O que é risco não-sistemático?

Risco não-sistemático é o risco exclusivo de uma empresa ou setor específico. 

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Esse tipo de risco é também chamado de risco específico, risco do ativo, risco diversificável ou risco residual. 

No contexto de uma carteira de investimentos, o risco não sistemático pode ser reduzido por meio da diversificação.

O contrário do risco não sistemático é o risco sistêmico, que abrange os riscos associados ao mercado como um todo.

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Como funciona o risco não-sistemático?

O risco não-sistemático é todo tipo de risco cujo efeito se limita à uma empresa ou a um setor específico.

Entre estes, podemos mencionar os seguintes fatores que podem afetar o risco:

  1. Estrutura de concorrência: Uma empresa que está em um setor de baixa concorrência pode ter suas margens caírem com o aumento de novas concorrentes no mercado.
  2. Risco regulatório: uma mudança nas leis pelo governo pode dificultar a atuação de uma organização no mercado.
  3. Governança corporativa: uma empresa com péssima governança corporativa tende a ser menos eficiente, menos transparente e ter casos de corrupção;
  4. Mudança tecnológica: pode aumentar a concorrência, diminuir margens e elevar os custos de capital para a adequação do negócio;
  5. Risco financeiro e de crédito: se refere ao risco de empresas endividadas, que precisam recorrer constantemente ao crédito no sistema financeiro para manter suas operações;
  6. Risco de estratégia: uma empresa pode mudar sua estratégia de operação e se dar mal com isso.

Embora os investidores possam prever algumas fontes de risco não sistemático, é quase impossível estar ciente de todos os riscos.

Por isso é importante tentar proteger a carteira quanto aos fatores conhecidos e desconhecidos que podem acometer seus investimentos a qualquer instante.

Para amenizar o risco não-sistemático, o investidor pode diversificar sua carteira de ativos, de modo a diluir o risco de prejuízo de cada empresa no desempenho da carteira de investimento como um todo.

Outra forma de lidar com o risco não-diversificável é utilizar estratégias de hedge para se proteger contra a volatilidade e o risco do ativo.

Visando se proteger de riscos específicos, os investidores podem comprar opções de venda (puts) para se proteger contra um movimento negativo.

Por fim, é importante lembrar que o risco não-sistemático pode impactar tanto os resultados de uma carteira de renda variável quanto de renda fixa.

Outros tipos de risco

O risco não-sistemático não é o único tipo de risco que pode afetar seus investimentos. Vejamos outros tipos de risco que existem.

Risco de Liquidez

Risco de liquidez é o risco associado à capacidade de liquidar determinado ativo no mercado, encontrando poucos, ou nenhum, compradores que estejam dispostos a pagar pelo seu preço justo.

Suponhamos o caso de um imóvel, que possui uma transação mais demorada. Se você precisar vendê-lo com urgência, provavelmente terá que oferecer um bom desconto.

Risco de Crédito

Risco de crédito é o termo usado para mensurar a possibilidade do tomador de um crédito não cumprir, integralmente ou parcialmente, as obrigações de pagamento da dívida. 

O não pagamento do empréstimo causa uma perda para o credor, que deverá executar judicialmente o contrato para tentar diminuir seu prejuízo.

Mais especificamente, o risco de crédito refere-se ao risco de um credor não receber o principal e os juros devidos, o que resulta na interrupção do fluxo de caixa e aumento dos custos de cobrança. 

Risco Operacional

O risco operacional são as chances de haver enganos na execução das ordens de investimento.

Um exemplo é quando o investidor dá uma ordem de compra de um determinado título, mas a sua corretora não executa a compra por algum motivo interno.

Embora esse risco seja baixo, pois as corretoras estão a cada dia investindo mais na qualidade de sua estrutura, falhas podem acontecer e prejudicar o investidor.