A Via Varejo (VVAR3), dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, estuda formas de “racionalizar” a sua base de lojas no país, segundo comando da empresa.

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A companhia deve fechar pontos em locais em que vê sobreposição de unidades, disse o CEO Roberto Fulcherberguer, em teleconferência com analistas, nesta quinta-feira (12).

Pelo estudo, atualmente esse número chega a 100 pontos de venda, cerca de 10% da base total de unidades.

“Não é uma decisão fácil, mas vemos oportunidades de racionalizar a distribuição de lojas, ainda mantendo unidades em áreas estratégicas e diminuindo a sobreposição”, disse ele.

“Tem micromercado com sete, cinco lojas na região. A ideia é fechar uma e capturar essa venda nas outras, reduzindo custos, ou seja, vender mais com menos", disse Orivaldo Padilha, diretor financeiro.

“Temos cerca de 100 lojas mapeadas, e sabemos que já tem concorrente olhando elas, então temos o cuidado de que a loja siga caminho adequado para nós".

"Enquanto negociamos tem aluguel caindo nessas lojas, então estamos vendo isso. Mas a ideia são 100 lojas [a fechar]."

"Estamos olhando o ‘footprint’ de ocupação da região para definir fechamentos, mas não tem bandeira específica afetada”, afirma.

A empresa teve lucro líquido de R$ 590 milhões no terceiro trimestre, versus prejuízo de R$ 346 milhões um ano antes.

O executivo destacou medidas tomadas nos últimos dias com impacto operacional, especialmente em tecnologia.

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Espaço digital

O executivo mencionou a expansão do braço de conta digital, o banQi, assim como o marketplace da empresa e a aquisição da “hub” de inovação Distrito.

Informou que a conta do bancQi integra-se com todas as funcionalidades financeiras do mercado, incluindo saques e depósitos gratuitos nas lojas da Casas Bahia e a gestão do seu crediário.

Segundo ele, a aceleração do banQi, e nessas integrações e base de usuários ativos, ocorreu especialmente nos últimos três meses.

Ele ainda lembrou que o banQi, em breve, também estará habilitado para fazer transações via Pix.

Segundo o executivo, o grupo soma 8 mil lojistas no marketplace e 5 milhões de itens.

A companhia vai acelerar a inclusão de novos lojistas no marketplace no primeiro trimestre de 2021, com o avanço na área de tecnologia e de sistemas da empresa, que vem sendo ampliado internamente após recentes aquisições.

“Vamos adicionar camadas de tecnologia na empresa para acelerar em 2021”, disse.

“Estamos a poucos meses de adicionar essas camadas e abrir isso também para marketplace”, disse.

“Hoje se fala muito de entrega no mesmo dia, mas se fala sobre isso na Faria Lima e no Leblon. A gente quer fazer isso de forma geral, e como promessa real, no Brasil inteiro”.

Via Varejo tem área de estocagem em centros de distribuição e em lojas prontas para uso dos lojistas de marketplace, disse.

“Temos 1,5 milhão de metros quadrados de área para ‘last mile’. Então não é questão de ir abrindo mais CDs, mas de operar esse sistema no Brasil, que é muito complexo”, afirmou.

A Amazon anunciou abertura de três novos Centros de Distribuição (CDs) nesta semana, atingindo 8 CDs.

A Via Varejo tem 27 CDs.

A empresa ainda iniciou o terceiro turno na Bartira, frente a um forte aumento de demanda desses produtos após a pandemia.

“A capacidade de produção está tomada”, diz o CEO.

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Fonte: Valor Econômico