GLOSSARIO
Taxa de Juros Real
Saiba mais sobre a Taxa de juros real, entenda o significado, para que serve e como funciona.
O que é Taxa de Juros Real?
A taxa de juros real representa um indicador que apresenta, por exemplo, a rentabilidade de um investimento, descontando a inflação do período.
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Por outro lado, com relação ao empréstimo, essa taxa sinaliza o real valor que o emprestador lucrou com determinada transação.
Antes de continuarmos a análise sobre a taxa de juros real, devemos, brevemente, relembrar ao leitor o que significa taxa de juros.
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A taxa de juros pode ser entendida como um prêmio, ou melhor, uma remuneração para quem realiza um investimento ou disponibiliza um empréstimo, por exemplo.
O entendimento do juro deve ser feito analisando a relação do dinheiro no tempo, ou seja, é uma compensação pelo período de tempo que o dinheiro ficou investido ou emprestado.
Quando falamos que a taxa real de juros representa o valor que realmente foi ganho em determinada transação, significa que as taxas presentes nos contratos expressam o rendimento bruto da transação/aplicação.
Ou seja, à taxa que está presente nos contratos de empréstimos, aplicações financeiras e/ou financiamentos, diz respeito à taxa de juros nominal, que não desconta a inflação do período.
Portanto, é muito importante que o investidor, ou o tomador de empréstimo tenha conhecimento sobre a taxa de juros real.
Esse conhecimento é válido para que o investidor saiba o real valor que ganhou com sua aplicação, ou que teve de pagar por um empréstimo.
Cálculo dos Juros Reais
Para calcular o juro real é preciso descontar a inflação do período da taxa de juros nominal pactuada em determinado investimento.
Portanto, devemos considerar as variáveis – inflação e taxa nominal – como base para calcular a taxa real. O referente cálculo é feito a partir da seguinte fórmula:
(1 + in) = (1 + r) * (1 + j)
Onde:
- r = taxa de juros real;
- in = taxa de juros nominal;
- j = inflação do período.
Sigamos o exemplo a seguir:
Imagina um investidor que aplicou R$ 10.000,00 por um ano, cujo rendimento equivale a 10% e, neste período, a taxa de inflação foi de 5%.
A fórmula para representar esse cenário se encontra da seguinte maneira:
(1 + 0,10) = (1 + r) × (1 + 0,05).
1 + r = 1,10 / 1,05
r = (1,10 / 1,05) – 1 = 0, 0476
Portanto, a taxa real de juros referente ao investimento do exemplo citado acima foi de 4,7%
Relações e Diferenças Entre Juros Reais e Nominais
Ainda ocorre muita confusão perante os investidores no que se refere aos juros de uma aplicação, bem como o real valor que uma aplicação alcançou de rendimento.
Basicamente, o real valor que um investidor lucrou, em certo período de tempo, devido a uma aplicação financeira, representa os juros reais.
Tanto a taxa de juros real quanto a nominal estão intimamente ligadas, ficando evidente pelo fato de ser necessário levar em consideração a última, para calcular a taxa real.
Outro fator que deve ser levado em consideração, e é fundamental para o cálculo das taxas, é o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), ou seja, a inflação acumulada no período.
O IPCA é composto por uma cesta média de produtos que, uma vez estabelecida, tem a função de medir, ao longo do tempo, sua oscilação de preço.
Dito isto, explicaremos a relação entre a taxa de juros nominal, taxa de juros real e a taxa de inflação.
Quando a taxa de inflação é superior a taxa nominal, a taxa real será menor que zero, ou seja, o investidor terá um rendimento real negativo.
Tal fato significa que o poder de compra do investidor caiu entre o período de aplicação de seus recursos e o recebimento do montante (aplicação inicial acrescida de juros) referente a tal investimento.
Em uma situação inversa, onde a taxa de inflação se encontra abaixo da taxa nominal, a taxa real será positiva, ou seja, o rendimento real da aplicação será positivo.
Devemos dizer, também, que caso a inflação no período seja igual a zero, o ganho nominal será igual ao ganho real.
Em casos onde a taxa de inflação se encontra negativa, o ganho real se torna superior ao ganho nominal, aumentando o poder de compra com relação ao indicado pela taxa de juros nominal.
Contudo, esses dois últimos casos não são comuns e nunca ocorreram no Brasil.
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