O gestor do fundo Fator Veritá (VRTA11) entrou em rota de colisão com seus cotistas em sua última emissão, que dobrou o tamanho do fundo.

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Os cotistas do fundo imobiliário ficaram muito incomodados com a demora na alocação dos recursos

Recentemente o gestor se manifestou a respeito e trouxe mais luz sobre os fatos.

Em fevereiro de 2020, portanto semanas antes da pandemia, o fundo entrou com pedido de registro da oferta.

Logo em seguida, em face a toda incerteza gerada pela pandemia, o fundo decidiu postergar o início desta oferta, que só foi ocorrer em junho do mesmo ano. 

Foi a partir de agosto então que o fundo começou a fazer suas alocações do recurso captado.

Essas alocações demoraram nove meses para acontecer. 

O gestor havia dito no documento da oferta que seriam até seis meses para finalizar.

O mercado, vendo essa demora, questionou se o gestor do fundo tinha de fato um pipeline de ativos para investir quando fez a oferta.

O gestor mostrou, numa live, o pipeline original e ficou claro que pouco se aproveitou dele. Das 13 operações que estavam previstas inicialmente, apenas 3 foram concluídas. 

As operações caíram por diferentes motivos: desde a desistência da empresa que captaria os recursos do CRI, desistência do próprio fundo, problemas na fase de diligência e formalizações, entre outros.

Olhando as coisas em perspectiva agora é natural que um pipeline construído antes da pandemia, não seria lá muito preciso após a pandemia. Afinal ela mudou drasticamente o rumo das coisas.

É compreensível que empresas tenham desistido de empreendimentos e de captar dívidas frente a um cenário tão incerto. 

É compreensível, também, que o FII tenha desistido de emprestar dinheiro para negócios que foram duramente impactados pela pandemia

Outro ponto importante trazido pelo gestor, que contribuiu para demora na alocação, é que o fundo não tem a questão de conflito de interesses aprovada em assembleia de cotistas, como outros fundos têm.

Quem tem, consegue adquirir os CRIs antes mesmo da oferta, mas o adquirem por meio de outro fundo, investidor ou mesmo tesouraria de empresas do mesmo grupo econômico.

Aí quando o recurso da emissão chega, esse outro veículo vende para o FII o título previamente adquirido.

Esses veículos funcionam com uma espécie de “sala de espera” para entrar no FII.

Essa manobra agiliza muito o processo de alocação, mas expõem os cotistas ao potencial conflito de interesses. Afinal, quem estaria se dando bem com esse negócio? 

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O gestor do fundo não vai fazer essa operação de graça. Como ter certeza de que isso tudo está sendo feito em favor do cotista?

São questões relevantes e, por isso, precisam ser aprovadas em assembleia de cotistas, onde eles votarão para se submeter ou não a esse tipo de situação.

Essa situação pode ser usada para o bem ou para o mal.

O VRTA11 (ainda) não tem autorização para fazer tal manobra.

Entre mortos e feridos, depois de uma grande indisposição entre cotistas e gestor, o que sai fortalecido dessa história toda é a firmeza do gestor na própria tese.

Para mim, ganha pontos o gestor que aguenta a pressão para fazer algo no curto prazo, mas que mantêm o curso original que é o que me leva a colocar meu dinheiro lá.

Não gosto de gestão que joga para a torcida. Isso não significa que eu goste de quem se indispõe com o cotista.

Gostamos de VRTA11 justamente pela convicção da gestão nas próprias teses.

Além de ser um fundo sólido, tem todos os requisitos para fazer parte da lista de recomendações do Canal Aluguel Inteligente.

Os nossos assinantes já sabem qual é o preço limite a se pagar por VRTA11.

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