A Tupy (TUPY3) é uma empresa que vinha apresentando números muito bons e dando excelentes perspectivas para os investidores, até que a pandemia chegou e bagunçou todo o tabuleiro.

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A TUPY3 tinha anunciado ainda em 2019 a compra das operações globais da Teksid.

Isso inclui operações em Portugal, México, EUA, Polônia, Itália e China. 

Era um importante passo para a empresa que ainda dependia da análise de órgãos antitruste internacionais.

Chegou a pandemia, os seus resultados operacionais minguaram na medida que as restrições avançaram.

Nesse momento, os preços das suas ações já tinham caído drasticamente, chegando a praticamente R$ 10 por ação.

Sendo uma ação que consta na sua carteira de investimento, o que você faria?

Vou contar o que fizemos na carteira do Seleção de Dividendos, haja vista que TUPY3 era uma das principais integrantes.

Se você resolver vender o papel, vai conseguir um prejuízo importante e migrar para outra ação, de onde se espera que venha a recuperação do dinheiro perdido.

Sabendo que o motivo da queda era uma pandemia que tinha impactado todas as empresas, sem exceção, consideramos pouco prudente pular de galho em galho. 

A chance de fazer bobagem nessas horas é enorme. Ponderamos os efeitos da pandemia.

Os resultados da Tupy piorariam inevitavelmente, como a grande maioria das empresas listadas na Bolsa de Valores.

Não foi um erro da empresa, muito menos incompetência. 

Estratégia equivocada? Também não.

Os resultados ficaram ruins por motivos externos e, mais importante, passageiros.

Ou seja, quando a pandemia passasse a empresa tenderia a entregar os mesmos resultados de antes.

Como não sabíamos o tempo de duração da pandemia, temos que olhar para o caixa da empresa e questões de solvência.

Ali estava tudo bem. Depois disso, precisaríamos monitorar os movimentos da empresa.

Dito e feito, os resultados vieram ruins nos piores trimestres da pandemia e recuperaram com lucros mais rápido do que se esperava.

A decisão de manter o papel em carteira se mostrou acertado. 

A cotação voltou aos patamares pré-crise.

Depois de tudo isso, volta ao radar do investidor o que estava lá no início disso tudo:

  • O desempenho operacional da empresa;
  • Os dividendos da TUPY3;
  • E a pretendida aquisição da Teksid.

O resultado operacional no 1T21 da Tupy veio melhor do que muita estimativa feita pelo mercado financeiro

Gol da Tupy.

Os dividendos ainda não vieram, mas a empresa já teria dado lucro, se não aproveitasse uma janela favorável de mercado para baratear e alongar sua dívida em moeda estrangeira. 

Não fez o gol, mas “prepara a jogada”, uma vez que essa variação cambial favorável fará com que no futuro a despesa financeira fique bem menor. 

E despesa menor é lucro maior. Lucro maior é sinal de volta dos dividendos.

Aquisição da Teksid saiu. Diferente do planejado inicialmente, mas saiu. 

A empresa, com base nas revisões e comentários das entidades antitruste dos Estados Unidos, decidiu mudar o tamanho do negócio para que sua aprovação fosse mais fácil. 

Ficou com o que mais lhe interessava e abriu mão do resto.

Sobrou caixa. Mais espaço para dividendos futuros.

Enfim, TUPY3 tirou um período sabático, mas seguiu na carteira do Seleção de Dividendos.

Dado tudo que se passou, ela foi muito bem nesse teste de fogo e agora a estrada está limpa para a empresa acelerar novamente.

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