O Real teve um dos piores desempenhos do mundo este ano e acumula uma desvalorização de 10,2%, de acordo com levantamento feito pela Austin Rating.

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A moeda brasileira ocupa o quarto lugar do ranking de desvalorização perante o dólar ficando atrás apenas da perda de valor da nova libra sudanesa (-85,3%), dinar da Líbia (-70,1%) e do bolivar soberano venezuelano (-42,4%).

Os dados fazem parte da atualização do ranking de desempenho das principais moedas do mundo realizada pela Austin Rating.

No fechamento de 2020, o Real havia encerrado o ano na 6ª posição.

Com a atualização dos dados até o dia 05/março/2021, a moeda brasileira subiu para a 4ª posição como moeda mais desvalorizada do mundo em uma amostra de 120 moedas.

Ranking de desvalorização das moedas do mundo

PosiçãoPaísMoedaVariação (%) no ano até 05/março/21
1SudãoNova libra sudanesa- 85,3%
2LíbiaDinar/Líbia- 70,1%
3VenezuelaBolivar soberano venezuelano- 41,9%
4BrasilReal- 8,6%
5ArgentinaPeso Argentino- 6,9%
6HaitiGourde/Haiti- 6,8%
7MéxicoPeso/México- 6,5%
8MianmarQuite/Birmania- 6,3%
9LibériaDólar Libéria- 5,9%
10ColômbiaPeso Colombiano- 5,8%

A desvalorização do real é reflexo tanto do cenário externo quanto do quadro doméstico.

Segundo relatório, um dos motivos que tem feito o Real perder valor sobre o dólar norte-americano é o efeito carry trade.

Ou seja, a diferença da taxa de juros pagas nos títulos norte-americanos e as taxas de juros pagas nos títulos brasileiros de mesmo vencimento.

Lá fora, o dólar vem ganhando força com o aumento dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano (treasuries).

Aqui, a situação fiscal ainda fragilizada, bem como a recente interferência na gestão das estatais gera perda de confiança nos investidores globais.

Desempenho do Real vs. moedas de países emergentes

Outro estudo, também elaborado pela Austin Rating, compara o desempenho do Real frente às moedas de 16 países emergentes (EM16C).

EM16C: China, Índia, Rússia, Indonésia, México, Arábia Saudita, Polônia, Tailândia, Filipinas, Malásia, Bangladesh, África do Sul, Colômbia, Romênia, Chile e Peru.

De 2018 até o dia 05/mar de 2021, a moeda brasileira acumula desvalorização de 42,5%, enquanto a cesta EM16C desvalorizou apenas 8,8%.

Fonte: Informe Econômico Especial- Austin Rating - 5/março/2021
Fonte: Informe Econômico Especial- Austin Rating - 5/março/2021

Brasil deixa grupo das dez maiores economias do mundo

Com a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, o Brasil deixou de figurar entre as dez maiores economias do mundo depois de 14 anos.

Os dados são da agência de classificação de risco Austin Rating após levantamento com base nos dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Brasil ocupa agora o 12º lugar, com participação de 1,6% no PIB global.

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