Fundo Imobiliário RECR11 distribui R$ 1,20 por cota referentes ao mês de maio. O valor significa 1,18% sobre o preço de mercado no fechamento do mês. 

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No último dia 15 de junho, os cotistas do fundo imobiliário  RECR11 receberam R$ 1,20 por cota como dividendos gerados pelo Fundo no mês de maio. 

A mais recente emissão de cotas do RECR11 (9ª) acabou recentemente, em abril passado. A captação levantou R$ 400 milhões em recursos. 

Já em maio, o Fundo mostrava uma carteira totalmente alocada, com mais de 97% de seus recursos investidos em seu ativo-alvo: Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI)

Com patrimônio superior a R$ 1 bilhão e participação de 1,966 no IFIX, o RECR11 acumula distribuições equivalentes a 735% do CDI líquido nos últimos 12 meses. 

Agora, muitos investidores se perguntam se o RECR11 é uma boa opção para diversificar o portfólio de FIIs. 

Se você busca maneiras mais eficientes de aumentar seu patrimônio e receber renda mensal isenta de impostos, deve investir nos melhores fundos imobiliários do mercado. 

Por isso, conhecer as características e o histórico do RECR11 é fundamental.

Neste artigo você descobrirá: 

  • O que é RECR11;
  • Rendimentos do RECR11;
  • Resumo da carteira do RECR11;
  • Liquidez do RECR11;
  • Principais riscos do RECR11;
  • Se vale a pena investir no RECR11. 

Leia até o final e descubra se o RECR11 vale a pena e deve fazer parte da sua carteira de investimentos.

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O que é RECR11 FII?

RECR11 é o ticker, ou sigla, que identifica o Fundo Imobiliário REC Recebíveis Imobiliários Imobiliários, gerido REC Gestão de Recursos e administrado pela BRL Trust.

Trata-se de um fundo imobiliário do tipo papel, que investe a maior parte de seus recursos em CRIs.

O foco do RECR11 são papéis lastreados em dívidas corporativas e em carteira de créditos imobiliários, recebíveis de loteamento ou de multipropriedade com garantia real. 

Com os juros gerados por esses títulos, o RECR11 gera renda mensal isenta de imposto de renda para seus cotistas. 

O IPO do RECR11 aconteceu em outubro de 2017. Foram subscritas pouco mais de 310 mil cotas a R$ 100 cada, reunindo R$ 31 milhões. 

Hoje, após sua 9ª emissão de cotas, o fundo acumula um patrimônio de R$ 1,3 bilhão.

Suas cotas fecharam o mês de maio com preço de mercado de R$ 101,58 e valor patrimonial de R$ R$ 95,78.

RECR11 Rendimentos

O dividendo distribuído pelo RECR11 em junho de 2021 foi de R$ 1,20 por cota. O valor é referente ao mês de maio. 

No acumulado dos últimos 12 meses, a distribuição de rendimentos do Fundo corresponde a 13,6% ao ano, ou o equivalente a 735% do CDI líquido.

Entre dezembro de 2017 (1º mês de distribuição) e maio de 2021, o RECR11 distribuiu um montante acumulado de 47,5% contra 17,5% acumulados pelo CDI. 

A tabela abaixo detalha os rendimentos mensais do RECR11 entre junho/20 e maio/21. Valores em Reais.

JanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOut NovDez
20200,700,700,901,311,311,311,66
20211,411,001,001,101,20

Fonte: Relatório Gerencial

A imagem abaixo traz a distribuição de dividendos do RECR11 por ano, desde seu início. 

Rendimentos RECR11
Rendimentos RECR11. Fonte: Relatório Gerencial.

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Resumo da Carteira do RECR11

O RECR11 encerrou o mês de maio com 97,5% de seus recursos alocados em CRIs, distribuídos em 70 operações.

Sua carteira está dividida entre CRIs de dois tipos:

  • 42% Risco Pulverizado: com risco de crédito de natureza pulverizada que apresenta lastro em uma carteira de créditos imobiliários, recebíveis de loteamento ou de multipropriedade com garantia real imobiliária;
  • 58% Risco Corporativo: que apresenta lastro em uma dívida corporativa com garantia real e preferência por grupos empresariais sólidos e cessão fiduciária de recebíveis. 

Os devedores desses CRIs são de segmentos diversos. 

A maior exposição está em Incorporação (32%), mas loteamento (27%), pessoa física (13%) e investimento imobiliário (13%) também são representativos. 

Alocação por Segmento RECR11
Alocação por Segmento RECR11. Fonte: Relatório Gerencial.

O Fundo possui CRIs com lastro imobiliário distribuídos em 14 Estados brasileiros e o Distrito Federal. A maior concentração encontra-se no Estado de São Paulo. 

A maioria dos CRIs do RECR11 (46%) está atrelada ao IPCA, como mostra a imagem abaixo. 

Indexadores RECR11
Indexadores RECR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Diversificação

Ao final de maio de 2021, o RECR11 contava com 70 CRIs em carteira, sendo a maior parte deles (58%) de risco corporativo. 

A maior exposição da carteira é de 7,7%, onde o devedor é a Gafisa (GSFA3), uma das líderes do mercado imobiliário brasileiro. 

Trata-se de um CRI com alienação fiduciária de imóveis residenciais para público médio nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 

No entanto, a principal exposição do Fundo é formada por 3 CRIs sobre o projeto Cidade Matarazzo e uma de suas vertentes, o Suítes Matarazzo

Essa aquisição foi feita através do FII REC Hotelaria (RECH11), criado especificamente para essa finalidade. 

Trata-se de um projeto de hotelaria de alto padrão em São Paulo, com acesso a pé pela Avenida Paulista. 

A propriedade promete hospedar uma nova experiência de shopping, jantares, cultura, escritórios comerciais, centro de convenções e o hotel mais luxuoso da América Latina. 

Unidos, os três papéis representam 11,9% da carteira. 

Negociação e Liquidez RECR11

Como explico no livro Método Fayh, a liquidez é um ponto importante a considerar antes de investir em um FII. 

Afinal, trata-se de um dado relacionado ao risco de investimento, mostrando a capacidade do fundo de transformar cotas em dinheiro vivo para o investidor.

Em maio de 2021 foram negociadas 1.094.791 cotas do RECR11, totalizando um volume aproximado de R$ 114,35 milhões.

A média diária do período foi de cerca de R$ 5,4 milhões. 

O gráfico abaixo mostra a evolução do volume médio de negociação e do preço da cota do RECR11 entre maio/20 e maio/21.

Liquidez RECR11
Liquidez RECR11. Fonte: Relatório Gerencial.

Riscos do RECR11

Os principais riscos do RECR11 são: a concentração e o risco de crédito.

Risco de Concentração

O risco de concentração considerada a quantidade de ativos presente na carteira de um fundo de papel, mas também: 

  • A classe e a localização desses ativos;
  • Concentração por devedor;
  • Indexadores atrelados aos papéis.

Com 70 ativos em carteira, o RECR11 apresenta boa diversificação. Sua maior posição representa 7,7% da carteira. 

Risco de Crédito

O risco de crédito é a possibilidade de inadimplência. 

De forma simplificada, os CRIs são empréstimos. Como tal, é questão de tempo para que um devedor deixe de honrar seu compromisso de pagamento. 

No RECR11, esse risco é mitigado por diferentes classes de garantias, incluindo garantias reais sobre imóveis e outras.

Além disso, o fundo prefere empresas de qualidade creditícia reconhecida pelo mercado como forma de minimizar riscos. 

O risco da inadimplência em um fundo de CRIs é ainda agravado de acordo com a subordinação das séries dos CRIs presentes em sua carteira.  

A subordinação pode ser traduzida como a ordem em que serão feitos os pagamentos devidos àquele CRI. 

Em primeiro lugar, estão as séries sênior. Quem investe nelas, abriu mão de parte da rentabilidade em nome de maior segurança. 

Por isso, é recompensado recebendo seu retorno antes que os demais.

Na sequência, recebe quem possui séries mezanino, que se manteve no meio termo entre a segurança e a rentabilidade. 

Por fim, é a vez das séries subordinadas, que oferecem maior rentabilidade mas, para isso, sacrificam parte da segurança. 

Na prática, ocorre que se houver inadimplência quem recebe o maior impacto são os detentores de séries subordinadas, os últimos a receber.

Todos os demais serão pagos primeiro, e o que sobrar - e se sobrar - chegará até eles. 

Existem, ainda, CRIs sem subordinação, com séries únicas. Neles, todos são iguais e o impacto de uma possível inadimplência atinge todos os investidores igualmente. 

A maior parte dos CRIs do portfólio do RECR11 são de séries únicas e sênior. Em maio, apenas uma posição continha séries subordinadas. 

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Dados do RECR11

Agora que você já conhece tudo sobre o RECR11, confira seus dados oficiais:

  • Razão Social: REC Recebíveis Imobiliários Fundo de Investimento Imobiliário
  • CNPJ: 132.527.683/0001-26
  • Gestor: REC Gestão de Recursos
  • Público Alvo: Investidores em geral
  • Segmento: Títulos e valores mobiliários - Gestão Ativa
  • Patrimônio Líquido (05/2021): R$ 1.363.525.760
  • Taxa de Administração: 0,20% ao ano.
  • Taxa de Consultoria: 1,00% ao ano sobre PL
  • Início do Fundo: outubro de 2017
  • Quantidade de Emissões: 9
  • Número de Cotistas (05/2021): 72.320 
  • Número de Cotas do RECR11: 14.236.355
  • Regulamento do RECR11
  • Relatório Gerencial  RECR11
  • RECR11 Site Oficial (RI)

RECR11 Subscrição

A subscrição é um direito de quem possui cotas de um FII, que assegura a possibilidade de manter seu percentual de participação no fundo em uma nova emissão de cotas. 

Na prática, o fundo emite novas cotas (geralmente a um preço mais baixo do que o de mercado), e oferece a preferência de compra a seus cotistas. 

Não se trata de possibilidade de compra sem limites:  o número de novas cotas que você poderá adquirir será sempre proporcional ao número atual de cotas que já possui.

O anúncio da emissão informa um fator de proporção a ser aplicado sobre o número de cotas que já se possui para entender quantas novas cotas é possível adquirir.

Como direito, a subscrição é opcional. 

Inclusive, caso não queira comprar novas cotas, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores.

A mais recente oferta de subscrição de cotas do RECR11 aconteceu em julho de 2020. Na ocasião, o fator de proporção aplicado foi 0,5834520171978320. 

Na prática, para cada 100 cotas que tinha na data de anúncio, o cotista pode adquirir 58 novas cotas ao preço de emissão (R$ 100). 

Veja abaixo as datas e prospectos das emissões com subscrição do RECR11:

Dúvidas sobre RECR11

Veja as dúvidas mais comuns sobre o RECR11.

Como comprar RECR11?

A compra de cotas do RECR11 é feita através de uma corretora de valores

Para isso, é preciso: 

  • Abrir sua conta;
  • Transferir o montante que deseja investir para ela;
  • Buscar o fundo por seu código (RECR11, neste caso);
  • Selecionar a quantidade de cotas que deseja comprar e o valor a pagar;
  • Enviar a ordem de compra e aguardar confirmação. 

Onde achar o informe de rendimentos do RECR11?

O informe de rendimentos do RECR11 é disponibilizado pela gestora na página oficial do fundo

Onde achar o relatório gerencial do RECR11?

Assim como os informes de rendimentos, o relatório gerencial do fundo é encontrado na página oficial do RECR11

Como declarar o fundo imobiliário RECR11 no IR?

Para descobrir como declarar o fundo imobiliário no imposto de renda, consulte o artigo Como Declarar o Imposto de Renda sobre Investimentos.

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RECR11 Vale a Pena?

O RECR11 é um fundo imobiliário que investe essencialmente em CRIs de risco corporativo e pulverizado. 

Trata-se de um fundo com alguns anos de mercado, que foi crescendo com novas emissões e hoje tem um patrimônio bilionário. 

Os rendimentos que distribui oscilam, como é natural em Fundos de Papel, porém se mantém em um patamar interessante. 

A diversificação dos CRIs é bem pensada e condizente com a política de investimento, que assume risco controlado em busca de elevar resultados.

Dito isso, o RECR11 é uma boa opção para compor a carteira de FIIs de papel. A regra, como sempre, é cuidar com o preço de compra para investir bem. 

Preparei um relatório com 3 Melhores FIIs para Receber Aluguéis. Baixe uma cópia e comece a ganhar renda de aluguéis, mesmo que já invista em FIIs ou ainda não saiba como investir.

Lembre-se que antes de investir em fundos imobiliários é necessário conhecer seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a um nível adequado de risco.

Publiquei o livro Método Fayh na Amazon explicando tudo sobre como escolher os melhores fundos imobiliários do mercado para viver de renda. Mesmo que você já invista, recomendo fortemente a leitura.

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