GLOSSARIO
Risco Não-Diversificável
O que é risco não-diversificável. Significado, conceito, para que serve e como funciona.
O que é risco não diversificável?
Risco não diversificável é um tipo de risco econômico que não pode ser evitado apenas com a diversificação da carteira de investimentos.
→ Carteira Recomendada? Faça um Diagnóstico Online e Receba uma Carteira Gratuita.
É também chamado de risco de mercado ou risco sistêmico.
O risco não diversificável é mais amplo do que o risco de um ativo específico, pois está relacionado a eventos econômicos abrangentes.
Esses eventos podem ser crises financeiras, ataques terroristas, desastres naturais, crise política, guerras e demais conflitos, entre outras coisas mais.
Neste caso, por mais que sua carteira seja diversificada, certos eventos econômicos atuam derrubando o valor de todos os ativos, como ações, títulos de renda fixa, imóveis, etc.
Por ser inevitável, o risco não diversificável pode ser considerado a parte significativa do risco de um ativo atribuível a fatores de mercado que afetam todas as empresas.
→ Ficou na Dúvida Sobre Investimentos? Baixe Grátis o Dicionário do Investidor.
Diferença entre risco diversificável e não-diversificável
O risco de se investir em qualquer ativo, seja ele real ou financeiro, pode ser dividido em dois tipos diferentes: risco diversificável e risco não diversificável.
O risco diversificável está associado aos perigos relacionados a um ativo específico, como a ação de uma empresa.
Este último pode ser chamado também de risco não sistemático, risco específico, risco do ativo ou ainda risco residual.
O risco diversificável é todo tipo de risco cujo efeito se limita à uma empresa ou a um setor específico.
Entre estes, podemos mencionar os seguintes fatores que podem afetar o risco:
- Estrutura de concorrência: Uma empresa que está em um setor de baixa concorrência pode ter suas margens caírem com o aumento de novas concorrentes no mercado.
- Risco regulatório: uma mudança nas leis pelo governo pode dificultar a atuação de uma organização no mercado.
- Governança corporativa: uma empresa com péssima governança corporativa tende a ser menos eficiente, menos transparente e ter casos de corrupção;
- Mudança tecnológica: pode aumentar a concorrência, diminuir margens e elevar os custos de capital para a adequação do negócio;
- Risco financeiro e de crédito: se refere ao risco de empresas endividadas, que precisam recorrer constantemente ao crédito no sistema financeiro para manter suas operações;
- Risco de estratégia: uma empresa pode mudar sua estratégia de operação e se dar mal com isso.
Para amenizar o risco diversificável, o investidor pode diversificar sua carteira de ativos, de modo a diluir o risco de prejuízo de cada empresa no desempenho da carteira de investimento como um todo.
Já o risco sistêmico é mais amplo, pois abrange fatores que afetam o desempenho de todos os mercados, e não apenas um setor específico.
Neste caso, o risco não diversificável tem como característica a sua maior amplitude.
As fontes desse tipo de risco de mercado incluem eventos mais gerais, como recessões, turbulências políticas, mudanças nas taxas de juros, desastres naturais e ataques terroristas.
O risco sistêmico, ou de mercado, tende a influenciar todo o mercado ao mesmo tempo.
Dessa forma, o risco não diversificável não pode ser eliminado por meio da diversificação, embora possa ser coberto de outras maneiras, como a compra de opções para fazer proteção.
A melhor maneira de se proteger uma carteira de investimentos quanto ao risco não diversificável é através de estratégias de hedge.
Para realizar essas estratégias o ideal é comprar opções de venda (puts) para se proteger contra um movimento negativo.
Seja como for, é importante que qualquer investidor tenha em mente esses tipos de risco na hora de fazer o seu planejamento financeiro.
Outros tipos de risco
Além do risco diversificável e o não diversificável, o investidor deve ficar atento a outros tipos de riscos que podem afetar seus ativos.
Vejamos alguns deles.
Risco de Liquidez
Risco de liquidez é o risco associado à capacidade de liquidar determinado ativo no mercado, encontrando poucos, ou nenhum, compradores que estejam dispostos a pagar pelo seu preço justo.
Suponhamos o caso de um imóvel, que possui uma transação mais demorada. Se você precisar vendê-lo com urgência, provavelmente terá que oferecer um bom desconto.
Risco de Crédito
Risco de crédito é o termo usado para mensurar a possibilidade do tomador de um crédito não cumprir, integralmente ou parcialmente, as obrigações de pagamento da dívida.
O não pagamento do empréstimo causa uma perda para o credor, que deverá executar judicialmente o contrato para tentar diminuir seu prejuízo.
Mais especificamente, o risco de crédito refere-se ao risco de um credor não receber o principal e os juros devidos, o que resulta na interrupção do fluxo de caixa e aumento dos custos de cobrança.
Risco Operacional
O risco operacional são as chances de haver enganos na execução das ordens de investimento.
Um exemplo é quando o investidor dá uma ordem de compra de um determinado título, mas a sua corretora não executa a compra por algum motivo interno.
Embora esse risco seja baixo, pois as corretoras estão a cada dia investindo mais na qualidade de sua estrutura, falhas podem acontecer e prejudicar o investidor.