O que é Risco Diversificável?

Risco diversificável é o risco associado a um ativo específico e que pode ser controlado pelo investidor através da diversificação da carteira de investimentos.

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Este tipo de risco pode ser chamado também de risco não sistemático, risco específico, risco do ativo ou ainda risco residual.

O risco diversificável pode ser relacionado tanto a ativos financeiros, como ações e títulos, como também a ativos físicos, como imóveis e participações em sociedades de empresas de capital fechado.

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Como funciona o Risco Diversificável?

O risco do ativo está associado aos perigos relacionados a um ativo específico, como a ação de uma empresa.

Neste caso, o risco de um ativo, como ação ou qualquer outro negócio, é referente aos processos que giram ao redor do empreendimento. 

Entre estes, podemos citar fatores que podem afetar o retorno de um ativo, como:

  • Estrutura de concorrência;
  • Regulação do setor;
  • Gestão do negócio;
  • Governança corporativa;
  • Expectativas quanto a demanda;
  • Mudança tecnológica,
  • Risco de crédito;
  • Risco de liquidez;
  • Entre outras coisas mais que possam afetar a dinâmica da empresa em particular.

A alteração em cada um destes fatores pode afetar completamente os rumos do negócio, melhorando ou piorando a lucratividade.

A mudança da estrutura de concorrência, por exemplo, pode aumentar ou diminuir a capacidade de geração de lucros de uma empresa.

A mudança na governança corporativa pode melhorar ou piorar a qualidade da gestão e a transparência com que os negócios são feitos.

Para amenizar o risco do ativo, o investidor pode diversificar sua carteira de ativos, de modo a diluir o risco de prejuízo de cada empresa no desempenho da carteira de investimento como um todo.

Outro tipo de risco é o risco sistêmico. Este é um conceito mais amplo de risco, pois abrange fatores que afetam o desempenho de todos os mercados, e não apenas um setor específico.

Neste caso, o risco sistêmico não pode ser eliminado por meio da diversificação, embora possa ser coberto de outras maneiras, como a compra de opções para fazer proteção. 

As fontes desse tipo de risco de mercado incluem eventos mais gerais, como recessões, turbulências políticas, mudanças nas taxas de juros, desastres naturais e ataques terroristas. 

O risco sistêmico, ou de mercado, tende a influenciar todo o mercado ao mesmo tempo. 

No geral, o risco do ativo existe devido às mudanças de preço. O desvio padrão das mudanças nos preços de ações, moedas ou commodities é conhecido como volatilidade de preços

A volatilidade é avaliada em termos anualizados e pode ser expressa como um número absoluto (como R$10,00), ou uma porcentagem do valor inicial (como 10%).

Os investidores podem utilizar estratégias de hedge para se proteger contra a volatilidade e o risco dos ativos e do mercado.

Visando se proteger de riscos específicos, os investidores podem comprar opções de venda (puts) para se proteger contra um movimento negativo.

Já aqueles que queiram se proteger do risco de mercado (risco sistêmico), podem preferir comprar opções de venda de índice.

Outros tipos de risco

O risco de do ativo não é o único tipo de risco que pode afetar seus investimentos. Vejamos outros tipos de risco que existem.

Risco de Liquidez

Risco de liquidez é o risco associado à capacidade de liquidar determinado ativo no mercado, encontrando poucos, ou nenhum, compradores que estejam dispostos a pagar pelo seu preço justo.

Suponhamos o caso de um imóvel, que possui uma transação mais demorada. Se você precisar vendê-lo com urgência, provavelmente terá que oferecer um bom desconto.

Risco de Crédito

Risco de crédito é o termo usado para mensurar a possibilidade do tomador de um crédito não cumprir, integralmente ou parcialmente, as obrigações de pagamento da dívida. 

O não pagamento do empréstimo causa uma perda para o credor, que deverá executar judicialmente o contrato para tentar diminuir seu prejuízo.

Mais especificamente, o risco de crédito refere-se ao risco de um credor não receber o principal e os juros devidos, o que resulta na interrupção do fluxo de caixa e aumento dos custos de cobrança. 

Risco Operacional

O risco operacional são as chances de haver enganos na execução das ordens de investimento. 

Um exemplo é quando o investidor dá uma ordem de compra de um determinado título, mas a sua corretora não executa a compra por algum motivo interno.

Embora esse risco seja baixo, pois as corretoras estão a cada dia investindo mais na qualidade de sua estrutura, falhas podem acontecer e prejudicar o investidor.