A distribuição recorde de dividendos anunciada pela Petrobras (PETR4) é apenas a "ponta do iceberg" no que se refere à possibilidade de o investidor ser remunerado por manter papéis de grandes companhias em sua carteira de ações.

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Além da estatal, que costuma liderar com folga as cifras, a mineradora Vale (VALE3), o Banco do Brasil (BBAS3) e Santander Brasil (SANB11), ao lado de empresas industriais, também costumam ser boas pagadoras de dividendos.

Mas o que o negócio ganha ao remunerar (potencialmente) seu investidor duas vezes, uma pelo dividendo e outra pela (possível) valorização da ação?

Segundo especialistas, esses negócios têm uma camada de proteção extra contra a instabilidade do mercado, como ocorre atualmente na Bolsa brasileira, a B3.

Isso não quer dizer, porém, que esses papéis estejam imunes à variação dos mercados e à realidade de seus setores.

No top 10 da distribuição de dividendos até junho, considerado o comportamento do Ibovespa no acumulado do ano, cinco empresas operam acima da média do mercado – BB, BB Seguridade (BBSE3), Petrobras, Santander e CPFL (CPFE3) -, enquanto as demais perdem acima do índice no ano.

Para Gustavo Pimenta, diretor financeiro da Vale, essa camada extra de segurança embute benefícios.

"Uma ação valorizada ajuda a companhia a avançar em objetivos estratégicos, além de ser uma fonte de capital, que nos permite crescer, fazer financiamentos e negócios", diz.

Os papéis que pagam dividendos oferecem outra vantagem, uma vez que eles são isentos de Imposto de Renda (IR) para quem os recebe.

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Segundo William Eid, diretor do centro de estudos em finanças da Fundação Getulio Vargas, as discussões sobre a cobrança de impostos sobre dividendos se arrastam desde os anos 1990, mas nunca saem do papel. 

Como escolher 

Segundo especialistas, na hora de escolher uma ação que paga dividendos, uma boa aposta é a busca pelo setor de energia.

Entre as vantagens desse segmento estão a previsibilidade de faturamento, devido aos contratos de longo prazo, quanto proteção contra a inflação, por causa de reajustes anuais previstos nos acordos.

Na privatização realizada em junho, a Eletrobras (ELET3) movimentou R$ 33,7 bilhões, demonstrando o interesse dos investidores no segmento.

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Fonte: Estadão Conteúdo.