O que é Taxa de Desemprego?

A taxa de desemprego diz respeito a um indicador econômico divulgado – por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Para a consideração do cálculo consideram-se apenas as pessoas que fazem parte da população economicamente ativa (PEA), ou seja, pessoas que se enquadram na faixa etária permitida para trabalhar.

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Para a definição de população economicamente ativa temos:

PEA = PO + PD

Onde:

  • PEA: População Economicamente Ativa;
  • PO: população que, durante a semana da pesquisa exercia trabalho remunerado ou não remunerado, ou que estavam temporariamente afastados naquela semana, mas possuíam trabalho remunerado;
  • PD: pessoas desempregadas ou desocupadas na semana da pesquisa, mas que estavam dispostas a iniciar um trabalho naquela semana e buscam por emprego nos últimos 30 dias.

Essa taxa, divulgada com base na PNAD Contínua, diz respeito à porcentagem de pessoas que estão desempregadas e estão inseridas na força de trabalho.

As pessoas que participam da força de trabalho são aquelas que possuem idade para trabalhar, tendo 14 anos ou mais, e que estão inseridos no mercado de trabalho, ou procurando por trabalho.

Portanto, vale dizer que as pessoas que se enquadram no quadro de idade, mas não estão procurando trabalho, não entram na estatística.

É importante ressaltar que há muita controvérsia acerca da metodologia usada para o cálculo da taxa de desemprego, entre os economistas, pelo fato do desemprego real no Brasil ser subestimado na análise.

O fato de pessoas que desistiram de procurar empregos serem consideradas como “desalentados” e trabalhadores não remunerados como empregados, pode maquiar para baixo as variáveis dos índices.

Outro ponto que causa muita polêmica são os beneficiários do Bolsa Família que, quando vivem exclusivamente do benefício, são enquadrados como pessoas não economicamente ativas.

Por fim, mais um ponto que gera controvérsia sobre a metodologia usada está ligado às pessoas que recebem o seguro desemprego serem consideradas “desalentadas” e não desempregadas, de acordo com o IBGE.

O que é Desemprego?

Como já foi dito, o desemprego refere-se às pessoas que não estão trabalhando, mas possuem idade para trabalhar e estão à procura de emprego.

Portanto, o simples fato de não possuir emprego, não significa que o indivíduo seja considerado desempregado.

Sigamos o exemplo, segundo o IBGE, de pessoas que não podem ser consideradas desempregadas mesmo sem possuir emprego. São elas:

  • Universitário que dedica seu tempo somente aos estudos;
  • Dona de casa que não trabalha fora;
  • Empreendedora que possui seu próprio negócio.

Segundo a metodologia utilizada pelo IBGE, a dona de casa e o estudante são considerados fora da força de trabalho, já, com relação à empreendedora, esta é considerada ocupada.

Vale ressaltar que a PNAD Contínua é a pesquisa que identifica quantos desempregados existem no Brasil, nessa pesquisa o desemprego, como é popularmente conhecido, é apresentado no conceito de desocupação.

Dito isto, o leitor deve estar se perguntando: mas como é calculada a taxa de desemprego?

Pois bem, a taxa de desemprego é uma média obtida pela razão entre a população desocupada e a população economicamente ativa. Após obter o resultado da razão, basta multiplicá-lo por 100.

A fórmula se apresenta da seguinte forma:

Taxa de Desemprego = (PD/PEA) x 100.

Onde:

PD: População desocupada ou desempregada;

PEA: População Economicamente Ativa.

Os dados atuais no Brasil

Devemos dizer que os dados brasileiros no que tange a taxa de desemprego não são nada animadores.

No trimestre móvel, de dezembro a fevereiro, a taxa média de desemprego no Brasil foi superior a 14%. Isso significa que mais de 14 milhões de pessoas estão em busca de um trabalho.

Além disso, é importante ressaltar que a informalidade, no mesmo trimestre, atingiu 34 milhões de pessoas, ou seja, a taxa de trabalhadores informais chegou a 39,6% da população ocupada.