que defende intervenções do Estado para promover o bem-estar e justiça social dentro de um sistema capitalista.
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A social democracia é também chamada Estado de bem-estar social, sendo considerada uma ideologia política de centro-esquerda.
Neste regime político, o Estado e os sindicatos exercem um importante papel para a regulação econômica, garantindo melhores condições de trabalho, uma distribuição de renda mais igualitária, além do compromisso com a democracia.
Podemos dizer que a social democracia, atualmente, domina a política dos países desenvolvidos, como os EUA, Alemanha, Japão, entre outros.
É um regime que também tem crescido nas últimas décadas em países em desenvolvimento como o Brasil.
Inclusive, a Constituição Federal de 1988 foi instituída com base nos preceitos da social-democracia.
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Como funciona a Social Democracia?
A social democracia surgiu no século XIX, dentro do movimento operário, sendo considerada uma variante do socialismo.
Entretanto, apesar de muitos confundirem esta ideologia política com o socialismo (ou comunismo marxista), a social democracia não exclui o capitalismo.
Inclusive, há aqueles que argumentam que a social democracia é uma maneira de resguardar o sistema capitalista contra um possível colapso.
Isso porque, embora seja um dos sistemas econômicos de maior sucesso na história humana, o capitalismo tem as suas falhas,chamadas de falhas de mercado.
Embora se considere o mercado como mecanismo de alocação de recursos mais eficiente já inventado pela humanidade, nem sempre ele funciona corretamente para todas as coisas.
Muitos criticam, por exemplo, o sistema de saúde privado por excluir grande parte da população de baixa renda. O mesmo vale para o sistema educacional.
Nestes casos, considera-se que saúde e educação não são setores que funcionam bem sobre as leis de mercado, visto que o objetivo de lucro, muitas vezes, são conflitantes com os valores que deveriam reger estes campos.
Para resolver este problema, a social democracia defende que o Estado deve intervir nestes setores que o mercado não consegue garantir o acesso universal aos bens e serviços.
Dessa forma, é comum países regidos pela social democracia oferecerem saúde e educação gratuita ou subsidiada para a sua população.
Neste regime político, o Estado também atua regulando os direitos trabalhistas, visando garantir um nível mínimo para a qualidade das condições de trabalho e remuneração para os trabalhadores.
Além disso, o Estado também pode atuar regulando outros setores, como o sistema financeiro e outros.
O objetivo é garantir um nível de demanda agregada e emprego para a população, além de combater crises econômicas.
Ao fazer isso, o objetivo é garantir que a sociedade como um todo tenha acesso aos bens e serviços básicos de subsistência e bem-estar.
Críticas à Social Democracia
Apesar de parecer algo positivo, a social democracia enfrenta fortes críticas quanto à sua forma de atuação.
O principal argumento contra esse regime ideológico é que a interferência e regulação do Estado gera grandes distúrbios econômicos.
Estes distúrbios atrapalham o funcionamento dos mecanismos de mercado, causando ineficiência de alocação e a maioria dos problemas econômicos que a sociedade enfrenta, que ironicamente são problemas que a social democracia visa conter.
Quando o Estado interfere nos mercados, a ineficiência gerada atrapalha o desenvolvimento econômico, gerando desemprego e crises.
Muitos economistas criticam ainda a social democracia por causa da elevada carga tributária requerida para garantir os bens e serviços fornecidos pelo Estado.
Muitas vezes, o excesso de gasto público gera desequilíbrios fiscais e inflação, causando problemas para a sociedade.
Isso, inclusive, anula os benefícios que esta ideologia busca gerar em termos de bem-estar social.
Seja como for, o embate entre economistas heterodoxos (que defendem a social democracia) e os economistas ortodoxos (que criticam este modelo) está longe de ter um fim.
Ambos os lados apresentam argumentos convincentes para defender seus ideais, de modo que a sociedade se mantenha constantemente dividida quanto ao melhor modelo econômico e social a seguir.