No final de 2020, Warren Buffett  fez mudanças importantes em sua carteira de ações, que por uma questão de "sigilo", só se tornaram públicas no último dia 16 de fevereiro. 

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O mercado esperava que dentre as novidades da carteira, estaria alguma empresa do setor de tecnologia. 

O mercado se equivocou. 

Buffett desembolsou mais de US$ 4,1 bilhões na compra das ações da Chevron e mais US$ 8,6 bilhões para compra das ações da Verizon.

Quem não conhece a Chevron saiba que ela é uma das principais petrolíferas do mundo e a Verizon é uma importante empresa de telecomunicação e excelente pagadora de dividendos.

Na outra ponta, ele vendeu integralmente as ações do banco JP Morgan e da Pfizer.

Vale ainda mencionar que o megainvestidor reduziu sua participação no Wells Fargo.

Parece que o seu apetite pelo setor bancário reduziu.

Entre outras mudanças da carteira, como a redução da participação na Apple, uma delas me chamou muita atenção. 

Warren Buffett vendeu integralmente as ações da mineradora Barrick Gold, no quarto trimestre.

Tudo bem, não fosse o fato que ele havia adquirido em agosto de 2020.

Sobre a Barrick Gold, dois pontos chamam a atenção. 

O primeiro foi quando comprou as ações da Barrick Gold, pois ele sempre teve uma visão desfavorável para metal. 

Na carta de 2011 enviada pela Berkshire Hathaway, ele havia reforçado sua opinião sobre o ouro:

"Não é útil nem produz valor. Se você tiver uma onça de ouro por uma eternidade, você ainda vai possuir uma onça no final".

O segundo ponto que me chamou a atenção foi quando ele vendeu as ações da mineradora. 

A permanência em carteira foi de poucos meses, a tese de investimentos mudou muito rápido, o que não é do perfil de Warren Buffett.

As principais posições de Buffett ficaram assim:

Tabela principais investimentos Berkshie Hathaway

Resumindo, reduziu tech e bancos e aumentou telecomunicações e petróleo.

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Quase consigo enxergar Buffett empurrando a mesa em uma reunião com seu conselho e dizendo:

"Chega! Deixem que o velhinho e guru de Omaha tome suas decisões com base no velho e tradicional modelo de Value Investing".

Essas decisões fazem parecer que Warren Buffett está voltando às suas origens, buscando empresas tradicionais, descontadas e que paguem dividendos. 

Os resultados da Berkshire nos últimos anos ficaram um pouco aquém do próprio S&P 500

Será que este "reset" feito por Buffett, poderá acelerar os resultados?

Obviamente não é simples de decifrar tudo o que está passando pela cabeça do bom velhinho.

Com seus 90 anos de idade e toda experiência em seus cabelos brancos, não atrevo a questionar as decisões de Buffett.

Sinto-me inspirado ao ver uma sutil mudança de abordagem nos investimentos da Berkshire Hathaway

Contudo, isso não significa que seguiremos à risca esta abordagem. 

O carteira do Joias da Bolsa é inspirada no Value Investing buffettiano mas precisamos de algumas adaptações às terras tupiniquins. 

Mesmo com toda emoção que é ser brasileiro, o #timejoias está cada vez mais forte e auferindo retornos cada vez mais consistentes.

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