A reforma tributária foi renomeada para Reforma do Imposto de Rendana Câmara dos Deputados e seu texto base foi aprovado.

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Agora segue para o Senado Federal, onde igualmente precisa ser aprovado e poderá sofrer mudanças até lá.

Com a proposta que temos até agora, parece que ninguém está feliz. Governo e sociedade não estão satisfeitos com o que foi aprovado.

De um lado o governo não conseguiu o que queria, que era simplificar o sistema tributário brasileiro sem perder arrecadação.

De outro, a sociedade que está vendo mais uma vez um peso maior sobre os cidadãos. 
Os dividendos que eram isentos, agora serão tributados em 15%.

A contrapartida é a redução da alíquota de IRPJ de 25% para 18%, e do CSLL de 8% para 7%.

Não precisa ser um gênio para perceber que ficou mais pesado para o empresário pagar toda a carga tributária sobre seu negócio.

Ainda tem a extinção dos juros sobre capital próprio, que faziam as empresas pagarem menos IRPJ, já que esses juros eram deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda.

É aí que entra o investidor de ações, nós do Canal Seleção de Dividendos, em especial.

Nós vamos pagar, nos investimentos, os mesmos tributos do tal empresário que eu citei aqui. Somos sócios dos negócios nos quais investimos.

Passando um pouco a irritação por tudo isso, vamos ao que interessa: o que fazer a respeito.

Bem, primeiro é reajustar nossa percepção de que agora a empresa que não paga bons dividendos mas cresce bastante é tão boa quanto a “clássica dividendeira”.

Antes, receber o resultado como dividendo era vantagem pois era isento. Ao passo que “receber o resultado” sob a forma de valorização das ações era tributado.
Agora todo mundo paga 15% de IR e pronto.

Mas e as empresas que não tem onde investir para crescer? Bem, essas poderão fazer vultosas recompras de ações.

Isso é bom pois retira ações do mercado financeiro, sobrando menos oferta de papéis para uma demanda inalterada. O resultado é uma esperada valorização das ações.

Outro aspecto positivo é que essas ações, enquanto estiverem na tesouraria da empresa, elas não são consideradas no rateio de lucro por ação e de dividendos

Ou seja, a empresa não pagará dividendo para ela mesma.

Sendo assim o lucro e dividendo por ação tende a ser maior, pois eles não serão mais rateados entre 100 ações, mas apenas entre 80, no caso de a empresa ter feito uma recompra de 20 ações por exemplo.

Muda um pouco a forma como veremos os benefícios das empresas lucrativas.

As boas pagadoras de dividendos continuarão a servir aos interesses dos investidores que querem renda e é esse o perfil de empresas que estão na carteira Seleção de Dividendos

Elas vão continuar colocando dinheiro no seu bolso de tempos em tempos.

No fim das contas, quem estava comprado nelas só pelo benefício fiscal talvez abra seu leque para outras ações, mas quem quer viver da renda gerada por elas vai continuar investindo igualmente.

Esse é o nosso caso. Nossa estratégia como investidores de ativos geradores de renda não muda.

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