Friedrich Hayek foi um dos grandes nomes da economia do século XX com inúmeras contribuições no campo da economia e da filosofia política. 

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Hayek foi um dos principais membros da Escola Austríaca de Economia, cujas opiniões contrastavam com as defendidas pelos teóricos convencionais da época.

Com mais de 130 artigos e 25 livros publicados, Friedrich Hayek se debruçou sobre diversas questões tanto da micro como da macroeconomia. 

Ele acreditava que a prosperidade da sociedade era impulsionada pela criatividade, empreendedorismo e inovação, que só eram possíveis em uma sociedade com mercados livres. 

Sua teoria sobre intervenção do governo na economia, cálculo econômico e desenvolvimento da estrutura social, venceu o Prêmio Nobel de Economia em 1974

Conheça quem foi Friedrich Hayek e sua teoria da moeda e flutuações econômicas, considerada um marco importante na economia. 

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Quem foi Friedrich Hayek

Friedrich August von Hayek (1899-1992) foi um economista e filósofo austríaco, considerado um dos fundadores da escola austríaca de pensamento econômico. 

Defensor do liberalismo econômico, realizou contribuições para diversas áreas da economia, filosofia e psicologia e se notabilizou pelas suas teses a respeito do papel do governo na economia.

Em 1974, recebeu o Prêmio Nobel de Economia  por seu trabalho na "teoria da moeda e flutuações econômicas e pela análise penetrante da interdependência dos fenômenos econômicos, sociais e institucionais", o qual compartilhou com o economista sueco Gunnar Myrdal.

Vida e carreira

Friedrich August von Hayek nasceu em Viena, Áustria, em 8 de maio de 1899, em uma família de intelectuais.

Seu pai era professor de Botânica na Universidade de Viena e sua mãe era filha de um economista.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Hayek serviu o exército e chegou a declarar que a experiência na guerra despertou o desejo de evitar que ressurgissem os erros que levaram ao conflito novamente.

Após a guerra, se matriculou na Universidade de Viena onde se formou em direito em 1921. Em 1923, obteve uma segunda graduação em economia política.

Morou na Áustria, Grã-Bretanha,  EUA e Alemanha, tornando-se cidadão britânico em 1938. 

A maior parte do tempo de sua carreira como professor passou na London School of Economics (LSE), na Universidade de Chicago e na Universidade de Freiburg.

No início de sua carreira, Hayek chegou a flertar com as ideias socialistas até conhecer o economista Ludwig von Mises e admitir sua falha de pensamento, tornando-se um grande defensor do liberalismo.

Depois de uma viagem aos Estados Unidos em 1923-1924, Hayek voltou a Viena e casou-se com Helen Berta Maria von Fritsch em 1926. Eles tiveram duas crianças e se divorciaram em 1950. Pouco tempo depois, Hayek se juntou com Helene Bitterlich.

Com a ajuda de von Mises, tornou-se diretor do recém-fundado Instituto Austríaco para Pesquisa de Ciclo Econômico. 

Em 1929 publicou seu primeiro livro “Teoria Monetária e o Ciclo do Comércio” onde analisava as consequências da expansão do crédito na estrutura da economia. 

Por causa do livro, Hayek foi convidado a palestrar sobre economia monetária na London School of Economics.

Suas palestras acabaram levando à sua nomeação no ano seguinte como Professor de Ciências Econômicas e Estatística na LSE, onde Hayek permaneceu até 1950 e a publicação do livro “Preços e Produção”, de 1931.

Logo após chegar à Inglaterra, Hayek se envolveu em um debate com o economista da Universidade de Cambridge, John Maynard Keynes sobre suas respectivas teorias sobre o papel e o efeito do dinheiro em uma economia desenvolvida. 

Em 1936, Keynes publica o que se tornaria um dos livros de economia mais famoso do século, "A Teoria Geral do Emprego, Juros e Dinheiro".

Em 1944 veio a publicação do livro mais famoso de Hayek, "O Caminho da Servidão". 

No mesmo ano, foi eleito membro da British Academy.

Em 1947, ele organizou um encontro de 39 acadêmicos de 10 países em Mont Pèlerin, no Lago Genebra, nos Alpes suíços. Este foi o começo da Sociedade Mont Pèlerin, uma organização dedicada a articular os princípios que levariam ao estabelecimento e preservação de sociedades livres.

Em 1950, Hayek deixou a LSE para ocupar um cargo no recém-formado Comitê de Pensamento Social na Universidade de Chicago. 

Em 1962, Hayek vai para a Universidade de Freiburg im Breisgau, na Alemanha, onde permaneceu até sua aposentadoria em 1968, quando aceitou um cargo de professor honorário na Universidade de Salzburg, na Áustria. 

Em 1974, Hayek recebeu o Prêmio Nobel de Economia, que, ironicamente, compartilhou com Gunnar Myrdal, cujas visões políticas e econômicas frequentemente se opunham às dele.

Hayek retornou a Freiburg permanentemente em 1977 e concluiu o trabalho no que se tornaria a obra em três volumes "Lei, Legislação e Liberdade" (1973-79), uma crítica aos esforços para redistribuir os rendimentos em nome da “justiça social”.

No início dos anos 1980, Hayek começou a escrever o que seria seu último livro, uma crítica ao socialismo. 

Como sua saúde estava se deteriorando, outro estudioso, o filósofo William W. Bartley III, ajudou a editar o volume final de "Arrogância Fatal", publicado em 1988. 

Hayek morreu quatro anos depois, em  23 de março de 1992 na Alemanha.

Teorias de Friedrich Hayek

A ideia principal de Hayek era que a economia deveria funcionar livremente e sem intervenções estatais. 

Para ele, uma economia com um planejador central, mesmo que bem intencionado, estaria destinado ao fracasso, uma vez que este nunca poderia tomar as melhores decisões para todos os indivíduos.

Em sua obra “Teoria Monetária e os Ciclos do Comércio”, de 1929, Hayek expandiu a premissa de que a economia caminharia para o desenvolvimento de longo prazo de acordo com variáveis, principalmente o preço.

Segundo ele, os preços e serviços, incluindo as taxas de juros, são vitais aos empreendimentos dos consumidores e produtores.

Uma vez que os preços contém sinais de informação e promovem ajustes harmoniosos e espontâneos dentro de uma sociedade de mercado. 

Já a intervenção do estado na economia poderia causar falhas que resultaria em recessões econômicas e desemprego.

Na obra “O Caminho da Servidão”, da década de 40, Hayek defende o capitalismo no seu estado mais liberal. 

Caso o estado controle a economia, estaria controlando o meio pelo qual o indivíduo recorre para atingir seus objetivos, reduzindo, consequentemente, a liberdade como um todo.     

E “Direito, Legislação e Liberdade” ele defende a existência de um Estado que proteja as liberdades individuais, pois, segundo ele, há um forte risco de que planejamentos econômicos estatais levem a autoritarismos. 

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Embate com o Keynes

Após chegar em Londres, no início da década de 30, Friedrich Hayek se envolveu em um debate público com John Maynard Keynes, outro importante economista do século XX.

Os dois eram defensores de correntes conflitantes.

Enquanto Keynes defendia uma intervenção governamental para conter crises na economia, o austríaco defendia o ajuste automático dos mercados.

Para Hayek, o Keynesianismo que se tornava cada vez mais popular, somente serviria para causar a inflação e adiar a recessão. 

Ainda segundo Hayek, a origem de toda a crise provocada pela Grande Depressão teria se dado a partir de intervenções anteriores do governo americano, que estimulou investimentos ruins do mercado. 

Ao invés das intervenções artificiais defendidas por Keynes, Hayek sugeria deixar o sistema recuperar-se naturalmente.

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