O que é Zona do Euro?

Zona do Euro é uma região geográfica e econômica que consiste nos países da União Europeia que incorporaram integralmente o euro como moeda nacional. 

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Atualmente a Zona do Euro consiste em 19 países na União Europeia (UE): Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha. 

Aproximadamente 340 milhões de pessoas vivem na Zona do Euro.

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Como surgiu a Zona do Euro?

A Zona do Euro foi instituída em 1998, a partir do estabelecimento de um conjunto de critérios por parte de 11 países membros da União Europeia.

Estes países eram a Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos e Portugal.

Oficialmente, foi no dia 1 de Janeiro de 1999 que foi oficializada a Zona do Euro, a partir da introdução do Euro como moeda e da criação do Banco Central Europeu (BCE).

Naquela data, as notas e moedas metálicas começaram a ser fabricadas nos 11 países, de modo que a nova moeda passou a circular só em primeiro de Janeiro de 2002.

Com o tempo, outros países foram entrando na Zona do Euro.

A Grécia ingressou em 1 de janeiro de 2001; a Eslovénia em 2007; Chipre e Malta em 2008; a Eslováquia em 2009; a Estónia em 2011, a Letónia em 2014, e a Lituânia em 2015. 

Atualmente, dos 28 Estados-membros da União Europeia, 19 adotam o euro como a moeda oficial. 

Além destes, outros países que não são da União Européia adotaram o euro como moeda nacional. 

É o caso da Cidade do Vaticano, Andorra, Mônaco e São Marinho. Estes países têm acordos monetários com a UE que lhes permite emitir o euro sob certas restrições. 

Por várias razões, nem todos os países da UE são membros da zona do euro. A Dinamarca, por exemplo, optou por não aderir, embora possa fazê-lo no futuro. 

Outros países optaram por usar sua própria moeda como forma de manter sua independência financeira em relação às principais questões econômicas e monetárias.

Por outro lado, outras nações da UE ficaram de fora da Zona do Euro por não cumprirem as condições necessárias para ingressar. 

Como funciona a Zona do Euro?

O euro foi criado para fortalecer a economia dos países que o adotarem, pois terão uma moeda forte economicamente para negociar. 

Além disso, a adoção de uma mesma moeda propiciou uma ampliação nas relações comerciais entre os países e a formação de grandes empresas europeias que emergiram a partir da junção de muitas empresas de diferentes países.  

Outro objetivo importante para a criação do euro foi a ampliação das relações político-econômicas entre França e Alemanha, que possuíam uma relação historicamente desgastada, até então.

Com a criação do euro, o dólar perdeu um pouco a sua centralidade no mundo, embora tenha continuado como a moeda mais importante do sistema econômico mundial.

Para poderem aderir à zona euro, os países da UE devem cumprir os chamados critérios de convergência.

Estas condições econômicas e jurídicas que estão consagradas no Tratado de Maastricht de 1992, sendo também conhecidas como “critérios de Maastricht”.

Os critérios consistem em quatro indicadores macroeconômicos que se concentram em:

  1. estabilidade de preços; 
  2. finanças públicas sólidas e sustentáveis;
  3. durabilidade da convergência;
  4. estabilidade da taxa de câmbio.

Críticas à Zona do Euro

Apesar deste plano ter fortalecido as relações comerciais da União Européia, como também ter criado uma moeda forte no comércio internacional, a Zona do Euro tem suas críticas.

A principal é que a forma com que o projeto foi realizado deixou fragilidades estruturais que mais tarde geraram desequilíbrios macroeconômicos.

A criação da Zona do Euro submeteu as economias a critérios macroeconômicos rigorosos e padronizados, em consonância com os interesses da Alemanha, sem criar, no entanto, uma autoridade política centralizada e legítima. 

Neste caso, a realização da união monetária sem a coordenação da política fiscal foi problemática. 

Isso porque os países apresentavam estruturas econômicas distintas, de modo que, vez ou outra, problemas no balanço de pagamentos em alguns eram difíceis de serem equalizados com a política monetária implementada pelo BCE.

Dadas as grandes dificuldades de harmonização econômica e política entre os membros e as instituições comunitárias, o estabelecimento do Euro como moeda única da União Europeia implicou em uma certa vulnerabilidade para a região.