O que é Rightsizing?

Rightsizing é um termo da administração, mais especificamente de estratégia organizacional, que se refere a readaptação da empresa para atender às novas situações do mercado.

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Em tradução literal do inglês, o termo rightsizing significa “tamanho certo”, e é justamente isso que ocorre na sua aplicação prática.

O rightsizing consiste na ideia de formatar o negócio para que fique totalmente compatível com as necessidades do mercado e para o desenvolvimento contínuo da organização.

Além disso, o rightsizing permite que a empresa acompanhe as tendências de mercado, e se adapte constantemente conforme o mercado evolui.

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Como funciona o Rightsizing?

O rightsizing tem como objetivo inicial analisar as necessidades do mercado e as possibilidades de desenvolvimento de uma empresa.

Essas possibilidades vão desde as alternativas de aproximação com outras empresas até a aplicação de inovações tecnológicas, tanto em termos de produto quanto de processos.

No geral, o foco dessa estratégia é estar atento ao futuro e fazer com que a organização consiga evoluir em conjunto com o mercado, evitando defasagens tecnológicas e discordância com os hábitos dos clientes.

Para executar a estratégia do rightsizing, o gestor do negócio deve ter mente aberta e ser proativo, analisando todas as novidades que surgem sem negligenciar suas potencialidades.

O líder da empresa deve executar quando entender que for necessário, sem medo de mudar os rumos e a forma de atuação da empresa.

No Rightsizing é de se esperar alterações nos processos da organização, para que se possa capturar as novas possibilidades de crescimento no mercado.

Neste contexto, tais mudanças são das mais variadas possíveis. Pode ocorrer de alguns departamentos serem alargados, outros novos surgirem, enquanto outros serem totalmente eliminados.

Um exemplo mais amplo de rightsizing são as etapas da Revolução Industrial.

Em pouco mais de 200 anos de história do capitalismo industrial, o tipo de fábrica dominante nas principais economias do mundo mudou radicalmente ao longo dos tempos.

Essa mudança foi causada por novas tecnologias, que aumentaram a eficiência produtiva e tornaram o processo mais sustentável e limpo.

Ao todo, podemos separar a revolução industrial em quatro etapas:

  1. Primeira Revolução Industrial (1780): criação e aprimoramento das máquinas a vapores e teares mecânicos.
  2. Segunda Revolução Industrial (1870): utilização do aço, energia elétrica e combustíveis fósseis.
  3. Terceira Revolução Industrial (1970): avanço das tecnologias de informações, computadores, internet e robótica.
  4. Quarta Revolução Industrial, ou Indústria 4.0 (2010): avanço da inteligência artificial, internet das coisas, e processos de manufatura descentralizados.

Em cada uma dessas etapas vigorou-se um tipo específico de empresa industrial. 

Alguns atuando como grandes conglomerados, como na Segunda Revolução Industrial, enquanto outros tiveram um tamanho menor e mais eficiente, como mais recentemente na Indústria 4.0.

Hoje em dia é comum ver grandes conglomerados se desfazerem de setores inteiros para se concentrar em ramos específicos, enquanto terceirizam outras funções.

Um exemplo são as montadoras de automóveis, que tem a cada dia se especializado mais na área de montagem, enquanto que delegam para outras firmas a fabricação de peças e componentes.

Rightsizing e Downsizing

Para compreender completamente o conceito de rightsizing é preciso ter em mente um outro conceito parecido mas que é um pouco diferente e que não podemos misturar, que é o downsizing.

Embora ambos os termos sejam técnicas de reestruturação administrativa, é preciso ter em mente suas distinções.

O rightsizing age com base no proativismo, ou seja, na preocupação com a reestruturação da empresa de acordo com as perspectivas e previsões de evolução do mercado. 

o downsizing trabalha a mudança a partir de um caráter reativo, agindo a partir de determinada situação drástica, que impõe a necessidade de mudança. 

Resumindo, no rightsizing a mudança é derivada da vontade da companhia em querer evoluir, enquanto que no downsizing a mudança vem de uma necessidade imposta pelo ambiente.

Em outras palavras, o rightsizing é uma mudança que vem de dentro para fora, enquanto que o downsizing a mudança é desencadeada de fora para dentro da empresa.

Há outra forma de interpretar esses conceitos.

O downsizing seria um plano de reestruturação usado quando a empresa já se encontra em momentos de crise.

Já o rightsizing visa a prevenção deste cenário, a partir de medidas antecipadas baseadas nas análises feitas sobre o futuro do mercado.

Outro ponto importante de analisar entre estes conceitos é o impacto dessas mudanças na equipe de colaboradores da companhia.

Geralmente, o downsizing é interpretado como uma medida negativa, que provoca muita frustração entre os funcionários, pois a mudança é imposta e não propositiva, havendo poucas possibilidades de flexibilidade.

Já o projeto estratégico de modificações com base no rightsizing é muitas vezes interpretado como novas oportunidades de fazer coisas diferentes e modificar não apenas a empresa mas também as formas de competição no mercado.