O impacto das mudanças no programa Casa Verde e Amarela nas margens da Tenda (TEND3) foi o tema principal da teleconferência da incorporadora com analistas, na última sexta-feira (5), para falar sobre os resultados do segundo trimestre.
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O presidente, Rodrigo Osmo, afirmou que, pelas contas da companhia, as alterações representam uma capacidade de ganho de preço de 2%, o que se refletiria em cerca de 1,5% de ganho de margem.
Segundo ele, alguns projetos que antes não se sustentavam começaram a ficar mais atrativos depois das alterações. “É ajuste relevante, mas não é transformacional”, disse.
O executivo mostrou dúvida sobre a forma com que as alterações, como o aumento do prazo de financiamento imobiliário com recursos do FGTS de 30 para 35 anos e a possibilidade de usar os 8% de contribuição mensal ao fundo no pagamento das parcelas, deverá ocorrer na prática.
Por isso, a empresa não deve planejar grandes aumentos de produção no momento.
“Ainda estamos em compasso de espera, é cedo para dizer que vamos pisar no acelerador”, afirmou.
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Osmo ressaltou o ganho de margem entre as novas vendas da Tenda, que subiu 5,1 pontos percentuais do primeiro para o segundo trimestre, para 28,8%, e lembrou que a projeção da companhia no início do ano era chegar a 28% ou 30% de margem só no final do ano.
“Entramos no patamar que entendemos que seria saudável para a companhia mais rápido do que imaginamos”, disse.
Perguntado se as margens da companhia no trimestre seriam o fundo do poço do indicador, o diretor-financeiro, Marcos Pinheiro, afirmou que essa é uma possibilidade, mas que a empresa tem ponderado as expectativas.
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A margem bruta ficou em 12,2%, queda de 14,5 pontos percentuais na comparação anual.
Em sua análise, as margens da Tenda podem alcançar o patamar das margens de novas vendas a partir do segundo trimestre do ano que vem.
Pinheiro destacou que a companhia conseguiu reduzir sua queima de caixa de R$ 241 milhões no primeiro trimestre para R$ 26 milhões entre abril e junho, com saldo de disponibilidade de R$ 20,6 milhões.
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Segundo Osmo, a empresa deve queimar menos caixa nos próximos dois trimestres e apresentar geração em algum momento de 2023.
Distratos
No segundo trimestre do ano, os distratos representaram 24% das vendas brutas da Tenda, ante 10,5% no mesmo período do ano passado e 20% nos primeiros três meses de 2022.
Osmo afirmou que o patamar de compras desfeitas deveria ser menor do que isso, e que espera reduzi-lo para a faixa de 15% quando a velocidade de venda, que está em queda, se estabilizar.
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O presidente da empresa disse ainda que 76% das unidades distratadas foram revendidas dentro do trimestre.
Resultado da Tenda no Segundo Trimestre de 2022
O resultado da Tenda (TEND3) no segundo trimestre de 2022 (2t22), divulgado no dia 04 de agosto, apresentou um prejuízo de R$ 114,4 milhões no 2T22, contra lucro líquido de R$ 33,8 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Ebitda da Tenda atingiu R$ -32,3 milhões no 2T22, apresentando queda de -141,4% na comparação com o 2T21.
A margem Ebitda da Tenda totalizou -5,2% no 2T22, apresentando baixa de -16,4 pontos percentuais na comparação com o 2T21.
A margem líquida da Tenda atingiu -18,6% no 2T22, apresentando queda de -13,9 pontos percentuais na comparação com o 2T21.
As ações da Tenda (TEND3) acumulam alta de 29,21% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e queda de 75,20% nos últimos 12 meses.
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