O que é Risco-País?

Risco-País é um indicador que mede o grau de estabilidade econômica de um país, sendo muito utilizado por investidores estrangeiros para avaliar o nível de risco de cada região.

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Em outras palavras, o risco-país representa o perigo que o investidor estrangeiro está correndo caso deseje aportar recursos financeiros em algum país.

Os indicadores de risco-país buscam avaliar a probabilidade de insolvência de uma nação, ou seja, a possibilidade de deixar de pagar suas dívidas.

Diversos fatores são analisados para se chegar ao indicador, sendo que os mais importantes são os econômicos, especialmente a situação fiscal e a capacidade produtiva do país. 

Entretanto, aspectos sociais e políticos também entram no cálculo.

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Como funciona o Risco-País?

Risco-país é um indicador utilizado para orientar os investidores estrangeiros a respeito da situação financeira de um mercado emergente. 

Há várias formas com que esse indicador pode ser mensurado. 

Atualmente existem três metodologias principais que são muito utilizadas no mercado financeiro para quantificar o risco de se investir em ativos de um país:

  1. EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus)
  2. CDS (Credit Default Swap)
  3. Notas de Rating

Vejamos um pouco sobre cada uma dessas metodologias.

EMBI+ (Emerging Markets Bond Index Plus)

O EMBI+ é um índice de títulos de mercados emergentes.

Ele funciona como um índice de referência para medir o desempenho de retorno total de títulos governamentais e corporativos internacionais emitidos por países emergentes. 

Apesar de seu maior risco em relação aos mercados desenvolvidos, os títulos de mercados emergentes costumam ser, de certa forma, desejados por investidores estrangeiros por oferecer uma remuneração maior.

O EMBI + foi criado pelo banco J.P.Morgan, em 1992, para poder orientar seus clientes sobre o direcionamento de seus investimentos, evitando aqueles países em que o risco de ocorrer uma crise financeira é maior.

Para calcular o índice, os bancos levam em conta vários fatores, como o nível do déficit fiscal, o crescimento da economia, a relação entre arrecadação e a dívida de um país, as turbulências políticas, e outras coisas mais. 

CDS (Credit Default Swap)

O CDS (Credit Default Swap) é um derivativo ou contrato financeiro que permite a um investidor negociar seu risco de crédito com outro investidor. 

Nesse tipo de operação, um agente faz um pagamento à uma contraparte para que ela lhe indenize caso um emissor dê o calote e deixe de honrar seu compromisso.

Em outras palavras, o CDS é uma espécie de seguro para o investidor.

Além disso, esse tipo de derivativo de crédito também funciona como um parâmetro da qualidade de um ou mais emissores de títulos ao longo do tempo. 

Neste caso, o CDS costuma ser usado como uma referência para o Risco País

Quanto maior o valor do CDS, significa que mais pessoas estão procurando por um seguro e, logo, mais arriscado um título se torna.

Rating

Rating é um termo utilizado para atribuir notas e classificações a diversos tipos de ativos do mercado financeiro.

Em tradução literal do inglês, “rating” significa “classificação”, ou ainda “avaliação”.

No mercado financeiro, o rating é uma ferramenta de avaliação atribuída por um analista ou agência de classificação de risco a uma ação ou título. 

O rating atribui uma nota que indica o nível de risco e oportunidade de investimento para uma ação ou título de renda fixa

As três principais agências de rating são Standard & Poor's, Moody's Investors Service e Fitch Ratings

Rating do Brasil

A agência de classificação de risco Fitch tem classificado o Brasil com o rating de BB-, com revisão da perspectiva da nota para negativa. 

Isso significa que o país vem sendo avaliado em grau especulativo, com maior risco de calote.

De acordo com a Fitch, a revisão da perspectiva reflete a deterioração fiscal e econômica, além de citar a incerteza política, incluindo as tensões entre o Executivo e o Congresso.

Inclui-se na justificativa a incerteza quanto à duração e a intensidade da pandemia do coronavírus e a capacidade do país de superar essa crise.

A mesma perspectiva negativa tem sido avaliada pelas demais agências de risco, como a Moody’s e a S&P.