O que é redesconto?

Redesconto é um instrumento de política monetária que ocorre quando o Banco Central compra títulos de uma instituição financeira para ajudá-la a manter sua liquidez.

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Esta é uma operação de crédito colateralizada por um ativo financeiro, no qual o Banco Central empresta recursos para outros bancos que estão com problemas de liquidez.

Essa linha de crédito tem como objetivo manter a liquidez na economia, enquanto oferece capital a bancos com necessidades de capital em caixa.

O redesconto pode se configurar também como uma operação que acontece entre bancos comerciais. 

Isto ocorre quando um banco desconta o título adquirido com outro banco, tomando de volta o dinheiro aplicado.

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Como funciona o redesconto?

A taxa de redesconto é um dos principais instrumentos de política monetária do país, junto aos chamados recolhimentos compulsórios.

Entretanto, essas duas modalidades funcionam de maneira oposta.

Enquanto os depósitos compulsórios retêm uma parte do dinheiro dos bancos na autoridade monetária, o redesconto é o crédito oferecido para garantir a liquidez das instituições financeiras.

Ao ajustar esses dois instrumentos, o Banco Central consegue manter o equilíbrio da economia e controlar a inflação no país.

Na operação de redesconto, o Banco Central empresta ao banco tomador um valor inferior ao do ativo dado em garantia

Quando o banco for saldar o empréstimo ele irá recomprar o ativo pelo seu valor pleno. 

A diferença entre os dois valores exprime a taxa de redesconto, isto é, o custo para o tomador do empréstimo feito pelo Banco Central. 

A aquisição de títulos por parte do Banco Central expande, a princípio, os encaixes do banco que necessita ser socorrido. 

O processo alternativo é, simplesmente, um empréstimo direto do Banco Central ao banco que se encontra em dificuldade. 

A função do Banco Central é conhecida como emprestador de última instância, e é exercida através dessas operações. 

Um ponto crucial dessas operações é a determinação da taxa de redesconto que pode ser fixada em um patamar punitivo. 

Uma taxa punitiva é aquela que é maior do que a taxa de juros que remunera os ativos que o banco socorrido possui. 

A compra por parte do Banco Central de títulos (ou a concessão de um empréstimo) com taxas punitivas desestimula o banco que recebeu o auxílio a manter a posse dos ativos cuja compra reduziu as suas reservas. 

Assim, haveria um incentivo à venda desses ativos e, consequentemente, a recomposição de reservas para um patamar mais seguro. 

A manutenção desses ativos em carteira transformaria tal estratégia em uma posição que geraria perdas cumulativas por parte do banco que estaria pagando taxas de juros punitivas ao Banco Central. 

Tipos de operação de redesconto

As operações de redesconto abrangem duas formas distintas: 

  1. redesconto de liquidez;
  2. redesconto especial.

O redesconto de liquidez é também chamado de empréstimos de assistência à liquidez.

Estas são operações eventuais, utilizadas pelos bancos que possuem uma insuficiência de caixa para manter suas operações.

Já o redesconto especial é um refinanciamento de operações específicas, como o refinanciamento de produtos agrícolas e exportação de manufaturados, por exemplo.

Taxa de redesconto

Atualmente, a taxa de redesconto no Brasil é calculada a partir da taxa de juros básica da economia (Selic), de acordo com o prazo do empréstimo.

Desde 2013, as taxas de redesconto praticadas pelo Banco Central, de 2013 correspondem a seguinte regra:

  • Operações de um dia: Selic + 1% a.a.
  • Operações de até 15 dias: 4% a.a.
  • Operações de até 90 dias: 2% a.a.

Geralmente o redesconto é a última alternativa dos bancos para conseguirem manter seu índice de liquidez controlado.

Ele é empregado quando os bancos não conseguem captar recursos através dos mecanismos tradicionais do mercado bancário.

Esses mecanismos são a captação por meio de emissão de CDB ou RDB e também por operações no mercado interbancário (emissão de CDI).