O que são Riscos?

No mercado financeiro o risco é definido como a chance (probabilidade) de que o resultado de um investimento seja aquém do que se esperava.

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Sendo assim, o risco inclui a possibilidade de perder parte ou a totalidade de um investimento realizado em um determinado período de tempo.

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Como funciona o risco no mercado financeiro?

O risco é geralmente avaliado considerando dados históricos sobre um determinado evento. 

Em finanças, o método padrão para definir o risco de um ativo é o seu desvio padrão.

O desvio padrão fornece uma medida da volatilidade dos preços dos ativos em comparação com suas médias históricas em um determinado período de tempo.

Em outras palavras, o desvio padrão é uma medida de dispersão que indica o quanto um conjunto de dados variou ao redor de uma média ao longo do tempo. 

Quando o desvio é baixo quer dizer que os dados do conjunto estão mais próximos da média e, portanto, variaram menos.

Neste caso, dizemos que os preços de um ativo apresentam baixa volatilidade, e, com isso, baixo risco.

Por outro lado, quando o desvio padrão é alto, temos que a variação dos dados ao redor de uma média de preços é elevada, o que implica em alta volatilidade e, consequentemente, elevado risco.

Como evitar os riscos no mercado financeiro?

No geral, é possível gerenciar os riscos dos investimentos ao compreender os fundamentos do risco, seus fatores de determinação e como ele é medido. 

Aprender os tipos de riscos que podem se aplicar a diferentes cenários e algumas das maneiras de gerenciá-los ajudará todos os tipos de investidores a evitar perdas desnecessárias e irreversíveis.

A forma mais comum de contornar os riscos na hora de investir em ativos financeiros é por meio da diversificação.

A diversificação de ativos é a prática de dividir os recursos em vários ativos diferentes.

Quanto mais diversificado for uma carteira de investimentos menor é o peso do risco de cada ativo em particular no resultado total.

Entretanto, cuidado para não se exceder na diversificação. Ao mesmo tempo que isso ajuda a controlar o risco, uma carteira excessivamente diversificada pode prejudicar os ganhos.

Isso porque o peso de cada ganho será pequeno em relação ao valor total da carteira.

Tipos de Riscos

A melhor forma de controlar o nível de risco de uma carteira de investimentos é entender como os riscos dos ativos são compostos.

Basicamente, podemos separar três tipos principais de risco que afetam os ativos: risco específico, risco sistêmico e risco setorial. Vejamos um pouco sobre cada um.

Risco específico

O risco específico é todo tipo de risco cujo efeito se limita à uma empresa em particular.

Entre estes, podemos mencionar os seguintes fatores que podem afetar o risco:

  1. Estrutura de concorrência: Uma empresa que está em um setor de baixa concorrência pode ter suas margens caírem com o aumento de novas concorrentes no mercado.
  2. Risco regulatório: uma mudança nas leis pelo governo pode dificultar a atuação de uma organização no mercado.
  3. Governança corporativa: uma empresa com péssima governança corporativa tende a ser menos eficiente, menos transparente e ter casos de corrupção;
  4. Mudança tecnológica: pode aumentar a concorrência, diminuir margens e elevar os custos de capital para a adequação do negócio;
  5. Risco financeiro e de crédito: se refere ao risco de empresas endividadas, que precisam recorrer constantemente ao crédito no sistema financeiro para manter suas operações;
  6. Risco de estratégia: uma empresa pode mudar sua estratégia de operação e se dar mal com isso.

Para amenizar o risco específico, o investidor pode diversificar sua carteira de ativos, de modo a diluir o risco de prejuízo de cada empresa no desempenho da carteira de investimento como um todo.

Risco sistemático

Risco sistemático é um tipo de risco econômico que não pode ser evitado apenas com a diversificação da carteira de investimentos.

É também chamado de risco de mercado ou risco não-diversificável.

O risco sistemático é mais amplo do que o risco de um ativo específico, pois está relacionado a eventos econômicos abrangentes.

Esses eventos podem ser crises financeiras, ataques terroristas, desastres naturais, crise política, guerras e demais conflitos, entre outras coisas mais.

Neste caso, por mais que sua carteira seja diversificada, certos eventos econômicos atuam derrubando o valor de todos os ativos, como ações, títulos de renda fixa, imóveis, etc.

Por ser inevitável, o risco sistemático pode ser considerado a parte significativa do risco de um ativo atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas.

Risco setorial

O risco setorial se refere ao risco que afeta as empresas de um setor específico da economia

É um tipo de risco que afeta mais de uma empresa mas se restringe a um setor apenas.

Esse tipo de risco é variável entre os setores, ou seja, não é mensurado da mesma forma para todos os setores.

O setor elétrico, por exemplo, possui diferentes fatores que afetam o seu risco do que o setor de varejo.

O primeiro é afetado por questões como variações climáticas, que alteram os níveis dos reservatórios, e também os preços das tarifas, que são definidas pelos órgãos reguladores.

Já o setor de varejo apresenta outros componentes de risco, como o desemprego e a renda da sociedade, que determina as condições de demanda.

Outro fator de risco para o setor de varejo é o câmbio. Este componente pode ser importante pois define se os consumidores comprarão parte dos seus produtos localmente ou importarão de outros países.

A característica principal do risco setorial é que todos os fatores de risco irão afetar igualmente todas as empresas que trabalham no mesmo setor.

Portanto, tome cuidado na hora de definir como será a alocação de ativos em sua carteira.

O principal ponto a se ter em mente é evitar expor sua carteira a um risco setorial excessivo, o que acontece quando existe uma predominância de ativos de empresas de um mesmo setor da economia.