Quem aqui não tem uma elétrica pelo menos na sua carteira de dividendos?

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São empresas frequentes nessas carteiras pois são empresas de fluxo de caixa e resultados previsíveis e excelentes pagadoras de dividendos.

Mas não é tudo igual aqui nesse segmento não.

Existem diferentes atividades que elas desempenham. São elas geradoras de energia elétrica, transmissoras de energia ou distribuidoras.

Apesar de ser tudo “elétrica”, as diferenças são grandes.

As geradoras são as que de fato geram a energia, seja via hidrelétricas, parques eólicos e solares ou usinas térmicas a gás ou carvão.

As transmissoras são as donas dos “linhões” que levam a energia lá da geradora (muitas vezes bem longe de onde a energia será consumida) até os pontos de distribuição.

As distribuidoras, são as que recebem essa energia “na porta” da cidade e distribuem para os consumidores finais, sejam residências ou empresas.

Sob a ótica de investidor, o segmento que oferece maior segurança é transmissão, seguido pela geração e depois a distribuição.

As transmissoras têm um modelo de negócio super simples e bastante previsível. 

Elas constroem as linhas de transmissão, o que é relativamente simples de fazer (especialmente se comparar com uma hidrelétrica por exemplo) e quando as colocam para funcionar, passam a receber um valor anual já predefinido chamado RAP (Receita Anual Permitida). 

A variável dessa conta é o quanto tempo a linha permanece funcionando, ou seja, qualquer indisponibilidade dela (que interrompa a transmissão da energia) gera um desconto naquele valor predefinido. 

Esse é o risco delas. 

Porém a maioria das empresas mantém níveis de disponibilidade acima de 99,5% do tempo.

Já o segmento de geração pode ser bastante previsível, se a energia produzida já tiver sido vendida em leilões previamente realizados. 

Assim a empresa sabe exatamente o quanto vai receber por um longo período de tempo. 

Não é tão seguro quanto as transmissoras, pois a complexidade de colocar de pé uma hidrelétrica, um parque eólico ou solar é infinitamente maior. 

Depois disso, ela ainda depende de fatores climáticos que estão completamente fora do seu controle. 

Mesmo assim, eu as considero bastante seguras para investir.

Já as distribuidoras, têm um negócio extremamente pulverizado e bem mais complexo de operar do que as demais. 

Ela precisa ter muita mão de obra contratada para manter o seu funcionamento, isso já é um desafio de gestão que as outras não tem. 

As distribuidoras têm que lidar e absorver a variação na demanda pela energia. 

Se cai, a receita dela cai também. 

Ela precisa lidar com roubos de energia, inadimplência, manutenção constante da sua rede entre vários outros fatores, como interferências políticas mais frequentes do que nas outras duas. 

Por tudo isso, elas são as menos seguras dentro das elétricas.

Dentre esses três universos, eu prefiro sempre ficar com as transmissoras pela sua segurança.

Eu quero dividendos. Isso todas elétricas dão. 

Então a diferença vai vir da segurança e da previsibilidade das empresas.

Numa boa carteira de dividendos, uma transmissora (ou mais) não pode faltar.

Na carteira Seleção de Dividendos estamos bem representados por Taesa (TAEE11) e Transmissão Paulista (TRPL4).

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