EWZ, conhecido como Ibovespa dolarizado, cai 7,4% na semana com uma possível segunda onda de contaminação do Covid-19 com reabertura das economias.
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A última semana foi curta aqui no Brasil com apenas 4 pregões por conta do feriado de Corpus Christi que aconteceu na quinta-feira.
Ao longo da semana a bolsa de valores (B3) bateu sua máxima desde Março, próximo dos 97 mil pontos, acredito que o Ibovespa próximo dos 100 mil pontos esteja caro.
Os assuntos mais relevantes da semana:
Queda do EWZ
EWZ cai mais de 7% no dia em que o Ibovespa (IBOV) estava em feriado, mas é praticamente compensado com a alta no dia seguinte.
Na quinta-feira a Bolsa de valores ficou fechada aqui no Brasil, mas o EWZ, índice que replica o Ibovespa em dólar lá nos EUA manteve suas negociações e foi impactado pelo dia de queda no mercado financeiro.
A queda foi justificada por uma possível segunda onda de contaminação do Covid-19.
O assunto começa a ser comentado, mas o que temos de fato até o momento:
- Casos de Covid nos EUA tem a maior taxa de crescimento em Maio, com a reabertura de NY e surto no sul do País;
- Casos de Covid na China mostram maior crescimento em 7 semanas.
Importante darmos a devida atenção ao tema que deve ganhar corpo e afetar o preço dos ativos no mercado financeiro de uma forma mais intensa nas próximas semanas.
Índice do Medo (VIX)
O índice que mede o medo dos mercados (VIX) voltou a subir e isso mostra deve gerar mais cautela para os investidores que querem adicionar risco a suas carteiras.
Queda nos Fundos Imobiliários
Queda forte nos rendimentos dos Fundos Imobiliários quando comparamos fev/20 com abr/20.
A RBR Asset divulgou um relatório comentando os dividendos (DY) dos tipos de fundos imobiliários, conforme tabela abaixo:
DY calculados com base no preço de 21/03 | |||
Setor | DY Fev/20 | DY Abr/20 | % |
Corporativo | 6,24% | 5,69% | -8,81% |
Logístico | 6,57% | 6,01% | -8,52% |
Shoppings | 6,88% | 1,37% | -80,09% |
Recebíveis | 8,68% | 7,07% | -18,55% |
Outros | 8,66% | 7,57% | -12,59% |
Fonte: RBR Asset
Os fundos imobiliários de shopping são os que mais sofrem com o impacto do Coronavírus e faz todo sentido.
Além de terem suas portas fechadas por um bom tempo, ainda haverá a necessidade de dar aquela moleza no aluguel do lojista por um período, para que não haja aumento de vacância.
Sem mencionar que o aumento do desemprego e queda na renda afeta direto as vendas das lojas.
Tudo isso vai afetar os resultados dos shoppings que costumavam ser bem reconhecidos pela previsibilidade em suas receitas, o que não tem se provado nos últimos anos.
As ações inseridas no setor de shopping que terão grandes desafios nos próximos anos:
Mercado de Trabalho nos EUA
Os Dados no mercado de trabalho nos EUA surpreendem positivamente nessa semana.
Uma melhora em um indicador do desemprego é um bom sinal, a continuidade dessa melhora nos mostra que toda ajuda dada pelos governos está sendo convertida em resultados para a economia real.
As Bolsas nos EUA continuam subindo de forma relevante, Nasdaq que é a bolsa de tecnologia dos EUA, por exemplo, bateu recorde na última semana.
O destaque foram as FANNG Stocks: Facebook, Amazon, Apple, Netflix, Google.
Inflação no Brasil
A Inflação no Brasil registou novo recorde de baixa.
Inflação (IPCA) | |
Maio | -0,38% |
Acumulado 12 meses | 1,88% |
Meta | 4,00% |
O indicador que mede a inflação (IPCA) veio mais uma vez apresentando deflação de -0,38%, acumulando nos últimos 12 meses 1,88%, número bem abaixo da meta estipulada pelo Banco Central (BC).
Um ponto interessante sobre isso é que deve ser um bom argumento para o BC continuar reduzindo a taxa de juros na próxima reunião do Copom que acontece na próxima semana entre os dias 16 e 17 de junho.
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Crescimento Mundial
Projeções pessimistas para o crescimento mundial de fontes como Banco Mundial e OCDE.
Segundo a OCDE a economia mundial será bastante impactada em 2020 por conta do impacto do Coronavírus.
"Deve ver uma recessão mundial de 6% em 2020 sem considerar a possibilidade uma segunda onda de Covid-19."
Como não sabemos se de fato irá acontecer, trabalhamos com os números da barra vermelha.
O PIB do Brasil deve retrair cerca de 7%, uma das maiores quedas entre os países da américa do sul, perdendo somente para o PIB da Argentina que deve cair mais de 8%.