A reforma tributária vai mudar a dinâmica do mercado financeiro de várias formas.

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Se por um lado, só o tempo dirá qual o verdadeiro desdobramento dela, por outro, já podemos antever algumas coisas mais elementares.

E hoje quero destacar dois tópicos.

Primeiro (e mais óbvio) é que muitas empresas vão pagar o máximo de dividendos possível antes de vigorar a possível tributação de dividendos.

Com o surgimento da pandemia, muitas empresas seguraram os pagamentos de dividendos para manterem seus caixas robustos para enfrentar a incerteza. 

Portanto elas, ao invés de distribuir esse lucro, aumentaram suas reservas de lucro em seu balanço patrimonial.

Um levantamento usando dados da Economática mostrou que as dez maiores reservas das empresas listadas na bolsa de valores cresceram 30% no último ano, chegando a R$ 400 bilhões.

Esse é o montante de dinheiro que está represado no balanço das companhias e poderá ser distribuído antes de a tributação entrar em vigor.

Coloque-se no lugar do controlador. 

Imagine que você tem esse dinheiro todo “a receber” e que esse valor seria isento se você receber até final deste ano.

A partir de 1 de janeiro de 2021, seria tributado.

Decisão óbvia né?

Só que a execução não é tão óbvia assim.

Ela esbarra em limitações institucionais da própria empresa, como política de dividendos, aprovação pelo conselho de administração e talvez por assembleia de acionistas entre outros aspectos de governança.

As limitações podem vir de fora inclusive, com limites legais e de órgãos reguladores de alguns mercados.

Outra limitação é que a empresa precisa ter esse dinheiro em caixa e ele ainda não pode fazer falta se sair de lá.

Isso quer dizer que estamos de frente para um “mar de dinheiro”, temos todo interesse do mundo em pegar rápido, mas talvez não consigamos diante de tais limitações.

Até os limites possíveis, certamente teremos algumas distribuições extraordinárias de dividendos neste ano, caso a reforma tributária se encaminhe para aprovação ainda em 2021.

Isso é uma mudança pontual e de curto prazo na dinâmica do mercado.

O segundo tópico que destaco é que, após a aprovação da tributação, a empresa, ao invés de pagar dividendos, poderá fazer rodadas de recompra de ações

Isso diminuiria a quantidade de ações em circulação no mercado de capitais e por consequência, a quantidade de ações pela qual o lucro da empresa precisaria ser dividido.

Ou seja, se a empresa optar pela recompra ela está aumentando o lucro futuro por ação do seu papel.

É uma remuneração “menos material” do que o dinheiro no bolso, mas funciona assim em boa parte do mundo onde os dividendos já são tributados.

No final das contas, o que importa mesmo é ganhar dinheiro, independente se via proventos ou geração de valor dentro do negócio. 

Para isso, a lógica não vai mudar. 

Aqui no Canal Seleção de Dividendos temos essa diretriz bem firme.

Estamos prontos para o que der e vier.

Seguiremos sendo sócios de empresas sólidas, com bom histórico de distribuição de proventos e ótimas perspectivas.

É isso que vai fazer a alegria dos assinantes do Seleção.

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